segunda-feira, 7 de julho de 2014

O pacto nas catacumbas

Os torcedores japoneses na Copa no Brasil: DERSU UZALA NA COPA

by Leonardo Boff
Do Amazonas nos chega esta belo texto de José Ribamar Bessa Freire (Diário do Amazonas de 22/06/2014) com o título: DERSU UZALA NA COPA Não somos ainda suficientemente civilizados para nos compararmos com os torcedores japoneses que passaram pela Copa. Perderm o jogo mas nos deixaram uma lição que é um ganho inestimável como exemplo […]
Leonardo Boff | 06/07/2014 às 23:19 | Categorias: Ética, Ecologia, educação, Outros Autores | URL: http://wp.me/p1kGid-LT
 

O pacto das catacumbas vivido pelo Papa Francisco

by Leonardo Boff
No dia 16 de novembro de 1965 ao findar o Concílo Vaticano II (1962-1965), algus bispos, animados por Dom Helder Camara, celebraram uma missa nas Catacumbas de Santa Domitila, fora de Roma e fizeram um Pacto das Catacumbas da Igreja serva e pobre. Propunham-se ideais de pobreza e simplicidade, deixando seus palácios e vivendo em […]

lixo e a responsabilidade compartilhada

O ciclo infinito do lixo e a responsabilidade compartilhada

Publicado . em Lixo & Reciclagem
Por Guapuruvu
Até o mês de agosto de 2014 todos os municípios deveriam seguir a nova Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305 de 2010), porém o Brasil ainda não tem tecnologia e, tampouco, investimento em pesquisa para obedecer a essa lei até os próximos três meses, data inicialmente prevista pelo instrumento legal. Mas você sabe o que essa lei diz? Ou quais são as ferramentas utilizadas para a destinação correta do lixo? Neste post vou explicar a importância da política de resíduos e as alternativas possíveis para a gestão e gerenciamento do lixo.
Um dado muito importante para entendermos a dimensão do problema é que são gerados, em média, 240 mil toneladas de lixo por dia no país, segundo a Associação Empresarial para a Reciclagem. A maior parte dos municípios brasileiros ainda encaminha todo o descarte desses resíduos para os lixões, que são locais onde o lançamento é feito in natura, ou seja sem qualquer tratamento, a céu aberto.
Em curto prazo o lixão é um meio barato para a disposição dos resíduos, porém com o passar dos anos o impacto ambiental desse meio é incalculável. O chorume, líquido proveniente da decomposição por matérias orgânicas do material descartado, tem um alto potencial de contaminação das águas, afetando, os mananciais e os lençóis freáticos. Esse é um exemplo dentre tantos outros problemas da poluição gerada em um lixão e que envolve também uma questão de saúde pública.
A referida lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos proíbe todo e qualquer foco de lixão no Brasil até agosto deste ano. Mas o que será feito com o nosso lixo?
A lei sugere que se crie um conjunto de procedimentos de gestão do lixo pensando desde a geração, tratamento e disposição final. “Precisamos estabelecer o hábito da responsabilidade estendida da qual o produtor de determinada embalagem, por exemplo, de um agrotóxico ou um computador, seja responsável pela coleta adequada do resíduo depois de descartado pelo consumidor”, explica Luciana Barreira bióloga e especialista em resíduos sólidos.
Para que isso aconteça de forma efetiva deve-se investir em pesquisa no setor e educação para a sociedade, assim todos saberão como caracterizar o lixo quanto a sua origem ou periculosidade e, então, promover a destinação correta dos produtos. Esse é um ponto fundamental na política nacional, pois ela determina que deve-se respeitar o ciclo do lixo também com o processo de reciclagem ou reaproveitamento. Só após de todas as possibilidades de tratamento do lixo forem esgotadas o material se classifica como rejeito e pode ser encaminhado para aterros sanitários.
Primeiro explicaremos todas as formas de destinação que um lixo pode seguir antes de parar em um aterro sanitário. A primeira delas é a compostagem, um processo biológico de decomposição e de reciclagem da matéria orgânica animal e vegetal.

Porém o Brasil ainda tem poucas usinas de compostagem; estima-se que são 14, e entre essas algumas estão desativadas. Esse é um processo que exige tecnologia e conhecimento, além de uma separação correta do resíduo orgânico, o que influencia diretamente na qualidade do adubo gerado. As composteiras demoram de três a quatro meses para reciclar a matéria orgânica de apenas um dia, por isso é necessário que as usinas tenham um logística de recebimento efetiva que obedeça a demanda.
A compostagem em nosso país vem sendo tratada apenas sob perspectiva de eliminar o lixo doméstico e não como um processo industrial que gera produto – o composto orgânico – necessitando de cuidados ambientais, ocupacionais, marketing e investimento no preparo técnico do setor.
Outra destinação que envolve um sistema ainda mais complexo e também esbarra na falta de interesse político e investimento no setor é a biodigestão. Essa técnica é um processo biológico feito por microrganismos, gerando energia a partir da decomposição de resíduos orgânicos.
O biogás, por ser inflamável, pode ser utilizado em fogão doméstico, lampião, combustível, aquecedores e também na geração de energia elétrica.
Entretanto no Brasil o processo é utilizado exclusivamente com material orgânico (esterco) de suínos e bovinos. Isso porque ainda não se desenvolveu tecnologia para fazer a biodigestão com o lixo urbano. Também é um processo que viabiliza a redução do lixo e eliminação dos lixões.
A incineração é outra alternativa ao lixo, mas deve ser feita de forma controlada e profissional através de equipamentos chamados de incineradores, onde o material é queimado a temperaturas acima de 900°C.
Neste lixo não pode haver resíduos orgânicos ou úmidos em geral, pois as características desses materiais reduz a temperatura do processo, o que influencia de forma negativa na combustão. Para a realização da incineração o mais indicado é a destinação de material perigoso (material hospitalar e tóxico).
O calor produzido durante esse processo também pode ser utilizado para a geração de energia elétrica e no aquecimento de água. Em alguns países, esse é o principal processo para a eliminação do lixo. No Japão e na Suíça, por exemplo, a maior quantidade de lixo é eliminada por meio da incineração (72% e 88%, respectivamente). Seu principal problema são as partículas produto da queima do material que, caso não haja uma filtragem extremamente eficiente, pode trazer sérios danos tanto à saúde humana quanto ao ambiente exposto a esse resíduo. Por isso, para recorrer a este processo deve se esgotar todas as alternativas anteriores.
Por fim, como alternativa de destinação dos resíduos temos a coleta seletiva do lixo, que consiste na separação e recolhimento dos resíduos descartados por empresas e pessoas. Desta forma, os materiais que podem ser reciclados são separados do lixo orgânico. Talvez essa seja o processo mais conhecido entre os brasileiros.
Existem diversas indústrias que reutilizam os resíduos descartados para a fabricação de novas matérias primas, como é o caso do aço e do alumínio.
Todas essas alternativas são meios viáveis para que o lixo disposto em aterros sanitários seja o menor possível, já que a construção de um aterro depende de técnicas de engenharia (impermeabilidade do solo, por exemplo) e normas a serem seguidas para implantação.
“Esse espaço tem vida útil de apenas 20 anos e deve ser monitorado pela CETESB durante 50 anos após o fechamento, uma vez que sempre será um passivo ambiental e uma área potencialmente instável”, afirma Luciana Barreiro.
A existência de uma nova lei que regule a destinação e disposição final do lixo é um importante passo para a resolução do acúmulo de resíduos e contaminação de áreas ambientalmente importantes para nossa qualidade de vida. Mas também, a conscientização da população em separar o lixo da maneira correta viabiliza a redução. O que se espera é uma cobrança dessa lei para que os municípios se enquadrem às novas regras. Deve-se haver subsídios técnicos e financeiros para os que buscam se adequarem a esse novo dispositivo legal.

Fonte: Guapuruvu.

from HypeScience

MEGACON em Curitiba extrapola expectativas

Link to HypeScience

Posted: 06 Jul 2014 10:29 PM PDT

No último 5 de julho ocorreu em Curitiba o mega encontro de ficção científica horror e fantasia - MEGACON. Era esperado um bom público. Mas todas as expectativas e previsões foram superadas!
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Posted: 06 Jul 2014 12:00 PM PDT

O gênero de ficção científica nos apresentou a uma infinidade aterrorizante de tecnologia ao longo dos anos. Quantas dessas armas realmente poderiam existir, com base no que sabemos sobre a ciência moderna?
Continua...
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Posted: 06 Jul 2014 11:00 AM PDT
Posted: 06 Jul 2014 10:00 AM PDT
Posted: 06 Jul 2014 09:00 AM PDT
Posted: 06 Jul 2014 08:00 AM PDT

Não importa sua cultura, ou em qual lugar do mundo você está. Fotos de crianças brincando sempre vão conquistar alguns minutos da sua atenção Continua...
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terça-feira, 1 de julho de 2014

As mazelas não divulgadas

AS MAZELAS NÃO DIVULGADAS POR QUEM TEM EM MÃOS MEIOS PARA TAL DENTRO DA PRÓPRIA CIDADE DE IMPERATRIZ E QUE FAZ-SE NECESSÁRIOS PESSOAS DE FORA DA CIDADE TENTAR MOSTRAR AS MAZELAS QUE AQUI SÃO CAMUFLADAS.

Livres Pensadores
 
A cidade de Imperatriz é governada pelo PSDB desde 2009. A divulgação em redes sociais de fotos que mostram alunos fazendo prova embaixo de guarda-chuvas causou a demissão de uma professora do ensino municipal de Imperatriz (MA). As imagens causaram impacto e o caso ganhou repercussão na cidade. O secretário municipal de Educação, Zeziel Ribeiro da Silva, disse que a medida foi tomada porque a professora procedeu de forma errada. Parece que a demissão foi suspensa depois da repercussão negativa que a história teve nas redes sociais.

Professor Negreiros
 
ISSO É SÓ UMA DAS INCONTÁVEIS VERDADES CRUÉIS DA GESTÃO DE UM SENHOR DO PSDB QUE GOVERNA IMPERATRIZ DESTRUINDO NÃO SÓ A CIDADE MAS TODOS AQUELES QUE POSSAM LHE DENUNCIAR OU ENFRENTÁ-LO POLITICAMENTE.
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O ALTO PREÇO DAS TANTAS VAGAS UNIVERSITÁRIAS

O ALTO PREÇO DE TANTAS VAGAS UNIVERSITÁRIAS


O alto preço de tantas vagas. Instituições privadas são muito mais reprovadas, e especialistas criticam expansão sem qualidade

POR LEONARDO VIEIRA
O GLOBO 29/06/2014 6:00 

Mais vagas, mais reprovações. Explosão no número de faculdades não necessariamente vem acompanhada de qualidade - Guito Moreto


RIO - A última década assistiu a um salto no número de estudantes matriculados no ensino superior no Brasil. Foram 4,5 milhões a mais nas faculdades. Desses, 3,3 milhões ingressaram em instituições privadas, carro-chefe da expansão. O incremento quantitativo, contudo, não veio necessariamente acompanhado de mais qualidade. Responsáveis por uma fatia de cerca de 73% no total de novas matrículas, as universidades privadas respondem por 82% dos cursos de graduação reprovados pelo Ministério da Educação nos últimos seis anos. E a velocidade de criação de novas turmas antecipa um quadro preocupante. Só em maio, o MEC autorizou 269 cursos e 37.950 vagas, de acordo com levantamento do GLOBO. Aproximadamente 75% deles, em faculdades particulares. Diante de tal panorama, parte da academia já percebe uma “divisão social das faculdades”, na qual o trabalho da massificação fica com a iniciativa privada, e a seletividade, com universidades federais e estaduais.

Os números reforçam essa tese. Desde 2000, o total de matrículas no ensino superior foi de 2,6 milhões para quase 7,1 milhões. Mas o avanço foi desigual: enquanto, nas públicas, o total subiu 113%, nas particulares o avanço foi de 184%. A pesar de ter se acelerado na última década, o movimento segue uma tendência de predomínio da iniciativa privada na educação superior, já observada desde meados do século passado. Em 1933, quando começaram os primeiros registros, o Estado garantia quase 60% das matrículas. Já em 1945 o jogo tinha se equilibrado, com metade de públicas e metade de privadas, numa crescente inversão da balança que chegou aos 73% de particulares de hoje.

18% DAS INSTITUIÇÕES PAGAS TÊM AVALIAÇÃO RUIM

Dados do último Índice Geral de Cursos (IGC), indicador de qualidade de instituições de ensino superior, mostram que cerca de 18% dos estabelecimentos pagos tiveram conceitos 1 ou 2, numa escala que vai até 5. Foram, portanto, considerados insatisfatórios pelo Inep, órgão ligado ao MEC que elabora o IGC e também o Enem. Ao mesmo tempo, 11,4% das públicas receberam a nota baixa. Em 2010, era pior: 33% das faculdades privadas foram reprovadas, bem mais que os 18% das públicas.

O mesmo ocorre com os Conceitos Preliminares de Curso (CPC), recebidos por cada curso de graduação. A cada ano, a prova avalia macrotemas de graduações. Em 2010, por exemplo, quando foram avaliadas principalmente os cursos de Medicina, as faculdades particulares tiveram índice reprovação de 16,5%, o dobro das públicas, de 8,3%.

Há mais de 20 anos acompanhando a evolução do ensino superior no Brasil, a professora Helena Sampaio, da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), entende que o Estado pretende delegar a instituições particulares a missão de democratizar o acesso ao ensino, deixando a qualidade a cabo de cursos em universidades públicas. Mesmo assim, ela crê que a expansão é positiva, ao beneficiar alunos de baixa renda, com menos acesso às públicas:

— Você vai falar a uma pessoa que ganha mal e que teve péssimo estudo que ela não pode cursar o ensino superior? Temos um enorme preconceito com faculdade particular, mas qual é a alternativa? Creio que a maioria desses cursos ainda é de baixa qualidade e, provavelmente, não fará o aluno ascender na pirâmide social. Mas, pelo menos, a escolaridade geral se eleva. Isso é positivo.

Ao GLOBO, o secretário de Regulação e Supervisão da Educação Superior, Jorge Messias, negou que seja política do MEC delegar a expansão ao setor privado. Segundo ele, o processo conta também com a ajuda das públicas:

— Quis o constituinte em 1988 que nossa educação fosse um sistema híbrido. E temos agora a meta do Plano Nacional de Educação de elevar em 40% as matrículas do ensino superior em uma década. Contamos com públicas e privadas para isso.

Debruçado sobre o tema há anos, o coordenador do Projeto Pensar a Educação, Pensar o Brasil, da UFMG, Luciano Mendes de Faria Filho, é favorável à política expansionista. Mas classifica como “desastroso” o predomínio absoluto das privadas.

— A nossa cobertura é pequena, uma das piores do mundo, perdemos para três ou quatro países. O grave é a baixa participação pública no ensino superior — diz o educador, que cobra mecanismos de controle para a expansão das particulares. — O risco é a queda muito forte na qualidade.

Grandes grupos e até multinacionais têm transformado os investimentos em Educação em negócio lucrativo. Renato Hyuda, membro do Grupo de Estudos em Ensino Superior da Unicamp, classifica esse cenário como exclusivo do Brasil.

— Em lugar nenhum, exceto aqui, existe um sistema educacional superior que dê lucro financeiro. A gestão, em geral, é de fundações e entidades sem fins lucrativos — compara.

FACULDADE EM ITABORAÍ CRITICA CRITÉRIOS DO MEC

A baixa qualidade de 79 faculdades, todas privadas, levou o governo a suspender convênios e vetar novas matrículas por meio do Programa Universidade Para Todos (ProUni) este mês. A Faculdade Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio, foi uma delas. Com cursos como Pedagogia, Direito e Administração a pouco mais de R$ 300 mensais, a instituição passa por uma reestruturação depois de uma fusão com outra instituição. O MEC exigiu mais professores e melhorias estruturais e alegou descumprimento do acordo ao puni-la.

— Recebemos com surpresa essa decisão arbitrária. Estamos fazendo tudo o que eles nos pediram. Como eu consigo trazer mestres e doutores para trabalhar aqui em Itaboraí? É muito difícil pagar bem. E, se eu pagar, o MEC fala que não temos sustentabilidade financeira — defendeu-se o diretor da unidade, Arthur Chrispino.

Nas salas de aula, alunos da faculdade punida não concordam com o MEC. Para a educadora infantil Elisabete Pires da Silva, de 44 anos, que cursa o 4º período de Letras, a instituição só poderia oferecer mais aulas extras.

— Se quisesse estudar em uma federal, teria de largar o emprego.

Colega de faculdade de Elisabete, o professor de inglês Jonatan Cabral de Oliveira faz coro:

— Professores daqui também dão aula na UFF. Ter faculdade perto de casa é fundamental. Senão não dá para trabalhar.

DA IGUALDADE AO PRIVILÉGIO

terça-feira, 1 de julho de 2014

COTAS, DA IGUALDADE AO PRIVILÉGIO


FOLHA.COM, 30/06/2014 02h00


Fabrício Motta




As cotas são instrumentos de efetivação de ações afirmativas, como são conhecidas as políticas voltadas à promoção da igualdade para grupos historicamente discriminados. Nesse sentido, foi publicada a lei nº. 12.990, que reserva vagas nos concursos públicos federais para negros.

Não existem dúvidas a respeito da duradoura desigualdade social vigente no Brasil e da necessidade de combatê-la. Contudo, há controvérsia sobre a eleição da raça como fator prioritário da exclusão.

Nesse particular, a lei que estabeleceu cotas nas universidades acertou ao mesclar a raça a critérios sociais (renda e estudo em escolas públicas). Ao discutir a aplicação das cotas nas universidades públicas, o Supremo Tribunal Federal (STF) não se limitou ao entendimento de que as medidas seriam importantes como compensação pelo passado escravocrata e ressaltou sua importância para o aumento da autoestima das raças discriminadas.

Contudo, a linha de pensamento utilizada para as universidades não pode ser a mesma com relação aos concursos públicos. A educação é dever do Estado imposto não só como meio para a qualificação para o trabalho e para o exercício da cidadania, mas também como um fim em si: ela deve proporcionar o pleno desenvolvimento da pessoa e é essencial para a realização das liberdades, incluindo a de pensamento. Há direito à educação, ainda que não propriamente a um curso superior, mas não direito a um cargo público.

Ao se comparar as duas situações, pode-se dizer que cargos públicos existem para que se possa prestar o melhor serviço possível ao cidadão: presume-se que o concurso seleciona, por critérios impessoais e meritórios, os que possuem maior aptidão para bem desempenhar esses serviços. Não se trata de mera geração de emprego.

Existe uma parcela do povo historicamente discriminada no acesso aos cargos públicos: trata-se do grupo composto por aqueles de todas as raças que não possuem parentes, amigos, correligionários ou padrinhos no poder e que dependem do concurso para ter a oportunidade de demonstrar a sua capacidade. Em razão de nossa tradição patrimonialista, sabe-se que cargos públicos sempre foram distribuídos entre os mais próximos por critérios obscuros e pessoais, como se fossem dádivas à disposição do governante. Essa tradição persiste nos milhares de cargos em comissão que grassam impunemente em todas as esferas de poder como extensão do patrimônio das autoridades.

Antes de se falar em cotas nos concursos, é preciso recuperar esse deficit republicano e discutir seriamente a utilização indiscriminada de cargos sem critérios técnicos. O concurso já é uma ação afirmativa.

Pode-se dizer que a educação é a "largada", enquanto o concurso é a "chegada": se o ponto de partida é o mesmo por meio da ampliação do acesso à universidade de qualidade, não há sentido em criar caminho mais curto para a chegada. A integração racial no serviço público deve ocorrer gradualmente como resultado da política de cotas nas universidades. Medidas que se confundem e acumulam podem caracterizar injusto privilégio.


FABRÍCIO MOTTA, procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás, é professor adjunto de direito administrativo da Universidade Federal de Goiás

Supremo nega pedido do PSDB

Com os votos do Barbosão e Marco Aurélio (primo do Color) a favor da ação. O PSDB foi derrotado

 Placar 8 x 2 contra a ação

O Gilmar (amarelou), quando viu que iria perder, votou contra a ação do PSDB

Supremo nega pedido do PSDB para garantir  protesto 'ideológico' dentro dos estádios

Ação contestou Lei Geral da Copa e foi rejeitada por maioria pelo Supremo.
Para ministros, texto garante liberdade de expressão nos estádios.

Mariana Oliveira Do G1, em Brasília



O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) negou nesta terça-feira (1º), por oito votos a dois, pedido do PSDB para que a Corte garantisse a realização de protestos "ideológicos" dentro dos estádios durante a Copa do Mundo. A maioria dos ministros entendeu que a Lei Geral da Copa prevê a liberdade de expressão durante os jogos do Mundial.
Na última sessão como ministro do Supremo, Joaquim Barbosa foi vencido e ficou a favor da ação. O ministro Marco Aurélio também votou para aceitar a ação do PSDB.
"Não há razão para restringir a expressão do público nos jogos da Copa ao que os organizadores e o governo entendem como adequado. A expressão deve ser pacífica e não impedir que outros expectadores assistam. Por outro lado, o financiamento público direto ou indireto foi necessário para a realização desse evento. Não faria sentido limitar a expressão de quem financiou o evento", frisou Barbosa.
Na ação, o partido pediu que fosse derrubado o artigo da Lei Geral que proíbe entrar em estádios com faixas e cartazes "para outros fins que não o da manifestação festiva e amigável" e que estabelece que é "ressalvado o direito constitucional ao livre exercício de manifestação e à plena liberdade de expressão em defesa da dignidade da pessoa humana".
Para o PSDB, a regra da Lei Geral da Copa quer limitar manifestações apenas para "defesa da dignidade da pessoa humana”, enquanto que a Constituição assegura a livre manifestação do pensamento, limitando-se apenas a proibir o anonimato. O partido também argumentou que a lei possibilitaria impedir o acesso a estádios de cidadãos que usassem roupa de "tema ideológico".
Ao votar sobre o tema, o ministro Gilmar Mendes destacou que o texto não prejudica a liberdade de manifestação. "Não parece constituir barreira à liberdade de expressão."
"Não vislumbro a possibilidade de proceder a uma análise que leve a um juízo, ainda que provisório, de inconstitucionalidade", frisou Gilmar Mendes, depois que viu que perderia mesmo com o seu voto.
Luís Roberto Barroso concordou com Mendes e afirmou que, ao contrário do que afirma o PSDB, a Lei Geral da Copa garante o livre exercício da manifestação.
"É uma forma de expressão para esse fim último da democracia. Penso que o dispositivo, por ter sentido oposto ao da restrição da liberdade de expressão, não tem razão para ser retirado do ordenamento jurídico."

Califado no Iraque e na Síria

Grupo islâmico anuncia criação de califado no Iraque e na Síria; entenda

O Isis tenta trazer de volta a noção puritana do Islamismo
O grupo militante Estado Islâmico do Iraque e do Levante (Isis, sigla em inglês) anunciou a criação de um califado, ou Estado Islâmico, nas áreas sob o seu controle no Iraque e na Síria.
O Estado Islâmico se estenderia de Aleppo, no norte sírio, até a província de Diyala, no leste iraquiano.

O grupo proclamou seu líder, Abu Bakr al-Baghdadi, como califa e "líder dos muçulmanos em todo lugar". Ele será chamado de "Califa Ibrahim".

O editor da BBC Árabe, Mohamed Yehia, explica abaixo o que o anúncio representa e suas consequências no Oriente Médio:

A palavra "califado" em árabe significa, literalmente, o processo de escolher um líder (o califa) para muçulmanos ao redor do mundo.

O termo também se refere ao sistema de governo que começou após a morte do profeta Maomé. O último califado foi o Império Otomano, e foi abolido pelo nacionalista e secular líder turco Mustafa Kamal Ataturk em 1924.

O Isis está agora tentando trazer de volta a noção puritana do Islamismo, e se apresentar como líder de todos os mulçumanos.

Essa é uma iniciativa tomada por uma linha extremamente dura do grupo sunita, e não será reconhecida pelo Irã, ou pelos mulçumanos xiitas, assim como pela Arábia Saudita, que se vê como zeladora dos lugares mais sagrados do Islamismo.

Estados e comunidades mulçumanas moderadas também rejeitam esse movimento, e todos os governos da região veem o auto-declarado "Estado Islâmico" como uma ameaça, e perigo de segurança.

O Isis estabeleceu o sistema em partes da Síria e do Iraque, e o maior perigo que o "Estado Islâmico" (IS, na sigla em inglês) apresenta atualmente é aos países vizinhos da Síria e do Iraque, como Líbano, Jordânia, e Arábia Saudita.

O risco para países mulçumanos sunitas é mais interno que externo, caso grupos locais decidam se juntar ao IS e começar a confrontar autoridades e se armar.

O Irã não está sob risco direto por ser uma grande potência militar xiita na região e capaz de deter qualquer ameaça territorial, mas verá a ascensão de um grupo sunita ultramente fundamentalista como o IS como uma ameaça ao seu poder regional e esfera de influência.

O Isis vai querer atrair mais recrutas e expandir ou consolidar seu poder.

O grupo pediu à todos os grupos jihadistas sunitas que jurassem lealdade, e como tal, grupos afiliados à linha dura da Al-Qaeda têm escolhas difíceis para fazer.

Eles tanto podem lutar contra o IS, da mesma forma que grupos como o Jabhat Al Nusra - o afiliado oficial da Al-Qaeda na Síria - tem feito, ou sucumbir ao Isis, ou desafiar e arriscar ser marginalizado em decorrência do sucesso do Isis e se tornar irrelavante.

BBC - Brasil

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Evidências da existência de Deus são mais plausíveis

Evidências da existência de Deus são mais plausíveis, diz Craig

As evidências sobre a existência de Deus são muito mais plausíveis do que as que O negam. Essa afirmação foi feita recentemente pelo filosofo cristão norte-americano William Lane Craig (na foto abaixo) quando esteve recentemente no Brasil para participar de um simpósio. Para ele, a razão é superior à ciência e, através dela, é possível acreditar em Deus.

Craig é um polemista que gosta de debater principalmente com ateus. No ano passado, quando esteve na Grã-Bretanha, ele desafiou o cientista e militante ateu Richard Dawkins para um debate. O britânico disse que não aceitaria debater com alguém como Craig, que defende o genocídio bíblico. Craig disse que o ateu evitou o confronto por covardia.

Na entrevista que concedeu em Água de Lindóia (SP) a Marco Túlio Pires, da Veja.com, Craig fala sobre essa questão do genocídio, entre outras.

Segue a entrevista.

Filósofo cristão William Lane Craig diz que a moral vem de Deus
Para Craig, a moral vem do Deus dos cristãos  
Por que deveríamos acreditar em Deus?

Porque os argumentos e evidências que apontam para a Sua existência são mais plausíveis do que aqueles que apontam para a negação. Vários argumentos dão força à ideia de que Deus existe. Ele é a melhor explicação para a existência de tudo a partir de um momento no passado finito, e também a para o ajuste preciso do universo, levando ao surgimento de vida inteligente. Deus também é a melhor explicação para a existência de deveres e valores morais objetivos no mundo. Com isso, quero dizer valores e deveres que existem independentemente da opinião humana.

Se Deus é bondade e justiça, por que ele não criou um universo perfeito onde todas as pessoas vivem felizes?

Acho que esse é o desejo de Deus. É o que a Bíblia ensina. O fato de que o desejo de Deus não é realizado implica que os seres humanos possuem livre-arbítrio. Não concordo com os teólogos que dizem que Deus determina quem é salvo ou não. Parece-me que os próprios humanos determinam isso. A única razão pela qual algumas pessoas não são salvas é porque elas próprias rejeitam livremente a vontade de Deus de salvá-las.

Alguns cientistas argumentam que o livre-arbítrio não existe. Se esse for o caso, as pessoas poderiam ser julgadas por Deus?

Não, elas não poderiam. Acredito que esses autores estão errados. É difícil entender como a concepção do determinismo pode ser racional. Se acreditarmos que tudo é determinado, então até a crença no determinismo foi determinada. Nesse contexto, não se chega a essa conclusão por reflexão racional. Ela seria tão natural e inevitável como um dente que nasce ou uma árvore que dá galhos. Penso que o determinismo, racionalmente, não passa de absurdo. Não é possível acreditar racionalmente nele. Portanto, a atitude racional é negá-lo e acreditar que existe o livre-arbítrio.

O senhor defende em seu site uma passagem do Velho Testamento em que Deus ordena a destruição da cidade de Canaã, inclusive autorizando o genocídio, argumentando que os inocentes mortos nesse massacre seriam salvos pela graça divina. Esse não é um argumento perigosamente próximo daqueles usados por terroristas motivados pela religião?

A teoria ética desses terroristas não está errada. Isso, contudo, não quer dizer que eles estão certos. O problema é a crença deles no deus errado. O verdadeiro Deus não ordena atos terroristas e, portanto, eles estariam cometendo uma atrocidade moral. Quero dizer que se Deus decide tirar a vida de uma pessoa inocente, especialmente uma criança, a Sua graça se estende a ela.

Se o terrorista é cristão o ato terrorista motivado pela religião é justificável, por ele acreditar no Deus ‘certo’?

Não é suficiente acreditar no deus certo. É preciso garantir que os comandos divinos estão sendo corretamente interpretados. Não acho que Deus dê esse tipo de comando hoje em dia. Os casos do Velho Testamento, como a conquista de Canaã, não representam a vontade normal de Deus.

O sr. está querendo dizer que Deus também está sujeito a variações de humor? Não é plausível esperar que pelo menos Ele seja consistente?

Penso que Deus pode fazer exceções aos comandos morais que dá. O principal exemplo no Velho Testamento é a ordem que ele dá a Abraão para sacrificar seu filho Isaque. Se Abraão tivesse feito isso por iniciativa própria, isso seria uma abominação. O deus do Velho Testamento condena o sacrifício infantil. Essa foi uma das razões que o levou a ordenar a destruição das nações pagãs ao redor de Israel. Elas estavam sacrificando crianças aos seus deuses. E, no entanto, Deus dá essa ordem extraordinária a Abraão: sacrificar o próprio filho Isaque. Isso serviu para verificar a obediência e fé dele. Mas isso é a exceção que prova a regra. Não é a forma normal com que Deus conduz os assuntos humanos. Mas porque Deus é Deus, Ele tem a possibilidade de abrir exceções em alguns casos extremos, como esse.

O sr. disse que não é suficiente ter o deus certo, é preciso fazer a interpretação correta dos comandos divinos. Como garantir que a sua interpretação é objetivamente correta?

As coisas que digo são baseadas no que Deus nos deu a conhecer sobre si mesmo e em preceitos registrados na Bíblia, que é a palavra d’Ele. Refiro-me a determinações sobre a vida humana, como “não matarás”. Deus condena o sacrifício de crianças, Seu desejo é que amemos uns ao outros. Essa é a Sua moral geral. Seria apenas em casos excepcionalmente extremos, como o de Abraão e Isaque, que Deus mudaria isso. Se eu achar que Deus me comandou a fazer algo que é contra o Seu desejo moral geral, revelado na escritura, o mais provável é que eu tenha entendido errado. Temos a revelação do desejo moral de Deus e é assim que devemos nos comportar.

O sr. deposita grande parte da sua argumentação no conteúdo da Bíblia. Contudo, ela foi escrita por homens em um período restrito, em uma área restrita do mundo, em uma língua restrita, para um grupo específico de pessoas. Que evidência se tem de que a Bíblia é a palavra de um ser sobrenatural?

A razão pela qual acreditamos na Bíblia e sua validade é porque acreditamos em Cristo. Ele considerava as escrituras hebraicas como a palavra de Deus. Seus ensinamentos são extensões do que é ensinado no Velho Testamento. Os ensinamentos de Jesus são direcionados à era da Igreja, que o sucederia. A questão, então, se torna a seguinte: temos boas razões para acreditar em Jesus? Ele é quem ele diz ser, a revelação de Deus? Acredito que sim. A ressurreição dos mortos, por exemplo, mostra que ele era quem afirmava.

Existem provas que confirmem a ressurreição de Jesus?

Temos boas bases históricas. A palavra ‘prova’ pode ser enganosa porque muitos a associam com matemática. Certamente, não temos prova matemática de qualquer coisa que tenha acontecido na história do homem. Não temos provas, nesse sentido, de que Júlio César foi assassinado no senado romano, por exemplo, mas temos boas bases históricas para isso. Meu argumento é que se você considera os documentos do Novo Testamento como fontes da história antiga, — como os historiadores gregos Tácito, Heródoto ou Tucídides — o evangelho aparece como uma fonte histórica muito confiável para a vida de Jesus de Nazaré. A maioria dos historiadores do Novo Testamento concorda com os fatos fundamentais que balizam a inferência sobre a ressurreição de Cristo. Coisas como a sua execução sob autoridade romana, a descoberta das tumbas vazias por um grupo de mulheres no domingo depois da crucificação e o relato de vários indivíduos e grupos sobre os aparecimentos de Jesus vivo após sua execução. Com isso, nos resta a seguinte pergunta: qual é a melhor explicação para essa sequência de acontecimentos? Penso que a melhor explicação é aquela que os discípulos originais deram — Deus fez Jesus renascer dos mortos. Não podemos falar de uma prova, mas podemos levantar boas bases históricas para dizer que a ressurreição é a melhor explicação para os fatos. E como temos boas razões para acreditar que Cristo era quem dizia ser, portanto temos boas razões para acreditar que seus ensinamentos eram verdade. Sendo assim, podemos ver que a Bíblia não foi criação contingente de um tempo, de um lugar e de certas pessoas, mas é a palavra de Deus para a humanidade.

O textos da Bíblia passaram por diversas revisões ao longo do tempo. Como podemos ter certeza de que as informações às quais temos acesso hoje são as mesmas escritas há 2.000 anos? Além disso, como lidar com o fato de que informações podem ser perdidas durante a tradução?

Você tem razão quanto a variedade de revisões e traduções. Por isso, é imperativo voltar às línguas originais nas quais esses textos foram escritos. Hoje, os críticos textuais comparam diferentes manuscritos antigos de modo a reconstruir o que os originais diziam. O Novo Testamento é o livro mais atestado da história antiga, seja em termos de manuscritos encontrados ou em termos de quão próximos eles estão da data original de escrita. Os textos já foram reconstruídos com 99% de precisão em relação aos originais. As incertezas que restam são trivialidades. Por exemplo, na Primeira Epístola de João, ele diz: “Estas coisas vos escrevemos, para que o vosso gozo se cumpra”. Mas alguns manuscritos dizem: “Estas coisas vos escrevemos, para que o nosso gozo se cumpra”. Não temos certeza se o texto original diz ‘vosso’ ou ‘nosso’. Isso ilustra como esse 1% de incerteza é trivial. Alguém que realmente queira entender os textos deverá aprender grego, a língua original em que o Novo Testamento foi escrito. Contudo, as pessoas também podem comprar diferentes traduções e compará-las para perceber como o texto se comporta em diferentes versões.

É possível explicar a existência de Deus apenas com a razão? Qual o papel da ciência na explicação das causas do universo?

A razão é muito mais ampla do que a ciência. A ciência é uma exploração do mundo físico e natural. A razão, por outro lado, inclui elementos como a lógica, a matemática, a metafísica, a ética, a psicologia e assim por diante. Parte da cegueira de cientistas naturalistas, como Richard Dawkins, é que eles são culpados de algo chamado ‘cientismo’. Como se a ciência fosse a única fonte da verdade. Não acho que podemos explicar Deus em sua plenitude, mas a razão é suficiente para justificar a conclusão de que um criador transcendente do universo existe e é a fonte absoluta de bondade moral.

Por que o cristianismo deveria ser mais importante do que outras religiões que ensinam as mesmas questões fundamentais, como o amor e a caridade?

As pessoas não entendem o que é o cristianismo. É por isso que alguns ficam tão ofendidos quando se prega que Jesus é a única forma de salvação. Elas pensam que ser cristão é seguir os ensinamentos éticos de Jesus, como amar ao próximo como a si mesmo. É claro que não é preciso acreditar em Jesus para se fazer isso. Isso não é o cristianismo. O evangelho diz que somos moralmente culpados perante Deus. Espiritualmente, somos separados d’Ele. É por isso que precisamos experimentar Seu perdão e graça. Para isso, é preciso ter um substituto que pague a pena dos nossos pecados. Jesus ofereceu a própria vida como sacrifício por nós. Ao aceitar o que ele fez em nosso nome, podemos ter o perdão de Deus e a limpeza moral. A partir disso, nossa relação com Deus pode ser restaurada. Isso evidencia por que acreditar em Cristo é tão importante. Repudiá-lo é rejeitar a graça de Deus e permanecer espiritualmente separado d’Ele. Se você morre nessa condição você ficará eternamente separado de Deus. Outras religiões não ensinam a mesma coisa.

A crença em Deus é necessária para trazer qualidade de vida e felicidade?

Penso que a crença em Deus ajuda, mas não é necessária. Ela pode lhe dar uma fundação para valores morais, propósito de vida e esperança para o futuro. Contudo, se você quiser viver inconsistentemente, é possível ser um ateu feliz, contanto que não se pense nas implicações do ateísmo. Em última análise, o ateísmo prega que não existem valores morais objetivos, que tudo é uma ilusão, que não há propósito e significado para a vida e que somos um subproduto do acaso.

Por que importa se acreditamos no deus do cristianismo ou na ‘mãe natureza’ se na prática as pessoas podem seguir, fundamentalmente, os mesmos ensinamentos?

Deveríamos acreditar em uma mentira se isso for bom para a sociedade? As pessoas devem acreditar em uma falsa teoria, só por causa dos benefícios sociais? Eu acho que não. Isso seria uma alucinação. Algumas pessoas passam a acreditar na religião por esse motivo. Já que a religião traz benefícios para a sociedade, mesmo que o indivíduo pense que ela não passa de um ‘conto de fadas’, ele passa a acreditar. Digo que não. Se você acha que a religião é um conto de fadas, não acredite. Mas se o cristianismo é a verdade — como penso que é — temos que acreditar nele independente das consequências. É o que as pessoas racionais fazem, elas acreditam na verdade. A via contrária é o pragmatismo. “Isso Funciona?", perguntam elas. "Não importa se é verdade, quero saber se funciona”. Não estou preocupado se na Suécia alguns são felizes sem acreditar em Deus ou se há alguma vantagem em acreditar n’Ele. Como filósofo, estou interessado no que é verdade e me parece que a existência desse ser transcendente que criou e projetou o universo, fonte dos valores morais, é a verdade.

Fonte: Veja.com.
Filósofo cristão chama ateu de ‘covarde’ por recusar debate
junho de 2011

Dawkins afirma que não debate com quem defende genocídio bíblico
outubro de 2011

Leia mais em http://www.paulopes.com.br/2012/03/evidencias-da-existencia-de-deus-sao.html#ixzz36AWRlS2E
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Trechos bíblicos que crentes fingem desconhecer

Trechos bíblicos cuja existência crentes fingem desconhecer

A reportagem de capa da Superinteressante de junho é “A Bíblia como você nunca leu”. Trata-se dos trechos bíblicos que propagam, com candura, sacrifícios humanos, morte para virgens defloradas, poligamia, bebedeira e por aí vai.
Livro sagrado tem muita violência,
além de poligamia, bebedeira, etc.
As perversidades bíblicas têm sido destacadas à exaustão, mas ainda assim a reportagem é oportuna porque ocorre cada vez mais com frequência a exaltação por vereadores e deputados da Bíblia como “padrão de moralidade”. 
Recentemente na Assembleia Legislativa de Goiás, por exemplo, a leitura da Bíblia se tornou obrigatória no começo das sessões para garantir “um ambiente de princípios e de harmonia entre os deputados”. 
O deputado evangélico Daniel Messac (PSDB), autor da lei dessa obrigatoriedade, agiu como só existisse uma parte da Bíblia, a "boa", e não também a "ruim", a podre, e como se esta não contaminasse aquela. E assim tem sido nas pregações de pastores e de padres, nos sermões televisivos, nos livros religiosos. Tudo sem questionamentos dos fiéis. 
Seguem trechos do texto de Alexandre Versignassi e Tiago Cordeiro.

Maridos & esposas


Rei Salomão e suas esposas
Rei Salomão teve 
700 mulheres
O Velho Testamento deixa claro que as mulheres deveriam ser funcionárias de seus maridos, com deveres e direitos. Se uma esposa fosse “demitida” pelo parceiro, por exemplo, ela podia ganhar uma carta de recomendação para a moça utilizá-la como trunfo na hora de tentar uma vaga de mulher de outro sujeito.

A poligamia era regra. Tanto que o primeiro caso aparece logo no capítulo 4 do primeiro livro da Bíblia: “E tomou Lameque para si duas mulheres” (Gênesis). A situação era tão comum que vários dos personagens mais importantes do Antigo Testamento viviam com mais de uma esposa sob o mesmo teto.

[...] Nunca na história do Livro Sagrado houve maior predador matrimonial que Salomão, o rei: foram 700 esposas. Setecentas de papel passado, já que o sábio soberano ainda mantinha 300 concubinas.

O Novo Testamento não cita tantos exemplos de poligamia, mas sugere que ela ainda era comum no século 1. Jesus não toca no assunto, mas, em duas cartas, são Paulo recomenda que os líderes da nova comunidade cristã tivessem apenas uma esposa porque “assim eles teriam mais tempo para dedicar aos fiéis”.

“O cristianismo só refuta a poligamia quando se aproxima do poder em Roma, que proibia essa prática”, afirma o historiador Marc Zvi Brettler. Como escreve santo Agostinho no século 5, “em nosso tempo, e de acordo com o costume romano, não é mais permitido tomar outra esposa”.

“As mulheres sejam submissas a seus maridos.”
(Colossenses, 3, 18)

Bíblia não condena aborto nem a poligamia, afirma estudioso
novembro de 2010

Sexo


Virgem bíblica
Para se casar, mulher
tinha de ser virgem
Uma série de regras estabelece como deve ser a vida sexual: toda mulher tem de se casar virgem, ou então poderá ser dispensada pelo marido.

As leis sexuais eram bem abrangentes: “Quem tiver relações com um animal deve ser morto”, diz o Êxodo. E a masturbação também não pode. Como diz o sutil são Paulo: “A mulher não pode dispor de seu corpo: ele pertence ao marido. E o marido não pode dispor de seu corpo: ele pertence à esposa.”

“O sexo na Bíblia é cheio de contradições”, diz o arqueólogo Michael Coogan, autor de God and Sex (Deus e o Sexo). “É de se desconfiar que fossem realmente levados a sério naquela época.”

E possuiu também a Raquel, e amou também a Raquel mais do que a Lia.” (Gênesis, 29, 30)

Bíblia é tão machista como Corão: ambos mandam a mulher se calar
por Lukretia em maio de 2011

Negócios e finanças


A cobrança de juros é proibida. As ordens se repetem ao longo da Bíblia, sempre em tom firme: “Não tomarás deles juros nem ganho” (Levítico). [...] Mas existe uma exceção: nos casos em que o empréstimo é concedido a um não judeu (“um estranho”, nas palavras de Deuteronômio) é permitido praticar a usura. Até por isso os judeus se tornaram os grandes banqueiros da Idade Média.

Se o Livro Sagrado proíbe a cobrança de juros, mas só entre judeus, o mesmo vale para a escravidão. Você pode ter escravos, contanto que “sejam das nações que estão ao redor de vós; deles comprareis escravos e escravas”, diz o Levítico.

“Ao estranho, emprestarás com juros.” (Deuteronômio 23:20)

Marvado vinho


Jesus transforma água em vinho
Água vira vinho: primeiro
milagre de Jesus
O álcool nem sempre foi consumido com moderação na Bíblia. A palavra “vinho” é citada mais de 200 vezes, e os porres são frequentes: Noé é embebedado pelas filhas, e Amnon, filho de Davi, está mais pra lá do que pra cá quando é assassinada por ordem de seu irmão Absalão — a interessar: foi pelo crime de ter estuprado a própria irmã, Tamar.

“Os sacerdotes são orientados a não beber antes de entrar no tempo, e o álcool é relacionado à perda de controle pessoal e da capacidade de diferenciar o bem do mal. Mas nada no texto bíblico proíbe o consumo”, diz o historiador Marc Zvi Brettler.

O álcool chega a ser recomendado para curar os males da alma. Está em provérbios: “Daí bebida forte ao que está prestes a perecer, e o vinho aos amargurados de espíritos”.

E tem o primeiro milagre de Jesus: transformar água em vinho — segundo o evangelista João, no melhor vinho da festa.

São Paulo vai mais além: recomenda a um discípulo, Timóteo, que troque a água pelo vinho.

“O chefe do serviço provou [o vinho que Jesus criara a partir da água] e falou com o noivo: ‘Tudo guardaste o melhor vinho até agora!’” (João 2, 7-10)

Vinho feito em abadia é símbolo de alcoolismo na Escócia
fevereiro de 2010

Saúde e educação


[...] Ao longo da infância, os pais têm a obrigação de repassar a eles a palavra de Javé. Já o Novo Testamento é mais pedagógico, digamos assim: enfatiza a educação pelo bom exemplo dos pais. [...] Quando não funcionar, o Antigo Testamento indica que um bastão flexível deve ser usado para bater nos desobedientes. O objeto tem até nome, vara da correção, e é indicado para qualquer situação em que o pai considere que a criança não seguiu suas instruções. “A vara e a repressão dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesa envergonha a sua mãe” (Provérbios).

“O sacerdote examinará a praga na pele da carne; se o pelo na praga se tornou branco, (...) é praga de lepra; o sacerdote o examinará, e o declarará por imundo.” (Levítico 13:3).

Malafaia cita castigo bíblico à vara contra lei que pune pais violentos
dezembro de 2011

Homossexualidade


Davi e Jonatas, amor homossexual
Rei Davi e Jonatã: 
amor homossexual
O amor entre homens era punido com a morte — a não ser que você fosse o rei Davi. Os livros Samuel I e Samuel II contam a história da amizade entre ele e Jonatã, filho do rei Saul, antecessor de Davi e candidato natural ao trono de Israel. Davi acaba escolhido para a sucessão, mas isso não abala o relacionamento dos dois. Está escrito: “A alma de Jonatã se ligou com a alma de Davi. E Jonatã o amou, como à sua própria alma” (Samuel I).

Em outra passagem, Jonatã tira todas as roupas, entrega a Davi e se deita com ele. “E inclinou-se três vezes, e beijaram-se um ao outro” (Samuel I). “Esse relato incomoda os intérpretes tradicionais da Bíblia, que tentam explicar a relação como uma forte amizade, e o beijo como um costume comum entre homens”, diz o historiador finlandês Martii Nissinem, da Universidade de Helsinki e autor de Homoeroticism in the Biblical World (Homoerotismo no Mundo Bíblico). “Mas é difícil negar a referência à homossexualidade nesse caso, mesmo que a lei judaica a proíba expressamente.”

Para alguns especialistas, o Antigo Testamento também sugere um relacionamento homossexual entre duas mulheres, Noemi e sua nora Rute. Está no livro de Rute um trecho em que ela diz a Noemi: “Aonde quer que tu fores irei eu, e onde quer que pousares, ali pousarei eu. Onde quer que morreres morrerei eu, e ali serei sepultada”.

“Estou angustiado por causa de ti, Jonatã. Mais maravilhoso me era teu amor do que o amor das mulheres.” (Samuel II 1, 26).

Anglicano apoia união gay e diz que rei Davi gostava de homem
agosto de 2011

Sacrifício


Abraão prestes a matar seu filho Isaac
Abraão por pouco não 
matou seu próprio filho
Muito sangue jorra na Bíblia. Abraão é orientado a sacrificar seu próprio filho Isaac a Javé — e teria obedecido, caso um anjo não aparecesse no ultimo minuto dizendo ser tudo um teste para sua fé. Além disso, durante os 40 dias em que Abraão detalha suas regras ao patriarca, Deus exige uma série de sacrifícios de animais.

Os rituais são descritos com grande riqueza de detalhes. Moisés manda matar e drenar 12 bois. O sangue é colocado numa tina. Metade é lançada no altar e o resto sobre a multidão. Carneiros abatidos são esfregados no corpo de fiéis, que seguram seus rinas nas mãos para oferecê-los a Javé. Pedaços de bichos são queimados sobre o altar. Era uma forma de trocar favores com os deuses.

“O sangue é o maior símbolo da vida. Ao usá-lo em rituais, os fiéis reforçam seu vínculo com a divindade e se purificam”, diz Richard Friedman. [...] ”Na interpretação cristã posterior, o próprio Jesus é considerado o sacrifício final, que limpa os pecados da humanidade de forma definitiva, o que dispensa a morte de animais.”

“Derramar-se-a seu sangue me volta do altar. Será oferecida a cauda, a gordura que cobre as entranhas. Os dois rins e a pelo que recobre o fígado.” (Levítico 7, 2-4).

Sacrifício de animais esconde o fundamento espúrio das religiões
junho de 2011

Crime e castigo


Levítico manda matar as
prostitutas a pedradas
Sequestro, adultério, homossexualidade, prostituição.... Tudo dava pena de morte. Até fazer sexo com uma virgem poderia custar a vida do “criminoso”. Adorar outros deuses também trazia problemas sérios. Moisés mandou matar 3 mil judeus por causa disso.

O Levítico também manda matar prostitutas a pedradas. Não caso de a moça ser filha de um sacerdote, a punição é pior: “Com fogo será queimada”.

Em geral, a pena de morte por apedrejamento não precisava ser julgada pelos sacerdotes. A maioria dos crimes recebia punição na hora, diante de um grupo de pessoas que presenciaram a cena ou que estavam por perto da cena do crime.

O Antigo Testamento estabelece que toda mulher menstruada é tão impura que até mesmo os lugares onde ela senta devem ser evitados. Se um homem encostar na esposa, na mãe ou na irmã nesse período do mês, ele não pode sair de casa por sete dias. E, se o fizer, pode ter de pagar uma multa.

Como o Antigo Testamento não aceita o aborto, é crime provocá-lo, mesmo que por acidente, mas a pena depende da gravidade da situação.

Em caso de roubo e furto ou qualquer outro prejuízo ao patrimônio alheio, a pena é o pagamento de 4 vezes o valor do bem que foi levado ou destruído. Se a pessoa que cometeu a infração não tivesse condições de pagar, podia ser vendida como escrava.

“Quando houver moça virgem, desposada, e um homem a achar na cidade, e se deitar com ela, então trarei ambos à porta daquela cidade, e os apedrejareis, até que morram.” (Deuteronômio 22:23-24)

 
Bíblia relata mais de 2,5 milhões de mortes em nome de Deus
janeiro de 2013
Contradições da Bíblia.   Consequências da Bíblia para o mal.

Leia mais em http://www.paulopes.com.br/2012/05/revista-mostra-trechos-biblicos-cuja.html#ixzz36ASoLCPs
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PARLAMENTAR IMUNE

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