quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Tática de guerra

“Contradições e bate-cabeça da campanha de Bolsonaro são intencionais”

Para o especialista em estratégia militar Piero Leirner, capitão usa tática militar em sua comunicação

Piero Leirner, professor da Ufscar.
Piero Leirner, professor da Ufscar.
Esqueça a propaganda eleitoral tradicional na TV e no rádio. Deixe de lado também qualquer necessidade de discursos coerentes e sem contradições. Ao contrário, estimule seus aliados a levantar uma série de polêmicas apenas para que você possa em seguida desmenti-los e desempenhar o papel de apaziguador, paladino "da ordem". Na sequência, apresente mais desinformação. Repasse para dezenas de grupos fechados de Whatsapp, que espalharão para mais centenas, até que a verdade seja uma questão de ponto de vista sem nenhum lastro na realidade. Essa é a estratégia que, segundo o antropólogo Piero Leirner, professor da Universidade Federal de São Carlos e especialista em estratégia militar, foi colocada em marcha pela campanha do presidenciável Jair Bolsonaro e pode levá-lo ao Planalto nas eleições de domingo. Em entrevista por email ao EL PAÍS ele detalha os passos que fizeram com que o capitão da reserva deixasse seus adversários se perguntando o que os atingiu. 
Pergunta. A campanha de Bolsonaro frequentemente aparenta bater cabeça, com o capitão tendo que rebater colocações de sua equipe, como no caso da afirmação de um de seus filhos sobre o fechamento do Supremo Tribunal Federal. Isso é uma estratégia eleitoral?
Resposta. Tenho a impressão que no primeiro turno isso foi feito muito mais de cabeça pensada do que agora. A estratégia visava a criação de um ambiente de dissonância cognitiva [no qual uma pessoa apresenta simultaneamente opiniões contraditórias entre si], para em um segundo momento Bolsonaro aparecer com um discurso de restauração da ordem. Este é um passo clássico de operações psicológicas [militares], algo que está colocado em manuais de informação e contrainformação, propaganda de guerra e estratégias de dissuasão do inimigo há muito tempo.
P. Qual o sentido de usar esta estratégia?
R. O que se podia fazer com oito segundos de TV? Nada. Então houve a apropriação bastante eficaz desse tipo de instrumento de guerra semiótica. Falar e desdizer, e, como você disse antes, "bater cabeça" com os cabeças de ponte, os subordinados que ocupam uma posição de contato no terreno inimigo. Com isso ele mostrava o seguinte: "a confusão está fora de mim, mas eu restauro a autoridade aqui". Todo o tempo esse foi o discurso, de que ele é a autoridade. E assim ele multiplicou o carisma, jogando para o plano que oscilava entre uma autoridade carismática e tradicional.
Tenho a impressão que depois isso se tornou um padrão, basta ligar no piloto automático. O que foi repreender o filho [Eduardo Bolsonaro, que falou na possibilidade de fechar o STF] senão a repetição do discurso de que "tem que levar umas palmadinhas"? Ou seja, mais uma vez ele capitalizou com o erro.
P. Em que medida esta estratégia ajuda o candidato? É possível dizer que, neste cenário, confundir ajuda?
O padrão é sempre aparecer com uma ordem semanticamente paralela à desordem anterior
R. O padrão é sempre aparecer com uma ordem semanticamente paralela à desordem anterior. Se há uma desordem, digamos hipoteticamente, lançada por meio de uma contradição em um assunto econômico, como por exemplo Paulo Guedesdizendo "vou privatizar tudo", Bolsonaro reage com um "não vamos privatizar as empresas estratégicas" e, posteriormente, a questão é resolvida com um "vou acabar com o problema da violência". Isso é tão eficaz que até os donos de corretoras, o tal mercado, releva as informações que deveriam realmente interessar e passam a apostar nele.
Outro dia assisti em um programa de TV uma mesa com dois donos de corretoras, e um deles disse: "não é preciso ter plano algum para a economia, isso a gente vê depois. O que interessa mesmo é acabar com o privilégio das minorias que se instalou nesse país". Acho que nem Wall Street chegaria nesse ponto, de onde se vê que até gente que sabe como a engrenagem funciona caiu em processo de dissonância cognitiva.
P. Estas polêmicas provocadas pelo círculo íntimo do candidato ficam dias repercutindo na mídia. Isso é positivo para ele?
R. Claro. Ainda mais considerando que ele conseguiu colar a versão de que a mídia é, ela própria, uma fake news. Então toda a polêmica que fica exposta ele capitaliza depois mostrando que é o anti sistema lutando contra o establishment. E fez isso de uma maneira muito simples, pois depois de anos da mídia manobrando à vontade para bater no PT, eis que Bolsonaro bate na mídia e o PT assume a defesa dela! O que a campanha do PT fez? Jogou fora sua narrativa anterior, deixando esse vácuo, que é um tesouro semiótico, pronto para o Bolsonaro pegar e inverter a pauta: agora o PT é o "partido da Globo". Passei dias ouvindo isso, que na Globonews são todos petistas de carteirinha. Agora, minha sensação é que quanto mais a mídia bater, mais ele capitaliza.
Depois de anos da mídia manobrando à vontade para bater no PT, eis que Bolsonaro bate na mídia e o PT assume a defesa dela!
P. Qual o conceito de guerra híbrida que o senhor trabalha, e como se aplica à política?
R. O conceito foi inventado por um norte-americano que reside na Rússia, o Andre Korybko. Ele fala, sobretudo, em movimentos que se utilizam de pautas identitárias que são articuladas por agentes externos para provocar conflitos e desestabilizar regimes. Foi assim nas chamadas primaveras árabes e, penso, aqui também em 2013. Para ele há um claro envolvimento do assim chamado deep state [nome dado a uma mistura de interesses de agentes estatais com investidores e setores industriais] norte-americano.
P. A manipulação de pautas identitárias são a única maneira de usar a guerra híbrida?
R. Eu penso que não, ainda que os meios sejam os mesmos: basicamente uma guerra no campo da informação e contrainformação, cujo objetivo é dissuadir o inimigo sem precisar levantar a espada. Isso é Sun-Tzu [estrategista militar chinês autor do livro A Arte da Guerra]. Isso é a base das PsyOps, ou operações psicológicas. O ponto todo é sempre desnortear o inimigo, deixando praticamente impossível para ele uma avaliação real sobre o tamanho, o posicionamento, a coesão e o estado de suas forças. Toda informação deve ser criptografada, e sempre é preciso adicionar uma quantidade de camadas de informação diante dos fatos de modo que as pessoas não saibam mais se estão olhando para as distrações ou para a mão que realiza a manobra. Com essa parafernália conceitual, me parece plausível que existe aplicação em qualquer campo. Por que a política ficaria isenta dela?
P. Como reagir a um ataque híbrido?
R. O que você acha que é essa quantidade incrível de vídeos que circulam agora via Facebook e Whatsapp? Contra-ataques híbridos. Estão certos? Falam a verdade? É bem possível, mas sua origem é tão obscura quanto a da matéria ele pretende desmentir. E o problema disso tudo é que nada parece ter lado, todas essas verdades parecem surgir do nada e se fiar em checagem de fatos. Mas então me diga uma coisa: qual é a agência que vai determinar, em última instância, a checagem? A mesma imprensa que até 20 dias atrás manobrou os fatos à sua vontade? O problema é que quando eles iam só em uma direção, estava tudo bem. Agora que o resultado saiu do controle, fica todo mundo desesperado com a quantidade de notícias falsas e mentiras. Quem olhou para o que estava acontecendo desde 2013 viu que tudo estava seguindo um padrão.
O problema é que quando as fake news iam só em uma direção, estava tudo bem. Agora que o resultado saiu do controle, fica todo mundo desesperado com a quantidade de notícias falsas e mentiras.
P. Existe algum outro país onde esta estratégia tenha sido utilizada?
R. Desta maneira, que eu saiba, não. Você deve estar pensando no caso norte-americano, no escândalo da Cambridge Analytica e dos contatos do filho de Bolsonaro com Steve Bannon [ex-estrategista de Donald Trump]. É uma parte do processo, mas não explica tudo. A estratégia tem que ser vista de forma aprofundada, recuando alguns anos. Agora parece que todo mundo acordou, no susto. Não se trata só da campanha que começou este ano, mas de passos mais largos que foram sendo realizados por outros agentes, como o Judiciário e a própria mídia.
A entourage de Bolsonaro certamente mapeou esses movimentos e foi se posicionando, sempre no segundo plano. Quando chegou a sua vez, aí foi o movimento de morde e foge, lançou o ataque semiótico e depois viu como o campo se desorganizou, para aí se reposicionar de novo. E assim foi indo, sempre lá de trás, observando como no front os outros ficavam como baratas tontas. Veja o PSDB [que focou sua artilharia em Bolsonaro,mas sequer foi ao segundo turno da disputa], mais claro impossível.
Isso que você está chamando de propaganda clássica chega a dar dó, não convence mais ninguém
P. O que mudou no papel da propaganda eleitoral clássica, na TV e no rádio? Os adversários de Bolsonaro conseguiram fazer bom uso dela?
R. Isso que você está chamando de propaganda clássica chega a dar dó. Os minutos que são fatiados em críticas, propostas e aqueles clipes ridículos mostrando gente sorrindo, o brasileiro típico, não devem convencer mais ninguém. Compare com o que produziu Bolsonaro: vídeos de baixa qualidade, feitos com celular. Todo mundo espalhou, não consumia a banda larga de ninguém! Pareciam selfies que se manda para o amigo ali da esquina. Essa estratégia o colocou em linha direta com as pessoas. E elas espalharam este conteúdo como se fossem agentes de campanha. Funcionaram como estações repetidoras. Delas para os grupos, e desses para outros. Hoje também já suspeitamos que houve uma ajuda extra. Mas, como disse, esse jogo está com a regra alterada circunstancialmente. Então essa propaganda tradicional, do jeito que está sendo feita, é inócua.
P. Algum outro candidato além de Bolsonaro fez uso da guerra híbrida com eficiência?
R. Claro que não. Basta ver onde eles estão.
P. Bolsonaro diz não ter controle sobre a disseminação de fake news. Qual sua avaliação?
R. Há dois pontos aí: ele não tem controle de como as fake news se espalham, pois as células atuam de maneira semi-independente. Mas ele, ou alguém da equipe dele, tem controle sobre a própria boca e como as coisas saem dela. Então ele tem segurança na fórmula, a equipe tem as chaves da criptografia das mensagens passadas. Então é claro que ele poderia dar um cavalo-de-pau e tentar mudar a chave, e é evidente que ele não fez isso. O discurso de domingo [21 de outubro, quando Bolsonaro falou em varrer a oposição] intensificou mais ainda essa estratégia. Tudo feito como sempre, e ninguém consegue reagir.

MAIS INFORMAÇÕES

domingo, 21 de outubro de 2018

Crimes eleitorais de Bolsonaro

·
A repercussão de tsunami de fake news ( milhões deles) no Whatsapp endereçados ao PT e campanha de Haddad - comprovados seguramente como crime eleitoral- fez a Ministra Rosa Weber, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), adiar a entrevista coletiva que daria hoje sobre a fraude eleitoral.

Como estava tremendo de medo, ela, descendente de alemães, se rearticulou com os organismos de segurança pública da Nação.

Para se proteger.

Assim, chamou outras autoridades pra estarem com ela na nova entrevista coletiva.

Quem são?

Vejam quem estará, na bancada do TSE, domingo, às 14 horas, falando sobre o escândalo Bolsonaro e seus empresários apoiadores não tanto ocultos.
São eles:

1.O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann;

2. O ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) da Presidência da República, general Sérgio Etchegoyen

3.A procuradora-geral da República, Raquel Dodge.

4.A advogada-geral da União, Grace Mendonça

5. O diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro.

Ora, Weber quis se proteger, claro.

Quer dividir a responsabilidade de cassar a chapa do PSL com outros organismos militares e jurídicos de importância estrutural.

A entrevista coletiva mais disputada de todos os tempos se dará, agora, domingo, às 14 horas, no TSE, Brasília.

Ela não é boba, nem nada.

Se articulou com essas instâncias para dividir responsabilidades caso a decisão do TSE seja favorável a manter a chapa Bolsonaro como legítima.

Se proteger.

No entanto, conjuntura estrutural é muito pesada para ela, Weber.

Ficou comprovado pela reportagem “Folha de São Paulo”, que Bolsonaro cagou para a lei eleitoral.

Se for feita uma investigação pra valer, será constatado que essas empresas que financiaram os fake news do Whatsapp contra o PT e Haddad -pagaram cerca de R$ 12 milhões pelos impulsionamentos - são íntimas da família Bolsonaro.

Como constatação do crime, hoje, o Whatsapp baniu a conta do senador eleito – e filho de Bolsonaro- Flávio Bolsonaro de suas contas, pois, o mesmo, utilizava de expedientes ilegais para inflar sua conta.

Trata-se, aqui, da confissão do crime.

Feita pelo Whatsapp.

Em outras palavras: mais uma prova da campanha suja, ilegal e imoral do candidato do PSL.

Nesse sentido, devemos repensar uma coisa: que papel essas empresas digitais norte-americanas desempenham em nosso pais?

Alterando o sistema democrático, se aliando a empresários inescrupulosos, mudando dados, fazendo vistas grossas a legislação eleitoral, e se associando a uma candidatura nazifascista.

Carlos Nobre
Jornalista
Professor da Universidade Católica do Rio de Janeiro

Fato ou fake?

*BOLSONARO E O CÂNCER TERMINAL QUE ESTARIA SENDO MANTIDO EM SIGILO HÁ MESES*

https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=2461798087169393&id=100000176785528

Quem me conhece sabe que não sou adepto de teorias da conspiração, mas acabo de ler no twitter um relato sobre um provável câncer no trato do intestino que possui uma riqueza de detalhes e notícias que resolvi trazer para cá. As informações a seguir foram publicadas originalmente na conta @afffmulher. Todos os links estão no fim deste post.

Há rumores de que Bolsonaro, na verdade, está com câncer terminal no trato digestivo e não está bem de saúde. Fontes próximas acreditam que ele não tem saúde para terminar um possível mandato.

Desde o começo do ano, Jair Bolsonaro dá sinais de que não está com a saúde 100% para um paraquedista formado. Não, não me refiro àquelas flexões de cabeça que ele fez. Me refiro aos desmaios, passamentos, passadas de mal.

No dia 8 de fevereiro, o deputado passou mal e precisou de atendimento médico na cidade de Cascavel, no Paraná. Ele sentiu calafrios e fortes dores no estômago (guarde esta informação). Segundo informações ele teve PROBLEMAS GASTRINTESTINAIS, provocado por algum alimento (?) que teria ingerido em São Paulo, antes de visitar a cidade. Ele ficou 3 horas em observação e depois liberado. O fato aconteceu a poucos dias do carnaval, não teve muita repercussão mas alguns sites locais noticiaram o ocorrido. [Fontes 1, 2 e 3]

Já em 13 de março, o candidato Jair Bolsonaro, passou mal novamente no Aeroporto no RJ, depois de uma viagem à Rio Branco, sendo internado no Hospital Central do Exército no Rio. Diferente do primeiro incidente, este é fácil de confirmar porque o G1 falou com a assessoria do candidato que confirmou tudo. Esta notícia foi amplamente divulgada. [4]

Agora vem um fato curioso: no dia 24 de março foi publicado um vídeo de Bolsonaro no Youtube, cujo título é “URGENTE! DOENÇA DE BOLSONARO NÃO O IMPEDE DE MOSTRAR A VERDADE” (vejam aqui: https://youtu.be/_HxAwEty414). Opa! Que doença!? Você deve estar pensando “Oxe, qualquer pessoa pode colocar um vídeo dessa na internet, com qualquer título, seu idiota” Sim, é verdade. Mas cliquem no vídeo e percebam que o candidato está com uma sonda nasogástrica. Você sabe quem usa sonda nasogástrica? Quem não tem condições de se alimentar sozinho, por exemplo. Alguém com problemas no trato digestivo. Não é um procedimento feito aleatoriamente. Tem um porquê. Qual? Não sabemos. Lembra que ele foi internado duas vezes por dores no ESTÔMAGO. Então...

Não há nenhum registro público de que Jair Bolsonaro já tinha passado por um procedimento semelhante por volta de março ou abril de 2018. As notícias são datadas apenas da época da famigerada facada, mais de 4 meses após a publicação do vídeo no Youtube.

Outra coisa curiosa é que o então deputado federal cancelou vários eventos a essa época (acompanhem minha linha do tempo, estamos no final de março, começo de abril). [5] A agenda do candidato só recomeça em 27 de abril de 2018. [6] Não há nada sobre o mês de março nem no site oficial do candidato.

Eis então que surge nas redes sociais um vídeo de Jair Bolsonaro em um culto. Você deve ter se deparado com ele nos últimos dias. Um pastor clama por CURA, ou melhor MILAGRE, enquanto dois obreiros repousam as mãos sobre o ESTÔMAGO de Bolsonaro. Sim, este vídeo que está circulando e estão associando a um prenúncio da facada e a um possível livramento provavelmente é um pedido de oração para a cura da doença por parte da esposa do candidato que é evangélica. A ida ao culto ocorreu no dia 2 de maio. [Links 7 e 8]

Avançamos para o primeiro debate na TV, o da rede Bandeirantes. O debate ocorreu em 09 de agosto de 2018, Bolsonaro foi o único sentado durante toda a discussão. Guilherme Boulos Boulos, mais tarde, disse em tom jocoso que o candidato estava visivelmente dopado, sequer conseguia falar direito. [9]

No dia 06 de setembro de 2018, o atentado. A facada que aconteceu justamente no dia em que o candidato que sempre andava de colete a prova de balas, havia esquecido de usar o item de segurança. [10] Lembremos da camisa forjada com sangue [11] e toda a balela criada pelos dois lados. Temos que pensar na inconveniente conveniência deste ataque. Não esqueçamos também da saúde mental do autor do atentado [12], nem da coletiva de imprensa marcada para as vésperas do primeiro turno mas que acabou nunca acontecendo porque um deputado aliado de Bolsonaro solicitou a suspensão da entrevista e o pedido foi prontamente atendido pela justiça [13] [14] Aliás, perceberam que ninguém fala mais disso? Não acho que o episódio tenha sido uma fantasia, mas não podemos descartar a possibilidade de ter sido usado para cobrir um problema de saúde maior do candidato. E já que estamos falando de conspirações, mais uma curiosidade: Dona Aparecida, proprietária da pensão que Adélio, o autor da facada, se hospedou antes de cometer o crime, morreu 1 semana após ter prestado depoimento a PF sobre o caso (2 semanas após o atentado). [15]

Um outro fato que gerou enorme repercussão foi a mudança de hospital. Todos se lembram que uma equipe do Sírio Libanês estava a postos e foi a primeira a chegar em Minas e tinha inclusive uma UTI aérea para levá-lo a SP. Mas houve uma confusão e com a desculpa de que o Sírio era “hospital de esquerda”, ele e os filhos fizeram questão de que o ex-capitão fosse para o hospital Albert Einstein. Muito que bem, no Einstein, a cirurgia foi chefiada pelo Dr. Antônio Luiz de Macedo, ONCOLOGISTA, um dos maiores especialistas do país em câncer de intestino. [16] O médico é quem acompanha o candidato desde então.

Vale lembrar que a alta cúpula das Forças Armadas demonstra forte resistência à candidatura de Jair Bolsonaro à Presidência da República. Mas a postura começou a mudar no começo deste ano sem maiores explicações. [17] E após a indicação do General Mourão como vice, a questão pareceu sanada e os militares embarcaram de vez na chapa.

Por fim, semana passada foi informado que Bolsonaro passará por uma nova cirurgia em janeiro do ano que vem. Ou seja, dias após uma eventual posse, caso ele seja o vencedor das eleições. [18] Qualquer problema que venha acontecer, nós já sabemos: o Vice assume. E o Vice dele todos nós conhecemos.

Isso tudo pode ser mais uma mera teoria da conspiração, mas me pareceu conter peças que se encaixam perfeitamente. E se houver algum vestígio de verdade nessa história é obrigação não apenas do candidato mas também de seu médico de informar o real diagnóstico à nação. Mentir ou omitir um quadro tão grave num momento tão delicado de nossa história seria um crime contra nossa democracia.

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FONTES
1. Jair Bolsonaro passou mal e precisou de atendimento médico em Cascavel (08/02/2018 10h26) - http://umuaramanews.com.br/2018/02/08/jair-bolsonaro-passou-mal-e-precisou-de-atendimento-medico-em-cascavel/

2. Jair Bolsonaro passou mal e precisou de atendimento médico em Cascavel (08/02/2018  10h06) - https://catve.com/noticia/4/207404/jair-bolsonaro-passou-mal-e-precisou-de-atendimento-medico-em-cascavel

3. Bolsonaro passou mal e precisou ser atendido em clínica médica de Cascavel (08/02/2018  10h16) - https://cgn.inf.br/noticia/275243/bolsonaro-passou-mal-e-precisou-ser-atendido-em-clainica-maedica-de-cascavel

4. Jair Bolsonaro passa mal e é atendido em Hospital Central do Exército no Rio (13/04/2018 21h39) - https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/jair-bolsonaro-passa-mal-e-e-atendido-em-hospital-central-do-exercito-no-rio.ghtml

5. Agenda de Bolsonaro deixa de fora eventos com pré-candidatos (06/06/2018 21h39) - https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/06/agenda-de-bolsonaro-deixa-de-fora-eventos-com-pre-candidatos.shtml

6. Jair bolsonaro divulga sua agenda de 27 de abril a 5 de maio (27/04/2018) - https://portalcanaa.com.br/site/eleicoes-2018/jair-bolsonaro-divulga-sua-agenda-de-27-de-abril-a-05-de-maio/

7. Pastor orando e colocando as mãos sobre barriga de Bolsonaro - https://twitter.com/zehdeabreu/status/1051496576357687296

8. Bolsonaro No Maior Evento Evangélico Pentecostal do Brasil Gideões S.C (02/05/2018) - vídeo completo - https://youtu.be/wI0d5ZGU3u0

9. Boulos diz que Bolsonaro estava “dopado” no debate da Band (05/09/2018, 18H59) - https://www.revistaforum.com.br/boulos-diz-que-bolsonaro-estava-dopado-no-debate-da-band/

10. Bolsonaro usa colete à prova de balas e tem seguranças voluntários (26/06/2018 às 07h31) - https://www.gazetaonline.com.br/noticias/politica/eleicoes_2018/2018/06/bolsonaro-usa-colete-a-prova-de-balas-e-tem-segurancas-voluntarios-1014137264.html

11. Campanha de Bolsonaro recria camisa com sangue e deve exibir facada (09/09/2018 04h00) - https://noticias.uol.com.br/politica/eleicoes/2018/noticias/2018/09/09/campanha-de-bolsonaro-recria-camisa-com-sangue-e-deve-exibir-facada.htm

12. Laudo psiquiátrico aponta insanidade mental em agressor de Bolsonaro (01/10/2018 09:55) - https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/politica/2018/10/01/interna_politica,709341/laudo-psiquiatrico-aponta-insanidade-mental-em-agressor-de-bolsonaro.shtml

13. Urgente: TRF-3 suspende entrevistas com Adélio Bispo (27/09/2018 20:49) - https://www.oantagonista.com/brasil/urgente-trf-3-suspende-entrevistas-com-adelio-bispo

14. Deputado vai à Justiça para impedir entrevistas de agressor de Bolsonaro (21/09/2018 às 13:55) - https://paranaportal.uol.com.br/politica/deputado-vai-a-justica-para-impedir-entrevistas-de-agressor-de-bolsonaro/

15. Morre dona da pensão em que Adélio se hospedou (21/09/2018 16:20) - https://www.oantagonista.com/brasil/morre-dona-da-pensao-em-que-adelio-se-hospedou/

16. Dr. Antonio Luiz Macedo (site Albert Einstein visitado em 17/10/2018 às 02:50) - https://www.einstein.br/noticias/entrevistas/dr-antonio-luiz-macedo

17. Cai resistência a Bolsonaro no Exército (17/01/2019 05:00) - https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,cai-resistencia-a-bolsonaro-no-exercito,70002153613

18. Nova cirurgia de Bolsonaro deve ser realizada em janeiro, diz médico (11/10/2018 05:00) - https://politica.estadao.com.br/noticias/eleicoes,nova-cirurgia-de-bolsonaro-deve-ser-realizada-em-janeiro-diz-medico,70002543146

O canalha...

Finalmente a imprensa produziu um artigo de opinião à altura do que Bolsonaro representa. No caso, a imprensa portuguesa -- a brasileira jamais teria coragem.

*UM CANALHA À PORTA DO PLANALTO*
Francisco Assis, para o jornal português Público


1. Carlos Alberto Brilhante Ustra foi um dos maiores, senão mesmo o maior torcionário, no tempo da ditadura militar que vigorou no Brasil entre 1964 e 1985. Em 2008 foi o primeiro oficial condenado por sequestro e tortura. Comprovadamente, maltratou física e psicologicamente centenas de pessoas e chegou ao limite de obrigar crianças a presenciarem o dilacerante espectáculo do espancamento dos respectivos progenitores. Nunca reconheceu os seus crimes nem manifestou o mais leve arrependimento pelos seus actos desumanos. Era um canalha. Morreu em 2015, em Brasília, na cama de um hospital.

Foi precisamente este torcionário miserável que o então deputado federal Jair Bolsonaro homenageou no momento em que votou a favor do impeachment da Presidente Dilma Rousseff. Nessa ocasião, Bolsonaro pronunciou uma declaração que o define integralmente: dedicou o seu voto à “memória do Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o pavor de Dilma Rousseff”. É impossível imaginar, naquele contexto, uma afirmação mais vil, um comportamento mais indigno, uma atitude mais asquerosa. Bolsonaro revelou-se ali o que ele verdadeiramente é: um canalha em estado puro.

O que é um canalha em estado puro? É alguém que contraria qualquer tipo de critério moral e se coloca num plano comportamental pré ou anticivilizacional. *Quem elogia o torturador de uma jovem mulher absolutamente indefesa atribui-se a si próprio um estatuto praticamente sub-humano.* Bolsonaro é dessa estirpe, desse rol de gente que leva à interrogação sobre o que subsiste de humano no homem que literalmente se desumaniza. Theodore Adorno levou essa questão até ao limite do pensável, quando formulou a sua célebre afirmação: “escrever um poema depois de Auschwitz é um acto bárbaro e isso corrói até mesmo o conhecimento de porque se tornou impossível escrever poemas”. E, contudo, a poesia sobreviveu. O Homem resiste ao que de desumanizador ele inscreve na história. Isso não é razão para renunciar à denúncia da barbárie.

A barbárie tem muitos rostos: é estúpida, boçal, intolerante, sectária, fanática, simplista, racista, xenófoba, homofóbica, sexista, classista, irremediavelmente preconceituosa, inevitavelmente primária. Jair Bolsonaro é um dos rostos perfeitos dessa barbárie em versão actual. *Tudo nele aponta para a pequenez: é um ser intelectualmente medíocre, eticamente execrável, politicamente vulgar.* Nele observa-se uma prodigiosa ausência de qualquer tipo de grandeza e uma assustadora presença de tudo quanto invalida um cidadão para o desempenho da mais humilde função pública. Por isso mesmo ele é extraordinariamente perigoso: é a expressão quase exemplar do homem sem qualidades subitamente erigido a um papel de liderança.

Bolsonaro não é Hitler, não é Mussolini, não é sequer Franco. Em bom rigor, se quisermos ater-nos a um debate intelectual de natureza escolástica, ele não é bem a representação do fascismo. Há nele, contudo, na dimensão medíocre que a sua pobre personalidade proporciona, tudo aquilo de que a tradição fascista historicamente se alimentou. O anti-iluminismo, a exaltação sumária da unicidade nacional, a apologia da violência, o culto irracional do chefe. *Bolsonaro é pouco mais do que um analfabeto ideológico com todos os perigos que isso mesmo encerra.* Ele e a sua prole de jovens tontos significam hoje o maior perigo com que se depara o mundo ocidental.


2. Alguns analistas políticos, uns por ignorância, outros por má-fé, tentam convencer-nos que os brasileiros terão de escolher nas eleições presidenciais entre a cólera e a peste. Isso não corresponde minimamente à verdade. *Equiparar Haddad a Bolsonaro constitui um acto moral e politicamente inqualificável.* Quem o faz torna-se cúmplice de Bolsonaro, da sua vertigem proto-fascista, da sua propensão para o culto da violência. É por isso que não pode haver hesitações neste momento da história do Brasil e, de uma certa maneira, da própria história da Humanidade. *Haddad é um intelectual sofisticado, um democrata respeitador dos princípios fundamentais das sociedades abertas e pluralistas, um homem de reconhecida integridade cívica e moral.* O PT cometeu erros nos anos em que governou o Brasil? Cometeu decerto, como todos os demais partidos que desempenharam funções governativas durante muito tempo em qualquer parte do mundo. Há, porém, uma coisa que é preciso afirmar enfaticamente nesta hora especialmente dramática: nem Lula, nem Dilma Rousseff alguma vez puseram em causa o Estado de Direito brasileiro. Ambos pugnaram por um Brasil mais justo e contribuíram fortemente para o alargamento das condições de afirmação da liberdade individual de milhões de brasileiros a quem o destino aparentava não conceder outra vida que não fosse a miséria, o sofrimento e absoluta exclusão social. Fizeram-no sempre no respeito pelas regras da democracia liberal, enfrentando a hostilidade de uma comunicação social globalmente desfavorável e os ferozes ataques dos grandes oligopólios económicos. Muitas vezes é difícil percebermos o que isso significa a partir de uma perspectiva europeia. Mas quem viajou dezenas de vezes para a América Latina, como eu fiz nos últimos anos, sabe bem o que isso traduz naquele sacrificado continente. Ali, ser pobre corresponde a ser muito mais pobre do que no nosso velho continente europeu; ali, ser mulher, ser homossexual, ser indígena, ser desempregado, ser mãe solteira, comporta uma carga sem correspondência com o que se passa no mundo que nós próprios habitamos.

*Uma vitória de Bolsonaro significaria um retrocesso civilizacional para o Brasil e para o mundo.* Não estamos, por isso, a falar de um confronto político e ideológico normal. Estamos perante um verdadeiro confronto entre a civilização, por mais ténue que esta seja, e a barbárie. *Haddad é hoje mais do que Haddad, é mais do que o PT, é mesmo mais do que o Brasil. Haddad é o símbolo da luta da razão crítica contra o obscurantismo, da liberdade face ao despotismo, da aspiração igualitária diante do culto das hierarquias de base biológica ou social.* É por isso que este combate nos interpela a todos. Estamos perante um momento de divisão clara entre o que no Homem há de apelo à razão, ao culto da liberdade, ao sentido da fraternidade, e o que no mesmo Homem há de impulso básico para o autoritarismo, a servidão e a anulação da inteligência crítica. Há horas na história em que tudo se reconduz a uma dicotomia simples que é ela própria o oposto de uma redução ao simplismo. Sejamos claros, no Brasil, hoje, a opção é evidente: *Haddad significa a civilização, Bolsonaro representa a barbárie.*

3. Fernando Henrique Cardoso tem a absoluta obrigação de se pronunciar num momento decisivo da vida do seu país. Este é o momento em que verdadeiramente se ajuizará do seu papel histórico. Até aqui prevaleceu a figura do intelectual brilhante, do ministro das finanças eficaz, do Presidente da República naturalmente polémico, mas reconhecidamente superior. O seu passado responsabiliza-o especialmente nas presentes circunstâncias históricas. Fernando Henrique Cardoso tem a obrigação moral de apoiar Haddad. Se o não fizer apoucar-se-á perante os seus contemporâneos e sobretudo diante dos futuros historiadores do Brasil.

https://www.publico.pt/2018/10/11/mundo/opiniao/um-canalha-a-porta-do-planalto-1847097

Solidariedade a quem merece...

SOLIDARIEDADE AOS ELEITORES DE BOLSONARO - Por Hermes C. Fernandes

Quero me solidarizar com os eleitores de Bolsonaro. Refiro-me exclusivamente aos que professam sua fé em Jesus Cristo. Deve ser duro e constrangedor para vocês ter que defender um candidato que diz tantas coisas contrárias ao espírito do evangelho. Imagino a crise de consciência que muitos de vocês enfrentam. Eu digo “muitos” em vez de “todos”, porque sei que nem todos se alinham de fato aos ensinos de Cristo. Alguns se sentem absurdamente à vontade, não apenas para confiar-lhe o voto, mas também para defendê-lo em redes sociais. Alguns se dispõem até a perder amigos e familiares por amor a Bolsonaro. Isso mesmo. Talvez jamais tenham feito isso por amor a Jesus. Mas por alguma razão, Bolsonaro parece reunir todas as qualidades que o fazem merecer sua irrestrita lealdade.

Creiam: eu já vi este filme antes. Meu rosto cora de vergonha ao confessar que meu voto ajudar a eleger Fernando Collor de Mello, o "caçador de marajás", que dizia em sua propaganda eleitoral que nossa bandeira jamais será vermelha. Por isso me solidarizo com cada um de vocês.

Não se sintam constrangidos. Vocês não estão sós. Ao longo da história, muitos cristãos adotaram postura semelhante, protagonizando ou apoiando discursos e atitudes antagônicas à fé que diziam professar. Vejam, por exemplo, as cruzadas, quando o mundo cristão se levantou contra o mundo muçulmano para retomar o controle de Jerusalém. À época, o Papa conseguiu convencer bons cristãos de que aquilo era o justo a se fazer, mesmo que muito sangue fosse derramado. Muitos pais liberaram seus filhos para lutarem ao lado dos Cruzados. Mais tarde veio a Santa Inquisição que mandou milhares de “hereges” e supostas “bruxas” para a fogueira. Até um reformador protestante aderiu ao espírito da época. Calma. Não precisa soar frio ainda. Como você mesmo pode ver, nosso telhado é de vidro.

Talvez o capítulo mais triste de todos tenha sido o do NAZISMO. Caso não saiba, foi a igreja evangélica alemã que elegeu Hitler. Ele prometia varrer a corrupção daquele país e combater o comunismo, zelando pelos valores cristãos da família tradicional. Sabe qual era o slogan de sua campanha? Adivinha! “Deutschland über alles”, que é traduzido em português como “Alemanha acima de tudo”. Isso te faz lembrar algo? Resultado: seis milhões de judeus, negros, homossexuais, ciganos e cristãos insurgentes mortos nos campos de concentração ou fuzilados no paredão. 

Mais recentemente, foram os evangélicos que elegeram Donald Trump presidente dos Estados Unidos. Alguém poderá alegar que ele está fazendo um bom governo, que o índice de desemprego caiu. Daí, eu lhe pergunto: Você concorda com a política de Trump para os imigrantes? Não acha desumano que os filhos pequenos sejam separados dos pais e vivam enjaulados feito animais até o dia de sua deportação?

Você não está sozinho. Você apenas engrossa a voz da maioria. A onda “Bolsonaro” te pegou. Logo, se um dia isso lhe for cobrado em juízo, você poderá alegar não ter culpa alguma. Só tem um pequeno probleminha: ao ler este texto, você deixou de ser inocente. Antes não houvesse lido, não é mesmo? Recomendo até que pare por aqui, se não a coisa vai complicar para você.

O mandamento diz: "Não acompanhe a maioria para fazer o mal” (Êxodo 23:2). Portanto, sinto muito em lhe informar, mas esta desculpa não cola mais. O apóstolo Paulo é claro ao nos advertir a não sermos cúmplices das obras infrutuosas das trevas (Efésios 5:11).

Ao votar em um candidato que se opõe às minorias, aos direitos trabalhistas, aos direitos humanos, e ainda faz apologia à tortura e a ditadura, você está se juntando às hordas de cristãos professos que negaram a eficácia do evangelho. Assim como hoje julgamos as gerações de cristãos que apoiaram massacres, perseguições, cruzadas e inquisições, gerações futuras nos julgarão acerca do posicionamento que adotarmos agora. Não está em jogo apenas o resultado de uma eleição, nem os Fake News que têm sido espalhados por lideranças cristãs que só querem estar próximas do poder. O que está em jogo é o futuro do país. Depois não digam que não foram avisados.

Que bom que a história do Cristianismo não se resume a esses capítulos tenebrosos que citei acima. Houve cristãos que lutaram contra o regime escravocrata. Outros, como Martin Luther King, emprestaram a voz na defesa dos direitos civis dos negros norte-americanos. Ele foi chamado de “comunista”, baderneiro, promíscuo, e acusado de participar de orgias. Acabou brutalmente assassinado com foi recentemente Marielle, defensora dos direitos humanos. Infelizmente, este tem sido o destino de muitos dos que se insurgem contra a hipocrisia imperante, desmascarando o discurso de ódio e preconceito travestido de religiosidade. Hoje, a maioria dos cristãos enche a boca para falar de Luther King. Ele se tornou motivo de orgulho para a comunidade cristã. Outro que não se dobrou foi Bonhoeffer, o pastor que peitou Hitler quando seus colegas só faziam elogia-lo. Acabou fuzilado por um pelotão nazista.

Daqui a vinte anos, que versão da história você contará aos seus filhos? De que lado você se posicionou? Pense nisso antes de sair por aí defendendo o indefensável. Ainda há tempo de repensar. Não é vergonhoso mudar de opinião. Vergonho é teimar com uma coisa mesmo conhecendo a verdade acerca dela.

Só uma pergunta básica: este texto lhe despertou ódio ou compaixão? Pense bem que tipo de sentimento este candidato tem despertado em você. De nada vale uma esperança recheada de ódio e intolerância.

Fiquem bem e ajudem a divulgar!

Candidato do PSL é fraude eleitoral

Car@s Amig@s,

"Levando em conta o Art. 222 do Código Eleitoral - Lei 4737/65, que é muito especifico quando diz “Art. 222. É também anulável a votação, quando viciada de falsidade, fraudes, coação, usa de meios de que trata o Art. 237, ou emprego de processo de propaganda ou captação de sufrágios vedado por lei." pede-se assim o cancelamento da candidatura de presidenciável, Jair Messias Bolsonaro por vincular noticias falsas em sua campanha, uma dessas apresentadas pelo próprio candidato ao vivo em rede nacional o chamado "kit gay", esta noticia falsa é considerada o carro chefe da campanha do presidenciável por gerar medo e preocupação em relação a educação de seus filhos na escola, esse temor principalmente difundido entre religiosos criou uma corrente de apoio ao candidato, garantindo-lhe vantagem em relação aos demais candidatos. Um livro que mostra partes íntimas de homens e mulheres com o titulo de "Aparelho Sexual e Cia." este na verdade a muitos anos não tinha impressão no Brasil, o MEC se pronunciou informando que não produziu e nem adquiriu ou distribuiu o livro “Aparelho Sexual e Cia”.
Sendo assim pedimos que a lei seja cumprida e haja uma investigação para que se apurem os fatos, que já se tornaram corriqueiros, espalha-se mensagens de ódio, criando assim um clima de intolerância e violência em nosso país. "

Acabei de ler e assinar o abaixo-assinado: «CANCELAMENTO DA CANDIDATURA DE JAIR BOLSONARO» no endereço  https://www.peticaopublica.com.br/pview.aspx?pi=BR108360

Concordo com este abaixo-assinado e cumpro com o dever de o fazer chegar ao maior número de pessoas.

Caso você concorde, agradeço que assine o abaixo-assinado e que ajudem na sua divulgação através de um email para os seus contatos.

Obrigada.

Kit gay é fake

TSE diz que “Kit Gay” nunca existiu e proíbe Bolsonaro de disseminar Fake News



O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Carlos Horbach, deferiu no final da noite de ontem (15) liminar proposta pela defesa da coligação “O Povo Feliz de Novo”, do candidato Fernando Haddad, proibindo a chapa de Jair Bolsonaro de divulgar nas redes sociais publicações sobre o que ficou conhecido como kit gay.  A representação eleitoral contra Jair, Flávio e Carlos Bolsonaro pedia a retirada de vídeo que afirmava que o livro "Aparelho Sexual e Cia" teria sido distribuído em escolas públicas pelo Ministério da Educação quando Haddad era o ministro da pasta.

Diz a decisão: Nesse quadro, entendem comprovada a difusão de fato sabidamente inverídico, pelo candidato representado e por seus apoiadores, em diversas postagens efetuadas em redes sociais, requerendo liminarmente a remoção de conteúdo. Assim, a difusão da informação equivocada de que o livro em questão teria sido distribuído pelo MEC... gera desinformação no período eleitoral, com prejuízo ao debate político.

O vídeo teve o alcance de cerca de 500 mil visualizações. E em entrevista ao principal telejornal do país no dia 28 de agosto, Jair Bolsonaro apresentou o livro e afirmou que este fazia parte das obras distribuídas pelo MEC na gestão de Haddad. Deputado Federal pelo Rio de Janeiro, o candidato à Presidência pode ter quebrado o decoro parlamentar por mentir em rede nacional em pleno horário considerado nobre.

Na decisão do ministro Horbach há a determinação de que o Facebbok e o Google apresentem em 48 horas a identificação do número de IP da conexão utilizada no cadastro inicial dos perfis responsáveis pelas postagens, os dados cadastrais dos responsáveis e os registros de acesso.

O escritório Aragão e Ferraro Advogados que representa a coligação “O Povo Feliz de Novo” comemora a decisão, mas faz um alerta a influência das chamadas Fake News no processo eleitoral brasileiro. “Para além dos prejuízos nesta eleição, temos claramente acompanhado a escalada de notícias falsas com uma disseminação que só pode ser explicada através de um trabalho de inteligência articulado e financiado com robustos recursos. Este é um instrumento perigoso para a consolidação de notícias que podem comprometer a própria segurança nacional do Brasil”, afirma o advogado Angelo Ferraro.

Até agora a defesa da coligação “O Povo Feliz de Novo” já conseguiu a derrubada de cerca de 100 urls originais e mais de 146 mil compartilhamentos  com alcance de aproximadamente 20 milhões de visualizações.


Assessoria de Comunicação Escritório Aragão e Ferraro Advogados

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Antepetismo é perigoso e contagioso

Recomendo que leiam a opinião do jornalista Milton Saldanha. Cole em sua página, caso entenda que outros dele devem tomar conhecimento.
"Anti-petismo é infantilidade política. Ou esperteza.
Para começar, tenho em meu arquivo uma coleção de artigos que escrevi criticando o PT e Lula. E não acredito na inocência deste último, que conheço desde os tempos do sindicalismo no ABC, quando lá exerci durante sete anos o jornalismo.
Logo, não me venham com histerismos e adjetivos, nem da direita nem da esquerda, não tenho mais tempo e paciência para isso. Acompanho a política brasileira desde garoto, começando em 1954, sob o impacto do suicídio de Vargas. Leio e estudo muito desde então, com a humildade de reconhecer minhas carências culturais. Não será um garoto mal formado numa faculdade que vende diplomas que me dará aulas de política. Para isso busco os livros que valem a pena.
Apostar no fascismo bolsonarista, que se apresenta com as mais primitivas propostas, tipo armar a população, é no mínimo uma regressão mental. Mais ainda quando baseada num anti-petismo sem reflexão.
Ora, o PT roubou e deixou roubar, isso foi parte do acordo com a direita, e que caracterizou o período Lula. Bolsonaro estava lá: foi durante 12 anos de um partido que integrava a base aliada do governo. Esqueceram ou não sabiam?
Quando, em que dia e hora, o “honesto” apontou alguma irregularidade? Ou contra Cabral, do PMDB, que saqueava o Rio de Janeiro?
Ele não estava preocupado com isso. Cuidava de ajeitar os filhos na política, educando-os para a truculência, e tratando dos negócios da família no Vale do Ribeira, onde hoje tem mais de 40 empresas, como apontou a revista Época, do grupo Globo, que ninguém ousará chamar de comunista. Como alguém consegue isso só somando proventos de capitão da reserva com ganhos parlamentares? A conta não fecha.
Antes da fundação do PT, em 1980, tanto a elite da direita, como os chamados governos populares, há um século já roubavam descaradamente os cofres públicos. Mas sempre empunhando o discurso moralista em vésperas de eleições. Nada disso é novidade. Jânio e Collor usaram a tática com êxito. Nenhum terminou o mandato.
Portanto, nada disso nasceu com o PT, começa com Cabral, quando aqui aportou subornando os índios com espelhinhos.
Em 1963, há 55 anos, o presidente João Goulart colocou o íntegro general Osvino Ferreira Alves na presidência da Petrobrás com a missão de coibir a corrupção. O problema não começou ontem, com FHC ou Lula, e nunca foi a estatal e sua função estratégica, e sim a má gestão.
E quem acha que na ditadura não se roubava merece um pirulito e um chocalho de presente, além do troféu ingenuidade.
Apontem um único partido, na História desta República, que não tenha se lambuzado em todo tipo de falcatrua, a começar pelo emprego de parentes como funcionários fantasmas.
Aécio Neves tinha 18 anos, passava as tardes jogando vôlei em Ipanema, no Rio, mas já estava na folha de pagamento do Congresso, como assessor parlamentar do avô. Certamente com sua mesa de trabalho nas areias da praia. É o mesmo Aécio que deixou viúvas traídas, hoje bolsonaristas. Mas que nada aprenderam.
Não santifico nem esconjuro o PT. Não foi o único a errar. Mas desconhecer o que fez de bom no plano social seria leviandade.
Como é falta de caráter dos empresários que ganharam muito dinheiro com renúncias fiscais nos governos Lula e Dilma e hoje criticam com a maior cara de pau. Por que não criticavam quando estavam se dando bem?
Quero, com tudo isso, apenas dizer que o PT sempre foi um partido como outro qualquer. Não é o demônio encarnado, e que uma vez debelado transforma o Brasil num paraíso só de vestais.
É o que temos na política brasileira, infelizmente. Em nada diferente do PMDB, PSDB, PP (onde estava Bolsonaro, dividindo o banco com Cunha e Maluf). A propósito, este mesmo PP campeão de inquéritos na Lava Jato. Bolsonaro só não entrou na lista, como ele mesmo disse na Globo News, porque era do baixo clero, ao qual ninguém dava a mínima atenção, nem mesmo para subornar.
Jogar o Brasil no fascismo imprevisível, com um vice que desconhece a Constituição e quer extirpar até o décimo terceiro salário, do pouco que resta ao trabalhador, é uma irresponsabilidade.
Por mais que tenha defeitos, o PT jamais levantaria um questionamento tão cretino. Por mais que tenha defeitos, o PT jamais faria apologia da tortura, e isso não é irrelevante: um presidente exerce um grande poder policial-militar delegado pela Constituição, como chefe supremo das Forças Armadas.
Não há anti-petismo que justifique isso.
É infantilidade política, para uns. Manipulação, para outros. Ou esperteza oportunista".
Milton Saldanha, jornalista
* Milton Saldanha, 73 anos, nasceu em São Luiz Gonzaga (RS), em 29 de julho de 1945. Filho de um oficial do Exército, morou e estudou em diferentes cidades do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro. Vive em São Paulo (SP) desde 1969.

Antipetismo contagioso

Dê a si o "trabalho" de lê o post de Pablo Fiorentino que abaixo compartilho com o propósito de auxiliar na escolha presidencial:
A justificativa que mais ouço entre amigos que pensam diferente de mim nesta questão dos dois é de que o PT acabou com o Brasil. Que foram 13 anos de destruição. Será que eles realmente destruíram o Brasil?
Gastei toda a minha manhã de hoje em extensa pesquisa de dados oficiais dos principais indicadores sócio-econômicos do Brasil antes e depois dos 13 anos de PT. Vamos a eles:
SALÁRIO MÍNIMO:
Em 2003: R$240,00
Em 2016: R$880,00
Um aumento de 266% no período enquanto a inflação acumulada foi de 123%. Fazendo a correção, o salário de 2003 equivale a R$535,39 em 2016. Ou seja, um aumento real de 2003 pra 2016 de incríveis 64%.
Fontes: Min. Fazenda, IBGE e FGV.
IDH - ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO
Em 2003: 0,695
Em 2016: 0,755
Fonte: PNUD - ONU
DISTRIBUIÇÃO DE RENDA (GINI)
Em 2003: 0,586
Em 2016: 0,491
O índice GINI mede o grau de desigualdade de um país. Quanto mais próximo de 1, mais desigual é.
Fonte: IBGE
EXTREMA POBREZA
Em 2003: 10,5% (Banco Mundial) 17,5% (IBGE)
Em 2016: 4,2% (Banco Mundial) 9,2% (IBGE)
O Banco Mundial e o IBGE usam rendas diferentes para critério de extrema pobreza. Em ambos percebemos uma queda acentuada (60% e 47,4% respectivamente) no percentual da população que vive em extrema pobreza.
Fontes: Banco Mundial e IBGE
TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL
(a cada mil nascidos)
Em 2013: 21,5
Em 2016: 14
Uma queda de 34,8% no período. Vale ressaltar que em 2016 tivemos uma epidemia de Zika no país q elevou a taxa de mortalidade infantil, o que torna essa queda mais expressiva.
Fonte: IBGE
TAXA DE ANALFABETISMO
Em 2001: 12,4%
Em 2016: 7,2%
Uma queda de 42% no período.
Fonte: INEP - MEC
ENSINO FUNDAMENTAL
(jovens de 16 anos com ensino fundamental concluído)
Em 2003: 57%
Em 2014*: 74%
Um crescimento de 29,8%.
*O estudo do PNE com base no PNAD que serviu de fonte para estes dados era de 2014, portanto não trazia dados de 2016.
Fonte: Observatório do PNE
PIB
Em 2002: 1,48 trilhões
Em 2016: 6,26 trilhões
Corrigido pelo IGP-M, o PIB de 2002 equivale a 3,53 trilhões em 2016. Ou seja, tivemos um aumento de 323% que, considerando as correções, representa um aumento real de quase 80% no nosso produto interno bruto.
Fonte: IBGE e FGV
RESERVAS INTERNACIONAIS
Em 2003: U$ 37,6 bilhões
Em 2016: U$ 370 bilhões
Um aumento de 884%. Quase 10 vezes maior de quando pegou pra quando entregou o governo.
Fonte: Banco Central
ENSINO SUPERIOR
Em 2002: 466,2 mil alunos concluiram
Em 2014: 837,3 mil alunos concluíram
De 1995 a 2002: 2,4 milhões concluíram
De 2003 a 2014: 9,2 milhões concluíram
O aumento de pessoas com nível superior reflete o sucesso de políticas públicas como o ProUni e também é consequência da melhora da renda da população em geral que passou a ter condição de pagar pelos estudos.
Fonte: MEC
DESEMPREGO
Em 2003: 13%
Em 2014: 4,3% (Fim do 1o mandato da Dilma)
Em 2016: 11,3%
Hoje: 12,3%
A redução da taxa de desemprego do início do governo PT até o início da crise, quando a Dilma ganhou a reeleição, havia sido de 67%. Com a crise que vivemos até hoje este indice subiu bastante, mas mesmo assim se encontra abaixo de 2003 quando o PT entrou. Ou seja, apesar da nossa percepção de que nunca esteve tão ruim, de desesperança e de caos, de fundo do poço, ainda assim está melhor que antes do PT entrar.
Fonte: IBGE - PNAD
Diante dos dados acima, continuar repetindo que o PT destruiu o Brasil é algo que não cabe. É negar os fatos, a realidade.O Brasil que o PT deixou é melhor do que o que pegou em todos os índices.
Todo o mal que fizeram não invalida os avanços alcançados.
Espero ajudá-l@ na escolha para o 2 turno com estes dados. Prefiro daqui a 4 anos ter estes dados a ter tudo isso destruído e termos que recomeçar do zero. ""

CUIDADO!!

Êêiii !!

CUIDADO!!

Mas muito CUIDADO mesmo!!

Seu voto não é só a favor de... Seu voto também é contra a...!!!

Na hora de votar, seu voto não será só a favor do seu candidato e do partido dele, seu voto será também contra o outro, os outros, o país e conta você mesmo!!

Habitual e tradicionalmente, no Brasil, o eleitor vota contra si, contra o outro, os outros e contra o próprio país votando favorável ao seu candidato. E, por que isso? Uns, porque não sabe votar, vota emocionalmente e os outros, porque vende por qualquer preço, por qualquer coisa, o seu voto. Somente uns poucos votam conscientemente. Racionalmente. Esses não fazem a diferença em uma eleição.

Infelizmente!!

Pense nisso...!!! Reflita sobre...!
E tome muito cuidado...!
Tome uma nova atitude...!
Se achares/for necessário...!

Professor* Negreiros
Um Livre Pensador Subversivo... !

*Professor é quem professa, profetiza... !