quinta-feira, 5 de março de 2015

A homenagem a um suspeito

 
O arquivamento das investigações contra o principal líder da oposição, Aécio Neves (PSDB), pedido ao Supremo pelo procurador Geral da República, Rodrigo Janot, foi criticado nesta quinta-feria, 5, pelo líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE); para Costa, o arquivamento revela como os vazamentos dos investigados na Lava Jato estão sendo feitos de forma seletiva para prejudicar o PT; “Quando o nome do presidente do PSDB aparece, já aparece inocentado, com a informação de que o processo dele será arquivado, sem qualquer notícia de sobre o que o teriam acusado”; em delação premiada, o doleiro Alberto Youssef que Aécio teria recebido, por meio de uma de suas irmãs, valores desviados de Furnas Centrais Elétricas; para o PGR, informações foram insuficientes para se aprofundar uma investigação

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), criticou nesta quinta-feira, 5, o pedido de arquivamento em favor do principal líder da oposição, senador Aécio Neves (PSDB-MG), feito pelo procurador geral da República, Rodrigo Janot, nas investigações de politicos supostamente beneficiados com o esquema de corrupção na Petrobras.

Para Costa, o arquivamento revela como os vazamentos dos investigados na Lava Jato estão sendo feitos de forma seletiva para prejudicar o PT. “Quando o nome do presidente do PSDB aparece, já aparece inocentado, com a informação de que o processo dele será arquivado, sem qualquer notícia de sobre o que o teriam acusado”, contesta o senador.

Reportagem do Estado de S. Paulo publicada nesta quinta-feira revela que Aécio Neves foi citado no depoimento em delação premiada do doleiro Alberto Youssef. Segundo o doleiro, por intermédio de uma de suas irmãs, Aécio teria recebido valores desviados de Furnas Centrais Elétricas. Os pagamentos seriam feitos por uma empresa chamada Bauruense, que recebeu mais de R$ 800 milhões em serviços terceirizados por Furnas. Youssef disse ainda que ele próprio recolhia propinas na Bauruense, a mando do ex-deputado federal José Janene, do Paraná

Apesar da informação, a Procuradoria alegou que as informações sobre o tucano, que é presidente de seu partido, foram insuficientes para a investigação. Por isso, diz a publicação, Janot sugeriu ao ministro Teori Zavascki o arquivamento da denúncia.
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