Nacionalismo e Marxismo são incompatíveis?
“Os que não compreendem como uma nação oprime outra são os mesmos incapazes de compreender como funciona a opressão e a exploração de classe. O divórcio entre marxismo e nacionalismo é uma falácia. O nacionalismo revolucionário de esquerda, tão necessário em um país periférico dependente, não se assemelha em nada com o nacionalismo de direita. Debate urgente a ser feito pela esquerda, como mostra Nildo Ouriques nesta fala.”
Por Professor Negreiros // 25 de março de 1014
Sábado, dia 23/03/2024, leio uns pontos-de-vista sobre Nacionalismo... no grupo RESISTÊNCIA. Para reafirmar uns conceitos que os tenho sobre, voltei a fazer umas consultas/pesquisas... Eis o resultado:
Primeiramente, Nacionalismo e Marxismo são incompatíveis?
NACIONALISMO E MARXISMO SÃO INCOMPATÍVEIS, essa, a afirmativa que se tem entre grupos políticos no Brasil por pura ignorância e/ou obscurantismo.
A questão da compatibilidade entre nacionalismo e marxismo é complexa e tem sido objeto de debate entre teóricos e políticos ao longo da história. Aqui apresento a abordagem de alguns pontos-chaves:
1. Definições:
É importante começar conceituando os termos. O nacionalismo pode ser entendido como a ideologia que enfatiza a importância da identidade nacional, cultura e soberania política. Por outro lado, o marxismo é uma teoria socioeconômica que busca a emancipação dos trabalhadores por meio da luta de classes e da abolição do sistema capitalista.
2. História:
Historicamente, alguns movimentos nacionalistas têm sido associados a idéias de exclusão, supremacia étnica ou racial, e até mesmo imperialismo. Por outro lado, o marxismo, com sua ênfase na solidariedade de classe e na crítica ao chauvinismo e à exploração capitalista, muitas vezes se opôs a formas de nacionalismo que considera divisivas ou opressivas.
3. Internacionalismo:
Uma das características fundamentais do marxismo é o internacionalismo proletário, que defende a solidariedade entre trabalhadores de diferentes países contra o capitalismo. Nesse sentido, o nacionalismo pode ser visto como contrário aos princípios marxistas, pois enfatiza as fronteiras nacionais e as diferenças entre os povos.
4. Contexto específico:
No entanto, é importante notar que o contexto histórico e político específico pode influenciar a relação entre nacionalismo e marxismo. Em certas situações, movimentos nacionalistas têm se aliado a agendas de esquerda ou anticoloniais, enquanto em outros casos, o nacionalismo tem sido usado para promover agendas reacionárias e conservadoras.
5. Abordagens teóricas:
Alguns teóricos marxistas argumentam que é possível conciliar o nacionalismo com uma visão de esquerda, desde que seja um nacionalismo progressista, voltado para a libertação nacional e a justiça social, e não para a exclusão ou opressão de outros povos.
Por fim, enquanto há aspectos do nacionalismo que podem entrar em conflito com os princípios fundamentais do marxismo, a relação entre essas duas ideologias é complexa e possui muitas facetas, e pode variar dependendo do contexto histórico e das interpretações teóricas.
HÁ, E ONDE, UM NACIONALISMO MARXISTA?
Sim, há exemplos na história de movimentos que combinaram elementos do nacionalismo com ideias ou princípios marxistas. Aqui estão alguns exemplos:
1. Movimentos de Libertação Nacional:
Em várias partes do mundo, especialmente durante os períodos de descolonização e luta contra o imperialismo, surgiram movimentos de libertação nacional que adotaram tanto elementos nacionalistas quanto marxistas. Um exemplo notável é o Movimento de Libertação Nacional do Vietnã, liderado pelo Viet Minh e mais tarde pelo Viet Cong, que combinava a luta pela independência nacional com uma visão socialista da sociedade.
2. Cuba:
A Revolução Cubana liderada por Fidel Castro e Che Guevara em 1959 foi um exemplo de um movimento nacionalista que se tornou socialista após a vitória. Embora inicialmente tenha sido uma luta contra a ditadura de Fulgencio Batista e pela autodeterminação nacional, a revolução rapidamente se transformou em um processo de transformação socialista, com a implementação de reformas agrárias, nacionalização de empresas e programas de assistência social.
3. China:
O Partido Comunista Chinês (PCCh), liderado por Mao Zedong, também incorporou elementos do nacionalismo em sua luta revolucionária. Durante a Guerra Civil Chinesa e a resistência contra a ocupação japonesa, o PCCh enfatizou a unidade nacional e a independência da China, ao mesmo tempo em que buscava a transformação socialista da sociedade.
4. Coreia do Norte:
Embora seja uma questão de debate e controvérsia, alguns analistas consideram o regime da Coreia do Norte como um exemplo de nacionalismo marxista, especialmente durante a liderança de Kim Il-sung. O regime norte-coreano adotou uma ideologia conhecida como Juche, que combina elementos de nacionalismo, socialismo e autossuficiência econômica.
Esses são alguns exemplos, e é importante observar que a relação entre nacionalismo e marxismo varia significativamente em diferentes contextos históricos e políticos. A interpretação e implementação dessas ideologias são objeto de debate e contestação entre diferentes grupos e estudiosos.
Tipos de NACIONALISMOS...
Por Professor Negreiros
25 de março de 1014
Como contribuição aos pontos-de-vista opinativos que li no grupo RESISTÊNCIA sobre NACIONALISMO... Apresento o Étymo/Real/Verdadeiro a partir da etimologia do termo NACIONALISMO, suas várias interpretações, relações, usos e onde estão.
Antes de questionar e se opor ao tipo de NACIONALISMO relacionados aos seus complementos aqui grafados, assimile e compreenda bem o seu ÉTYMO/REAL/VERDADEIRO significado. E de Identidade Nacional de uma Nação/Povo.
Sem se deixar afetar pela emoção e preconceitos; e concentrado na racionalidade, observe o Étymo/verdadeiro da Etimologia do termo "NACIONALISMO":
O termo "NACIONALISMO" tem suas raízes no latim "NATIO", que significa "POVO" ou "NAÇÃO", e no sufixo "-ISMO", que indica uma DOUTRINA, IDEOLOGIA ou MOVIMENTO. Assim, "NACIONALISMO" refere-se à IDEIA ou à DOUTRINA que VALORIZA A IDENTIDADE NACIONAL, PROMOVENDO SENTIMENTOS DE PERTENCIMENTO, LEALDADE E UNIDADE ENTRE OS MEMBROS DE UMA NAÇÃO.
A seguir, vos apresento as
Relações entre os diversos tipos de nacionalismo:
Os diferentes tipos de nacionalismo podem se sobrepor ou se contradizer dependendo do contexto histórico, político e social. Por exemplo, o nacionalismo revolucionário pode entrar em conflito com o nacionalismo burguês, especialmente em situações onde os interesses da classe trabalhadora entram em choque com os interesses da classe dominante. Da mesma forma, o nacionalismo colonialista pode ser oposto ao nacionalismo de povos colonizados que buscam sua independência e autodeterminação.
Além disso, é importante notar que o nacionalismo pode ser uma força tanto positiva quanto negativa, dependendo de como é utilizado e dos objetivos que busca alcançar. Enquanto pode promover a coesão social e a defesa dos direitos de uma nação, também pode levar à exclusão, discriminação e conflitos étnicos ou territoriais.
As muitas Interpretações e Usos do Nacionalismo... Aqui vou vos fornecer com exemplos de onde esses diferentes tipos podem ser observados:
1. Nacionalismo Étnico:
Tipo de nacionalismo que se baseia na ideia de que a nação é definida por características étnicas compartilhadas, como língua, cultura, religião ou ancestralidade comum. Ele enfatiza a homogeneidade étnica como a base da identidade nacional e pode levar à exclusão de grupos étnicos minoritários. Ocorre em muitas partes do mundo, mas tem sido especialmente proeminente em países europeus, como Alemanha, Hungria e Sérvia, onde questões étnicas desempenharam um papel significativo na formação da identidade nacional.
2. Nacionalismo Cultural:
Tipo de nacionalismo que destaca a importância da cultura compartilhada na definição da identidade nacional. Pode incluir a promoção da língua nacional, das tradições culturais e do patrimônio histórico como elementos centrais da identidade nacional. Pode ser encontrado em todo o mundo, mas é particularmente evidente em países com uma história de preservação cultural, como Japão, França e Índia, onde a língua, as tradições e o patrimônio cultural são valorizados como parte integrante da identidade nacional.
3. Nacionalismo Imperialista:
É uma ideologia que promove a expansão territorial e a dominação de um país sobre outros como uma expressão do orgulho nacional e da superioridade cultural, étnica ou política. Ele envolve a crença na supremacia de uma nação sobre outras e na justificação da expansão imperialista como uma forma de fortalecer a nação, garantir seus interesses econômicos e políticos, e afirmar sua influência global.
O nacionalismo imperialista pode ser encontrado em várias partes do mundo e em diferentes períodos históricos. Alguns exemplos incluem:
3.1. Europa Ocidental:
Durante os séculos XIX e XX, as potências europeias, como Reino Unido, França, Alemanha e Itália, promoveram o nacionalismo-imperialista como parte de sua busca por territórios ultramarinos e recursos naturais em todo o mundo. Essa expansão imperialista foi justificada com base em ideias de superioridade racial, civilizacional e cultural.
3.2. Japão:
No início do século XX, o Japão adotou uma política imperialista agressiva, expandindo seu domínio sobre vastas áreas da Ásia e do Pacífico. Esse nacionalismo-imperialista foi impulsionado pela crença na superioridade japonesa e na necessidade de garantir recursos naturais e mercados para o crescimento econômico do país.
3.3. União Soviética:
Sob o regime comunista da União Soviética, o nacionalismo-imperialista foi expresso através da expansão do domínio soviético sobre países do Leste Europeu e Ásia Central. Essa expansão foi justificada em termos de solidariedade entre os povos socialistas e a necessidade de proteger o socialismo contra ameaças externas.
3.4. Estados Unidos:
Durante o final do século XIX e início do século XX, os Estados Unidos também adotaram uma política imperialista, buscando expandir sua influência sobre territórios como o Havaí, Porto Rico, Filipinas e partes da América Central e Caribe. Essa expansão foi justificada em termos de destino manifesto e alegações de superioridade cultural e política. Hoje tenta se impor ao mundo, de modo unipolar, como nacionalismo global.
3.5. China:
Atualmente, a China é frequentemente citada como um exemplo de nacionalismo imperialista devido à sua política de reivindicação de territórios disputados no Mar da China Meridional e no Mar da China Oriental, bem como à sua expansão econômica e influência global, que é vista por alguns como uma forma de imperialismo econômico.
Esses são apenas alguns exemplos, e é importante reconhecer que o nacionalismo imperialista pode se manifestar de maneiras diferentes em diferentes contextos históricos e políticos. No entanto, em geral, ele envolve a promoção da expansão territorial e do domínio nacional como expressões do poder e da superioridade de uma nação sobre outras.
4. Nacionalismo Anti-Imperialista:
Tipo de nacionalismo que surge em contextos onde uma nação busca se libertar do domínio estrangeiro ou resistir à influência cultural, política ou econômica de potências estrangeiras. Pode estar ligado a movimentos de independência, descolonização ou resistência a intervenções externas. Surgiu em países colonizados ou dominados por potências estrangeiras, como Índia, Argélia e Vietnã, onde os movimentos de independência e descolonização buscaram resistir ao domínio estrangeiro e restaurar a soberania nacional.
5. Nacionalismo Expansionista:
Nacionalismo que busca expandir os limites territoriais de uma nação em busca de recursos, influência ou prestígio. Pode envolver a justificação de conquistas territoriais através da força militar ou da expansão política e econômica. Ocorreu em muitos impérios e grandes potências ao longo da história, incluindo o Império Romano, Império Britânico, Império Russo e Alemanha Nazista, onde a expansão territorial era vista como uma forma de fortalecer a nação e garantir seus interesses.
6. Nacionalismo Capitalista:
Esse está associado aos interesses e valores exclusivos do sistema capitalista, promovendo a liberdade econômica, a competição de mercado e a busca pelo lucro dentro de uma nação. O nacionalismo capitalista está associado aos interesses e valores do sistema capitalista, promovendo a liberdade econômica, a competição de mercado e a busca pelo lucro dentro de uma nação. Pode ser observado em países onde o capitalismo é o sistema econômico dominante, como nos Estados Unidos, Reino Unido e muitas nações europeias.
7. Nacionalismo Burguês:
Refere-se aos interesses e valores da classe burguesa dentro de uma nação, muitas vezes associados ao liberalismo econômico e à defesa da propriedade privada. O nacionalismo burguês está ligado aos interesses e valores da classe burguesa, geralmente associados ao capitalismo e à defesa da propriedade privada. Pode ser observado em países onde o capitalismo é dominante e a classe empresarial exerce influência significativa sobre as políticas governamentais, como nos Estados Unidos, Reino Unido e Japão.
8. Nacionalismo Colonialista:
Está ligado à expansão e dominação de uma nação sobre territórios estrangeiros, promovendo a ideia de superioridade cultural e política da nação colonizadora sobre os povos colonizados. O nacionalismo colonialista surgiu durante o período colonial, quando as potências europeias buscavam expandir seus impérios e controlar territórios estrangeiros. Exemplos incluem o nacionalismo colonialista britânico na Índia ou o nacionalismo colonialista francês na África.
9. Nacionalismo Escravista:
Era comum em sociedades onde a escravidão era praticada, promovendo a ideia de superioridade racial e justificando a exploração e a subjugação de grupos étnicos considerados inferiores. O nacionalismo escravista esteve ligado aos interesses dos proprietários de escravos e à manutenção do sistema escravista. Ele foi proeminente em países onde a escravidão era legal, como nos Estados Unidos antes da Guerra Civil, onde o nacionalismo sulista defendia a preservação da escravidão como uma instituição fundamental.
10. Nacionalismo Religioso/Teológico:
O nacionalismo religioso une a identidade nacional com uma religião específica ou interpretação religiosa. Pode incluir a promoção de leis baseadas na religião, a defesa de valores religiosos tradicionais e a exclusão de grupos religiosos minoritários. Pode ser encontrado em muitas partes do mundo, incluindo o Oriente Médio, onde o nacionalismo é frequentemente associado à religião, como no caso do sionismo em Israel ou do nacionalismo islâmico em países de maioria muçulmana.
11. Nacionalismo Cristão:
É uma forma de nacionalismo que se baseia nos princípios e valores do cristianismo. Ele enfatiza a identidade nacional dentro de um contexto cristão, muitas vezes vinculando a história e a cultura de um país com os ensinamentos religiosos. Os defensores do nacionalismo cristão podem argumentar que as tradições e valores cristãos são essenciais para a coesão e o bem-estar da nação, e podem promover políticas que refletem esses princípios, como a defesa da família tradicional, da moralidade cristã e da soberania nacional.
12. Nacionalismo Protestante Evangélico Pentecostal Sob A Teologia Do Domínio/Da Prosperidade é uma ideologia que combina elementos do protestantismo evangélico pentecostal com a crença na teologia do domínio ou da prosperidade. Essa abordagem teológica enfatiza a ideia de que os crentes têm autoridade espiritual sobre todos os aspectos da vida, incluindo o domínio físico, econômico e político.
Essa forma de nacionalismo protestante pode ser observada em vários países, especialmente onde o protestantismo evangélico pentecostal tem uma forte presença e influência. Alguns exemplos incluem:
12.1. Estados Unidos:
O nacionalismo protestante evangélico pentecostal sob a teologia do domínio/da prosperidade é proeminente em certos círculos do movimento evangélico nos Estados Unidos. Muitos líderes religiosos e grupos evangélicos adotaram essa perspectiva, argumentando que os cristãos têm o direito e a responsabilidade de exercer influência e domínio sobre todas as esferas da sociedade, incluindo a política, a economia e a cultura.
12.2. Brasil: O Brasil também é um país onde o nacionalismo-protestante evangélico pentecostal tem crescido, especialmente entre os adeptos da teologia da prosperidade. Muitos líderes religiosos evangélicos no Brasil promovem a ideia de que a fé cristã não apenas traz bênçãos espirituais, mas também prosperidade material e sucesso na vida. Essa perspectiva tem sido associada a movimentos políticos e sociais que buscam influenciar a política e a sociedade brasileira com base em valores evangélicos. O patrono é Edir Macedo que as prega e busca sua concretização por dentro de sua igreja.
12.3. Nigéria: Na Nigéria, onde o cristianismo evangélico pentecostal tem uma forte presença, o nacionalismo protestante também está presente entre os adeptos da teologia da prosperidade. Muitos líderes religiosos nigerianos promovem a ideia de que a fé cristã pode trazer riqueza e sucesso na vida, e alguns deles exercem influência política e econômica significativa no país.
Esses são apenas alguns exemplos, e é importante reconhecer que o nacionalismo protestante evangélico pentecostal sob a teologia do domínio/da prosperidade pode se manifestar de maneiras diferentes em diferentes contextos culturais e políticos. No entanto, em geral, ele está associado à crença de que os cristãos têm um papel especial a desempenhar na transformação e no domínio da sociedade, tanto espiritual quanto materialmente.
13. Nacionalismo Protestante
É uma forma de nacionalismo que está intrinsecamente ligada à tradição e à identidade protestante em um determinado país ou região. Ele se desenvolveu em áreas onde o protestantismo se tornou uma força dominante, influenciando não apenas a religião, mas também a cultura, a política e a identidade nacional.
Este tipo de nacionalismo pode ser encontrado em vários países e regiões onde o protestantismo desempenhou um papel significativo na formação da identidade nacional e na estruturação da sociedade. Alguns exemplos incluem:
13.1. Estados Unidos:
O nacionalismo protestante desempenhou um papel importante na formação da identidade nacional americana, especialmente durante os períodos de migração e colonização. Os princípios protestantes, como a liberdade religiosa e a busca da verdade através da interpretação individual da Bíblia, foram fundamentais para a concepção dos Estados Unidos como uma "terra de liberdade" e uma "cidade sobre um monte". O protestantismo também influenciou o desenvolvimento de instituições educacionais, valores morais e políticas públicas nos Estados Unidos.
13.2. Países Escandinavos:
Em países como Noruega, Suécia, Dinamarca e Finlândia, onde o luteranismo é a religião predominante, o nacionalismo protestante tem sido um elemento importante na construção da identidade nacional. O luteranismo não apenas moldou a cultura e os valores desses países, mas também desempenhou um papel fundamental na formação de instituições sociais e políticas, como o Estado de bem-estar social.
13.3. Reino Unido:
No Reino Unido, o nacionalismo protestante foi uma força significativa na história da Escócia e da Irlanda do Norte, onde o presbiterianismo e outras tradições protestantes foram associadas à resistência contra o domínio católico e a defesa da autonomia e da identidade nacional. Na Irlanda do Norte, em particular, o nacionalismo protestante é um dos principais componentes do unionismo, que defende a união do território com o Reino Unido.
Esses são apenas alguns exemplos, e é importante reconhecer que o nacionalismo protestante pode se manifestar de maneiras diferentes em diferentes contextos históricos e culturais. No entanto, em geral, ele está ligado à promoção dos valores e princípios do protestantismo como parte integrante da identidade nacional de um país ou região.
14. Nacionalismo Pátrio:
Refere-se ao nacionalismo centrado na ideia de pátria, promovendo um forte sentimento de identidade nacional e amor pela terra natal. É caracterizado por um forte apego à terra natal e à cultura local. Pode ser encontrado em muitos países ao redor do mundo, onde os cidadãos têm um orgulho profundo de sua identidade regional ou local. Por exemplo, o regionalismo basco na Espanha ou o separatismo da Catalunha refletem formas de nacionalismo pátrio.
15. Nacionalismo Cívico:
Ao contrário do nacionalismo étnico, o nacionalismo cívico enfatiza a cidadania e os valores compartilhados, como democracia, liberdade e igualdade perante a lei, como os principais elementos que unem uma nação. Ele promove a inclusão de todos os cidadãos, independentemente de sua origem étnica, cultural ou religiosa. Esse tipo de nacionalismo tem sido promovido em países com tradições democráticas fortes, como os Estados Unidos, Canadá e muitos países europeus, onde a cidadania e os valores democráticos são enfatizados como componentes fundamentais da identidade nacional.
16. Nacionalismo Democrático:
Este tipo de nacionalismo está enraizado na participação democrática e no respeito pelos direitos humanos. Ele pode ser encontrado em países que valorizam a democracia representativa e os direitos individuais, como os Estados Unidos, Canadá, países da Europa Ocidental e muitas democracias estabelecidas em todo o mundo.
17. Nacionalismo Social-Democrata:
O nacionalismo social-democrata combina elementos do nacionalismo com políticas sociais e econômicas voltadas para o bem-estar dos cidadãos. É encontrado em países com sistemas de bem-estar social robustos, como os países escandinavos (Suécia, Noruega, Dinamarca), Alemanha e outros países europeus onde partidos social-democratas têm influência política significativa.
18. Nacionalismo Socialista:
O nacionalismo socialista é caracterizado pela combinação de ideias nacionalistas com os princípios do socialismo, enfatizando a propriedade estatal dos meios de produção e a justiça social. Foi historicamente associado a regimes como o nazismo na Alemanha e o fascismo na Itália, bem como a movimentos nacionalistas socialistas em outros países.
19. Nacionalismo Monárquico:
É uma forma de nacionalismo que enfatiza a identidade nacional em torno de uma monarquia como instituição central. Este tipo de nacionalismo valoriza a figura do monarca como símbolo da unidade nacional e da continuidade histórica da nação.
O nacionalismo monárquico pode ser encontrado em países que têm uma monarquia constitucional, onde o rei ou rainha desempenha um papel cerimonial, como no Reino Unido, Espanha, Países Baixos, Japão, entre outros. Nessas nações, o nacionalismo monárquico muitas vezes se manifesta através do respeito pela tradição, símbolos nacionais associados à monarquia (como bandeiras e brasões reais), e celebrações de eventos relacionados à família real.
Além disso, em alguns países onde a monarquia foi abolida, o nacionalismo monárquico pode persistir como um movimento político ou cultural que busca restaurar a monarquia como forma de governo. Isso pode ser observado em países como França, Brasil – por meio do bolsonaro/ismo disseminado através do ‘Brasil Paralelo” – e diversos países europeus que tiveram monarquias antes de se tornarem repúblicas.
O nacionalismo monárquico muitas vezes enfatiza a estabilidade, a continuidade histórica e a preservação da ordem social, contrastando com formas mais radicais de nacionalismo que buscam mudanças políticas ou sociais mais significativas. No entanto, suas formas de expressão e influência variam de acordo com o contexto político, social e histórico de cada país.
20. Nacionalismo Revanchista:
Este tipo de nacionalismo surge em resposta a uma derrota militar ou territorial passada e busca recuperar territórios perdidos ou restaurar a glória nacional perdida. Pode estar ligado a sentimentos de humilhação nacional e desejo de vingança contra inimigos passados. Historicamente ocorreu em países que sofreram derrotas militares ou perdas territoriais, como Alemanha após a Primeira Guerra Mundial, quando o nacionalismo revanchista alimentou o desejo de recuperar territórios perdidos e restaurar a glória nacional.
21. Nacionalismo Marxista:
É uma ideologia que combina elementos do nacionalismo e do marxismo. Ele busca a emancipação nacional e social por meio da luta de classes, enfatizando a importância da identidade nacional na luta contra a opressão capitalista. O nacionalismo marxista muitas vezes surge em contextos de colonização ou subjugação nacional, onde os movimentos de libertação buscam tanto a independência política quanto a transformação socialista da sociedade.
22. Nacionalismo Marxista-Leninista:
É uma forma específica de nacionalismo marxista influenciada pelas ideias de Vladimir Lenin, líder da Revolução Russa de 1917 e do Partido Comunista da União Soviética. Esta ideologia enfatiza a liderança do partido comunista na luta pela libertação nacional e social, seguindo os princípios do leninismo, que incluem a organização revolucionária do proletariado e a construção de um estado socialista sob a ditadura do proletariado.
23. Nacionalismo Trotskista:
Refere-se a uma vertente do nacionalismo marxista associada às ideias de Leon Trotsky, um dos líderes da Revolução Russa e fundador do Exército Vermelho. O nacionalismo trotskista enfatiza a importância da revolução internacionalista e da solidariedade entre os trabalhadores de diferentes países, ao mesmo tempo em que busca a libertação nacional e a construção do socialismo.
24. Nacionalismo Proletário:
Está relacionado à luta dos trabalhadores pela emancipação social e econômica dentro de uma nação, buscando a igualdade e os direitos dos trabalhadores. É associado à classe trabalhadora e sua luta por direitos e justiça social. Ele pode ser observado em movimentos operários e sindicatos que buscam proteger os interesses dos trabalhadores e desafiar as desigualdades econômicas. Exemplos incluem as lutas sindicais na Grã-Bretanha durante a Revolução Industrial ou a Revolução Bolchevique na Rússia.
25. Nacionalismo Revolucionário:
É aquele que busca transformações sociais, políticas ou econômicas radicais dentro de uma nação, muitas vezes associado a movimentos revolucionários que buscam mudar o status quo. Surge, muitas vezes, em contextos onde os cidadãos lutam contra regimes opressivos ou injustos. Um exemplo histórico é o nacionalismo revolucionário que impulsionou a Revolução Francesa em 1789, onde os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade inspiraram os cidadãos a desafiar a monarquia absoluta.
26. Nacionalismo Comunista:
O nacionalismo comunista surge em países que adotaram o comunismo como sistema político e econômico dominante, como a antiga União Soviética, China, Cuba e Coreia do Norte. Ele pode incluir elementos de patriotismo em torno da defesa da revolução comunista e da construção de uma sociedade sem classes.
27. Nacionalismo Anárquico:
O nacionalismo anárquico é uma ideologia que busca a descentralização do poder e a eliminação do estado, muitas vezes em favor de formas de organização baseadas na comunidade e na autogestão. Pode ser encontrado em movimentos anarquistas que promovem a autonomia local e a resistência ao autoritarismo, em vários países ao redor do mundo.
28. Nacionalismo Internacionalista dos Trabalhadores/Proletários:
O nacionalismo internacionalista dos trabalhadores ou proletários é uma ideologia que busca unir os trabalhadores de diferentes países em uma luta comum contra o capitalismo e pela emancipação social. Em contraste com formas tradicionais de nacionalismo que enfatizam a identidade nacional, o nacionalismo internacionalista dos trabalhadores enfoca a solidariedade de classe acima das fronteiras nacionais.
Essa ideologia tem suas raízes nas teorias e práticas do socialismo e do comunismo, particularmente no pensamento de Karl Marx e Friedrich Engels. Marx e Engels argumentaram que os trabalhadores de todo o mundo compartilham interesses comuns como classe explorada e, portanto, devem se unir para lutar contra a opressão capitalista.
Quanto ao nacionalismo internacionalista dos trabalhadores, esse pode se manifestar de várias maneiras:
I. Internacionalismo Proletário:
Defende a cooperação e solidariedade entre os trabalhadores de diferentes países na luta contra o capitalismo e a busca por uma sociedade socialista ou comunista internacional.
II. Internacionalismo Sindical:
Envolve a formação de sindicatos e organizações de trabalhadores que operam além das fronteiras nacionais para negociar em nome dos interesses dos trabalhadores em escala global.
III. Internacionalismo Revolucionário:
Propõe a criação de movimentos revolucionários transnacionais que buscam derrubar o sistema capitalista em todos os lugares e estabelecer uma ordem socialista ou comunista mundial.
IV. Internacionalismo Anticolonial:
Apoia os movimentos de libertação nacional em países colonizados ou dominados, argumentando que a luta pela independência nacional está intrinsecamente ligada à luta global dos trabalhadores contra o capitalismo e o imperialismo.
O nacionalismo internacionalista dos trabalhadores é frequentemente associado a partidos políticos de esquerda, organizações sindicais e movimentos sociais que defendem uma visão global da justiça social e da emancipação dos trabalhadores. Ele desafia a ideia de que as diferenças nacionais devem ser motivo de divisão entre os trabalhadores e promove a solidariedade e a cooperação internacional como ferramentas para transformar a sociedade em direção a um sistema mais justo e igualitário.
É importante observar que essas categorias não são mutuamente exclusivas e podem se sobrepor em certos contextos políticos. Além disso, a maneira como o NACIONALISMO se manifesta em diferentes países e movimentos pode variar significativamente com base em fatores culturais, históricos e sociais específicos.
NOTA: Lembrando que na página 3 chamei a atenção para Identidade Nacional...
A IDENTIDADE NACIONAL de uma NAÇÃO ou POVO refere-se ao conjunto de características culturais, históricas, linguísticas, religiosas e sociais que definem a sua IDENTIDADE COLETIVA e a sua noção de pertencimento a uma comunidade compartilhada. Essa IDENTIDADE é construída ao longo do tempo por meio de interações sociais, experiências históricas e narrativas culturais, e pode ser moldada por fatores como geografia, história política, migração e intercâmbios culturais.
A IDENTIDADE NACIONAL muitas vezes inclui os seguintes elementos:
1. História Compartilhada: Narrativas históricas que unem os membros de uma nação em torno de eventos, figuras ou períodos significativos da história nacional.
2. Cultura Compartilhada: Tradições culturais, práticas, costumes, arte, literatura e música que são valorizadas e reconhecidas como distintamente nacionais.
3. LÍNGUA: A LÍNGUA COMUM FALADA PELA MAIORIA DOS HABITANTES DE UMA NAÇÃO DESEMPENHA UM PAPEL CENTRAL E FUNDAMENTAL NA ESSENCIAL DEFINIÇÃO DA IDENTIDADE NACIONAL E NA COMUNICAÇÃO ENTRE OS MEMBROS DA COMUNIDADE. Chamo a atenção para o Brasil e a língua oficial adotada, a língua portuguesa, e a língua inglesa norte-americana politicamente aqui aceitada após a II Guerra Mundial como concorrente da língua oficial.
4. Território e Geografia: A geografia e o território de uma nação, incluindo suas fronteiras, paisagens naturais e recursos, podem influenciar a identidade nacional e a conexão emocional dos indivíduos com o seu país.
5. Instituições e Símbolos Nacionais: Instituições políticas, símbolos patrióticos, bandeiras, hinos e outros emblemas nacionais que representam a unidade e a soberania da nação.
6. Valores e Ideais Compartilhados: Princípios, valores e ideais que são considerados fundamentais para a identidade nacional, como liberdade, igualdade, justiça, democracia e solidariedade.
A identidade nacional não é estática e pode evoluir ao longo do tempo em resposta a mudanças sociais, políticas e culturais. Além disso, é importante reconhecer que as identidades individuais podem ser complexas e multifacetas, e que nem todos os membros de uma nação compartilham necessariamente a mesma identidade nacional. No entanto, a identidade nacional continua a desempenhar um papel importante na formação da coesão social, na construção da cidadania e na definição das relações entre os estados e entre os povos.
Tudo isso, infelizmente, nos dias atuais, em desgastes, suspeições, desarmonias, desagregamentos, repulsas em decorrências de conflitos políticos provocados pelo obscurantismo acionado por seu patrono, Aécio Neves, e assumido por bolsonaro/istas.
Quem, fora do obscurantismo, do bolsonaro/ismo, se sente à vontade, bem em vestir uma camisa amarela..., carregar uma bandeira do Brasil; cantar o hino nacional, uma música como: Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores - ( Geraldo Vandré )
Essa, minha contribuição...
Em 25 de março de 2024
Referências bibliográficas:
Enciclopédia BARSA; MIRADOR Internacional; GLOBO; Pequena Enciclopédia de Moral e Civismo, acervos partes de minha biblioteca. Fonte para a fundamentação: consultas/pesquisas em livros/dicionários, sites na web; seleção, elaboração, adaptação, produção e organização dos conhecimentos apreendidos das pesquisas, leituras, estudos feitos por mim, em meu acervo-biblioteca, e que fundamentam minhas conclusões e o escrevê-las..:
― POR PROF. Negreiros Deuzimar Menezes. No dia de hoje, aos 67 anos, 3 meses e 25 dias.
– Professor (de Professo...)(*) Transdisciplinar; Filo-Empirista; Ambientalista praticante da Teologia Ecológica Regenerativa pelo o mesmo pensada e sendo criada; Consultor; Filo-Pedagogo de formação; Livre Educador Filo-eco-poli-social Transdisciplinar; PhD; Pós-Graduado em Docência da Educação Superior; Gestão e Educação Ambiental; Gestão em Auditoria e Pericia Ambiental; Gestão de Sistema Prisional. Graduado em Pedagogia e Filosofia; Radio-jornalista–DRT nº 0772/91-MA. Diretor-Presidente e Fundador em 1997, da Fundação Brasil de Fomento a Educação Ambiental e Humanística. Ativista Ambiental Independente; Livre Pensador Subversivo. Não-Materialista. Sem emprego; sem aposentadoria; Sem renda!! E que aqui me encontro, em 22/23 de fevereiro de 2024, autoexilado num canto, na floresta da RPPN, minha propriedade desde 1980, em um lugar qualquer deste vasto planeta que se encontra sendo assassinado por... Antiflorestas... Antinatureza... Pró-acumulador-capitalista.
Professor PhD Negreiros, Deuzimar Menezes
PhD: "Philosophiae Doctor".
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