sábado, 3 de maio de 2014

Cartografia da esquerda no Brasil

blog da Revista Espaço Acadêmico

Revista Espaço Acadêmico, ISSN 1519-6186 – ANO XI, Mensal. Conselho Editorial: Ana Patrícia Pires Nalesso, Angelo Priori, Antonio Mendes da Silva Filho, Antonio Ozaí da Silva, Eva Paulino Bueno, Henrique Rattner (in memoriam), João dos Santos Filho, Luiz Alberto Vianna Moniz Bandeira, Raymundo de Lima, Ricardo Albuquerque, Rosângela Rosa Praxedes e Walter Praxedes. Editor: Antonio Ozaí da Silva

Cartografia da esquerda no Brasil

LEANDRO ELIEL*
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Este texto tem uma pretensão modesta: apresentar de maneira sintética o conjunto das organizações de esquerda atuantes, hoje, no Brasil. Certamente haverá erros de informação e resumos polêmicos, motivo pelo qual pedimos a ajuda dos leitores para que possamos corrigir os erros e registrar as divergências na próxima edição desta revista.
download (1)Partido dos Trabalhadores
O Partido dos Trabalhadores  (www.pt.org.br) foi fundado em 1980. Quatro grandes setores confluíram na sua criação:
a) sindicalistas do chamado “novo sindicalismo”, especialmente os metalúrgicos, bancários e petroleiros;
b) militantes de organizações de esquerda atuantes na oposição contra a ditadura (alguns entraram em caráter individual no PT, outros entraram por decisão de suas respectivas organizações);
c) lideranças populares formadas pelas pastorais e comunidades da Igreja Católica, especialmente do setor progressista;
d) parlamentares e lideranças atuantes no Partido do Movimento Democrático Brasileiro, o PMDB (durante muitos anos, o único partido de oposição legalizado no país).
Desde a sua fundação, o PT abrigou diferentes correntes de opinião, geralmente denominadas de tendências. A primeira tentativa de disciplinar a existência de tendências no interior do Partido ocorreu no 5º Encontro Nacional do PT, em 1987. A segunda tentativa ocorreu no Primeiro Congresso do PT, em 1991.
Uma compreensão do papel jogado pelas tendências no interior do PT deve levar em conta pelo menos duas variáveis: as posições políticas defendidas por estes grupos e a atitude geral que adotavam frente ao Partido.
De 1983 a 1993, por exemplo, existia uma tendência hegemônica e majoritária em âmbito nacional: a Articulação, cujas posições se refletiam nas resoluções partidárias.
Competindo com a Articulação, havia algumas lideranças e agrupamentos informais com posições mais moderadas (exemplo disso são os parlamentares que defenderam votar em Tancredo Neves no Colégio Eleitoral). E havia, também, lideranças e agrupamentos com posições mais radicalizadas.
A maioria destes agrupamentos tivera origem anterior ou exterior ao PT. É o caso da Democracia Socialista (Organização Revolucionária Marxista/Democracia Socialista), do Partido Revolucionário Comunista (PRC), do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário, da Organização Socialista Internacionalista (O Trabalho), da Ala Vermelha, da Convergência Socialista, entre outros.
Entre 1991 e 1995, em decorrência dos acontecimentos e debates descritos, ocorrem profundas alterações na vida interna do PT. Em primeiro lugar, todas as tendências passam a se considerar como “tendências internas” de um “partido estratégico”. Em segundo lugar, a Convergência Socialista e outros grupos saem do PT, criando o PSTU. Em terceiro lugar, a tendência majoritária passa por um processo de cisão, dando origem à Articulação Unidade na Luta e à Articulação de Esquerda. Em quarto lugar, lideranças e tendências situadas à esquerda e à direita da Articulação, invertem seus papéis (é o caso de Plínio de Arruda Sampaio, líder moderado nos anos 1980 e líder radical nos anos 1990; é o caso, também, de José Genoíno, que faz o percurso inverso).
De 1995 até o final de 2003, o quadro interno se estabiliza da seguinte forma. Um grupo majoritário denominado, talvez para que não restasse dúvida, de “Campo majoritário”, composto basicamente pela Articulação Unidade na Luta e pela Democracia Radical (esta por sua vez, oriunda da aliança do ex-PRC com outros setores). Uma esquerda, com quatro expressões mais conhecidas, a saber: a Democracia Socialista, a Articulação de Esquerda, a Força Socialista e O Trabalho. E um centro, cuja expressão principal viria a formar o chamado “Movimento PT”, agrupamento de lideranças parlamentares e grupos regionais.
No final de 2003, a expulsão de Heloísa Helena e de três deputados federais é o marco inicial de um novo processo de alteração no quadro interno. Em primeiro lugar, o Movimento de Esquerda Socialista e a Corrente Socialista dos Trabalhadores (duas tendências oriundas da antiga Convergência Socialista), acompanhadas de um número significativo de lideranças de esquerda independentes, saem do PT ainda em dezembro de 2003 e criam o PSOL. Outro grupo expressivo de petistas filia-se ao PSOL entre os meses de setembro e outubro de 2005. É o caso da Ação Popular Socialista (tendência resultante da fusão da antiga Força Socialista com outros grupos), de Plínio de Arruda Sampaio, de vários deputados federais e de certo número de militantes oriundos de várias tendências da esquerda petista ou independentes. Em segundo lugar, lideranças até então vinculadas ao “Campo majoritário” ou independentes de expressão desligam-se do PT, indo para outros partidos ou ficando sem filiação partidária (é o caso, por exemplo, de Hélio Bicudo, Cristovam Buarque e de Chico Whitaker). Em terceiro lugar, a crise de 2005 e o processo de eleição das novas direções partidárias altera a força do antigo “Campo majoritário”, que deixa de ter a maioria absoluta no Diretório Nacional do PT.
De 2005 em diante a esquerda partidária passa por um processo de divisão e redução de sua influência, que se expressa nos resultados das eleições internas. Em 2007 a correlação de forças se mantém quase inalterada, com a diferença de que dois representantes moderados disputam o segundo turno, Ricardo Berzoini (CNB) contra Jilmar Tatto (PTLM), com a vitória de Berzoini. Em 2009, a CNB compõe uma chapa com o PTLM e NR elegendo a maioria absoluta dos membros no Diretório Nacional e, no primeiro turno, conquistam também a presidência do PT com José Eduardo Dutra, que logo depois, por problemas de saúde, se afasta da presidência. O Diretório Nacional elege Rui Falcão para ocupar a presidência. Em 2013, num processo eleitoral bastante criticado, setores partidários que estavam no centro ou na esquerda petista aderem a candidatura do grupo majoritário para a presidência do PT.
As principais tendências do PT
Construindo um novo Brasil  (www.contruindoumnovobrasil.com.br), também conhecida pela sigla CNB: oriunda da Articulação dos 113, passando pela Articulação Unidade na Luta e pelo Campo Majoritário. Reivindica o programa democrático e popular, concentrando esforço cada vez maior na luta institucional como caminho para as mudanças. No PED 2013 apoiou Rui Falcão, da tendência Novo Rumo, à presidência nacional do PT.
Novo Rumo (NR), originalmente uma cisão paulista da Articulação de Esquerda. Possui uma orientação política similar à da CNB, privilegiando uma estratégia institucional.
Partido de Luta e de Massas (PTLM,  www.ptlmnacional.org.br): originário da Articulação Unidade da Luta. Também possui uma trajetória política similar à da CNB, privilegiando uma estratégia institucional. No PED 2013 apoiou Falcão à presidência nacional do PT.
Movimento PT (MPT,  www.movimentopt.com.br): reúne oriundos de diferentes setores do Partido. Busca situar-se no centro, fazendo críticas ao campo majoritário e a esquerda petista. No PED 2013 apoiou Rui Falcão à presidência nacional do PT.
Esquerda Popular e Socialista (EPS,   www.esquerdapopularsocialista.com.br):  grupo originário da fusão entre a Tendência Marxista e um grupo que em 2011 saiu da AE. Define-se como marxista, defende a articulação das lutas sociais e institucionais na construção de uma sociedade socialista. No PED 2013 apoiou Rui Falcão à presidência nacional do PT e participou da chapa do Movimento PT.
Brasil Socialista (BS): tendência oriunda do antigo PCBR, compondo durante quase toda a história do PT o campo de esquerda. Foi a principal corrente a impulsionar a fundação do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST). No PED 2013 apoiou Rui Falcão à presidência nacional do PT.
Mensagem ao Partido  (www.mensagemaopartido.com.br):  campo integrado por diversas personalidades, grupos regionais e por uma tendência nacional, a Democracia Socialista (DS). Entre 2003 e 2005, ao mesmo tempo que uma parte de seus integrantes funda o PSOL, o grupo majoritário na DS rompe seus vínculos com o Secretariado Unificado da Quarta Internacional e reorienta-se internamente no PT, passando a defender uma estratégia conhecida como “revolução democrática”. A Mensagem ao Partido lançou candidatura própria no PED 2007, 2009 e 2013. Antes disso, a DS já havia lançado candidatura própria no PED 2001 e 2005.
Militância Socialista (MS,  www.militanciasocialista.org):  fusão de diversas tendências regionais. Defende a articulação da luta social com a luta institucional, na defesa de reformas estruturais mais amplas. Compõe a esquerda petista. No PED 2009 apoiou a candidatura da Articulação de Esquerda. No PED 2013 lançou candidatura própria.
Articulação de Esquerda (AE,  www.pagina13.org.br):  cisão da Articulação dos 113, surgida em 1993 com o lançamento do manifesto “Hora da Verdade”. A AE defende uma estratégia e um programa democrático-popular e socialista. Lançou chapa e candidatura própria em todos os PED, desde 2001 até 2013. Edita o jornal Página 13.
O Trabalho (OT,  www.otrabalho.org.br):  oriunda da Organização Socialista Internacionalista, a tendência trotskista O Trabalho passou por uma importante cisão nos anos 1980, quando parte importante de sua militância adere a Articulação dos 113. Outra cisão ocorreu por volta de 2007, dando origem a um agrupamento denominado Esquerda Marxista. Reivindica a Quarta Internacional. Edita o jornal O Trabalho. Lançou chapa e candidatura própria em todos os PED, desde 2001.
Esquerda Marxista (EM,  www.marxismo.org.br):  cisão de O Trabalho. Filiada à Corrente Marxista Internacional, luta pela reconstrução da Quarta Internacional. Sua estratégia política é orientada pelo Programa de Transição de Trotski. Edita o jornal Esquerda Marxista. Desde que surgiu, participou com chapa e candidatura própria no PED nacional.
downloadPartido Democrático Trabalhista (PDT)
O PDT, criado em 1979, é fruto da reorganização do trabalhismo histórico que atuava no PTB até extinção dos partidos políticos pela ditadura militar. Impedido pelos militares de controlar a legenda do PTB, Leonel Brizola, junto com outras lideranças, funda o PDT. Defende que a propriedade privada deve ser preservada e submetida ao bem estar social e a um Estado normativo. Em 1989, nas eleições presidenciais, Leonel Brizola quase foi para o segundo turno, momento em que apoiou a candidatura de Lula contra a de Collor. Em 1994, candidata-se novamente e obtém uma votação muito baixa. Em 1998, é candidato a vice-presidente na chapa de Lula, quando são derrotados por Fernando Henrique Cardoso. Nas eleições de 2002, o PDT apoia a candidatura de Ciro Gomes (PPS). Em 2006, lança Cristovam Buarque. Em 2010 apoia a candidatura de Dilma Rousseff (PT). O PDT edita o jornal O Trabalhador.
foto103Partido Socialista Brasileiro (PSB)
O PSB, fundado em 1947 pela Esquerda Democrática, reorganiza-se em 1985, mantendo o mesmo programa e estatuto de origem. Defende um programa socialista gradual e legal, que preserve a propriedade privada. Nas eleições presidenciais de 1989, 1994 e 1998, o PSB apoiou a candidatura de Lula. Em 2002, lançou candidatura própria, a de Antony Garotinho, apoiando Lula no segundo turno. No primeiro turno de 2006 não apoiou formalmente nenhuma candidatura, apoiando Lula no segundo turno. Em 2010 apoiou a candidaturas Dilma Rousseff. Em 2013, sem conseguir organizar a própria legenda, Marina Silva filia-se ao PSB e soma esforços com os socialistas para viabilizar a oposição ao Governo Dilma.
psolPartido Socialismo e Liberdade (PSOL,  www.psol50.org.br)
Em 2003, o PT expulsa a deputada federal Luciana Genro e os deputados federais Babá e João Fontes, assim como a senadora Heloisa Helena. O motivo imediato da expulsão foi a reforma da previdência. Afirmando que o PT havia abandonado seu projeto estratégico socialista, esses parlamentares e setores da esquerda petista (como o Movimento de Esquerda Socialista e a Corrente Socialista dos Trabalhadores) iniciam a construção de um novo partido, regularizado em 2005, com o nome de PSOL. Naquele mesmo ano ganham o reforço de outros setores petistas, entre eles a tendência APS e lideranças como Plínio de Arruda Sampaio, Chico Alencar e Marcelo Freixo, entre outras.
Em 2006, o PSOL lança a candidatura de Heloisa Helena para a Presidência da República, numa coligação que contava com o PSTU e o PCB. Tendo como vice César Benjamin, até então um dos teóricos da chamada Consulta Popular, Heloisa Helena obtém 6,85% dos votos, ficando em terceiro lugar na corrida presidencial. Nas eleições de 2010, Heloisa Helena não aceita a candidatura a Presidência, preferindo a candidatura ao Senado pelo estado de Alagoas. Apesar da eleição dada como certa, não obteve sucesso, ficando em terceiro lugar. Em seguida, a ex-senadora renuncia a seu mandato na presidência do PSOL. Nesse ano, Plínio de Arruda Sampaio é o candidato do PSOL à presidência da República, sem conseguir fazer aliança com PSTU e PCB, que lançam suas próprias candidaturas presidenciais. Plínio recebe apenas 0,87% dos votos, ficando em quarto lugar. Em 2014, depois de um Congresso partidário marcado por denuncias de fraudes e pela rejeição de prévias internas, o senador Randolfe Rodrigues é escolhido como candidato do PSOL à Presidência da República. Em seguida, a Insurgência, tendência da esquerda psolista, lança a candidatura de Renato Roseno e reivindicou a realização de uma Conferência Eleitoral. Edita o jornal Página 50.
Atualmente, dois campos disputam o controle do partido: um setor moderado e majoritário (Unidade Socialista), capitaneado atualmente pela APS e por diversos grupos regionais; e um setor radicalizado (Bloco de Esquerda), composto por Insurgência, MES, APS-Corrente Comunista, CST, LSR, Plínio de Arruda Sampaio, Carlos Gianazzi, entre outras organizações e lideranças. Entre eles o Coletivo Rosa Zumbi, que lançou tese própria (PSOL Necessário) no último Congresso, originando-se de um racha da APS.
Recentemente, o MES, segunda maior corrente interna, indicou Luciana Genro candidata a vice na chapa à Presidência da República, consolidando uma nova maioria na agremiação.
A relativa hegemonia do campo moderado foi consolidada após a renúncia de Heloisa Helena, que foi presidente do partido entre 2004 e 2010, e que teve sua filiação ao PSOL questionada pela colaboração com a construção da Rede Sustentabilidade de Marina Silva. Afrânio Bopré (APS), naquele momento, assumiu a presidência do PSOL, ficando até 2011, quando Ivan Valente (APS) foi eleito para o cargo num mandato de dois anos. Em 2013, o setor moderado, a Unidade Socialista, obteve 52% dos votos dos/as delegados/as, indicando Luiz Araújo (APS) como presidente do PSOL, enquanto o Bloco de Esquerda conquistou 45% e o PSOL Necessário 3% dos votos. Na atual executiva nacional o setor moderado possui dez representantes, enquanto o Bloco de Esquerda possui nove, configurando um acirrado processo de disputa interna.
As principais tendências do PSOL
Ação Popular Socialista / Corrente Comunista (APS-CC,   http://pt.wikipedia.org/wiki/A%C3%A7%C3%A3o_Popular_Socialista):  oriunda do Movimento Comunista Revolucionário e da Força Socialista, antigas tendências internas do PT, a APS adere ao PSOL em 2005, tornando-se a principal corrente partidária, mesmo com o racha de 2012/2013. No último congresso elegeu o presidente do Partido, compondo o campo moderado.
Movimento Terra, Trabalho e Liberdade (MTL): organização anterior à fundação do PSOL, que inicialmente reunia organizações atuantes no campo (MLST de Luta, MT e MLS) e que atraiu militantes de setores urbanos, principalmente do serviço público, tornando-se uma tendência do PSOL. Em 2012, com críticas “ao processo de moderação”, importantes lideranças do RJ e ES rompem com a tendência. Após as denuncias de retenção de verbas de assessores contra uma parlamentar do PSOL-RJ, o MTL dissolveu-se, tendo parte de seus integrantes aderido a Rede Sustentabilidade.
Movimento de Unidade Socialista-MUS / Fortalecer o PSOL   (www.fortaleceropsol.com.br):   oriunda da antiga Convergência Socialista, da CST e do MES, entre outros militantes que atuavam no PT. Também conhecidos como Fortalecer o PSOL, título da tese apresentada no 3º Congresso. No último congresso, junto com a APS e o MTL, compôs o campo moderado.
Somos PSOL :  tendência com pouca expressão e que no último congresso compôs o campo moderado. Defende uma visão “de que estamos vivendo um momento histórico de transição do capitalismo da Era Industrial, a Era da Informação, que estaria em pleno desenvolvimento, a internet e sua arquitetura interna — em sua versão de uso 2.0 –, seria uma nova geografia, digitalizada, que permitiria aos seres humanos uma experiência sensorial intersubjetiva única e revolucionária na história da humanidade”.
Insurgência  (www.insurgência.org):  surge em 2013, fruto da fusão entre o Coletivo Socialismo e Liberdade (CSOL), racha do PSTU; o ENLACE e o Coletivo Luta Vermelha, filiado ao Secretariado Unificado da Quarta Internacional. Publica a revista À Esquerda, critica o processo de moderação do PSOL, a institucionalização e as alianças promovidas nas últimas eleições.
Movimento Esquerda Socialista (MES,  www.lucianagenro.com.br/mes/):  oriunda da antiga Convergência Socialista, o MES entra no PSOL e torna-se a segunda maior tendência interna, atuando inicialmente próximo à Senadora Heloisa Helena e ao MTL. Defendia posições mais moderadas, inclusive a aliança com o PV, que ocorreu nas eleições de 2008, em Porto Alegre. Desde o II Congresso disputa com a APS o controle do partido. Compõe o Bloco de Esquerda. Luciana Genro, do MES, foi confirmada como candidata a vice-presidência de Randolfe Rodrigues.
Corrente Socialista dos Trabalhadores (CST,  www.cstpsol.org):  oriunda da antiga Convergência Socialista, atuava no PT. É filiada à Unidade Internacional dos Trabalhadores – Quarta Internacional (UIT-QI). Possui o periódico mensal Combate Socialista. A CST, que compõe o Bloco de Esquerda, acusa a Unidade Socialista de igualar o PSOL aos partidos do sistema.
Coletivo Resistência Socialista (CRS, http://www.resistenciapsol.xpg.com.br/):  compõe o Bloco de Esquerda, apresenta críticas a condução da maioria e, alegando fraude, não aceita os resultados do último Congresso e a candidatura de Randolfe Rodrigues à Presidência, exigindo um novo processo.
Ação Popular Socialista / Nova Era (APS/NE,  http://psol50sp.org.br/files/2013/07/Tese-da-APS-Congresso-Estadual-Psol.pdf):  entre 2012 e 2013 a corrente majoritária APS sofre uma cisão. Surgem daí três agrupamentos: a APS/CC, o coletivo Rosa Zumbi e a APS/Nova Era ou APS de Esquerda, que reuniu, majoritariamente, setores sindicais de juventude críticos às alianças realizadas pela APS em Macapá e Belém. No último congresso compôs o Bloco de Esquerda.
Coletivo Primeiro de Maio  (http://primeirodemaio.org/):  tendência oriunda do Coletivo Rosa do Povo, é crítica do setor majoritário e da ampliação de alianças promovidas pelo PSOL no último período. No último congresso compôs o Bloco de Esquerda.
Coletivo Rosa Zumbi (http://coletivorosazumbi.wordpress.com/):  tendência oriunda do racha da APS, é crítica tanto do setor moderado, por sua excessiva institucionalização, quanto dos setores à esquerda, pelo seu sectarismo. Defende a validade e atualização do Programa Democrático e Popular. No último congresso lançaram chapa própria com apoio do Deputado Federal Chico Alencar.
Liberdade, Socialismo e Revolução (LSR,  http://www.lsr-cit.org/):  fusão das tendências Socialismo Revolucionário (SR) e Coletivo Liberdade Socialista (CSL), filiada ao Comitê por uma Internacional do Trabalhadores (CIT), trotskista, publica o jornal Ofensiva Socialista. Crítica dos rumos adotados pela maioria, assinou junto com o Grupo de Ação Socialista (GAS) e o Reage Socialista uma tese no último congresso, compondo também o Bloco de Esquerda.
Trabalhadores na Luta Socialista (TLS,   http://trabalhadoresnalutasocialista.blogspot.com.br/):  agrupamento com maior expressão em São Paulo, crítico do setor majoritário e compôs o Bloco de Esquerda no último congresso.
logo_fundopreto16Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU,  www.pstu.org.br)
O PSTU originou-se da Convergência Socialista, tendência petista expulsa em 1991. No interior do PT, não consideravam o partido como estratégico pra a revolução socialista. Entre 1991 e 1994, a partir da junção com outros setores, fundam o PSTU. Posteriormente, romperam com a CUT e construíram a CONLUTAS, que originou a Central Sindical e Popular (CSP) – Conlutas. Trotskista, está vinculado à Liga Internacional dos Trabalhados – Quarta Internacional (LIT-QI).
O PSTU não prioriza o processo eleitoral, alegando que é um jogo de cartas marcadas, sendo apenas um momento de propaganda do programa. As eleições de parlamentares do partido servem como “ponto de apoio para as lutas sociais”. Participou das eleições de 1994, apoiando criticamente Lula. Em 1998, 2002 e 2010 lançou candidatura própria, a do metalúrgico José Maria. Em 2006, em aliança com PSOL e PCB, apoiou a candidatura de Heloisa Helena (PSOL).
Defende uma estratégia socialista, revolucionária, liderada pelo operariado industrial, aliado aos setores explorados do campo e da cidade, sem alianças com outras classes ou setores de classes, que impulsionaria a revolução internacional. Defende a construção de um partido revolucionário, coeso e sem tendências. As divergências são expressas apenas durante os processos congressuais. Publica o jornal Opinião Socialista.
Partido_Comunista_Brasileiro_logoPartido Comunista Brasileira (PCB,   www.pcb.org.br)
Fundado em 1922, o Partido Comunista do Brasil muda de nome em 1962, passando a chamar-se Partido Comunista Brasileiro. O grupo contrário a esta mudança de nome dá origem, também em 1962, ao PCdoB. Após o Golpe Militar, o PCB passa por diversas cisões, originando agrupamentos que optaram pela luta armada contra a ditadura. No início da década de 1980, Luis Carlos Prestes, até então a principal liderança comunista do Brasil, também rompe com o PCB. Lança Roberto Freire candidato à Presidência da República em 1989. Em 1992, um congresso partidário aprova a extinção do PCB e a criação do Partido Popular Socialista (PPS). A minoria do congresso não aceita a decisão e consegue recuperar na justiça o direito a utilizar a sigla PCB. Nas eleições presidenciais de 1994 a 2002, o Partido Comunista Brasileiro apoia o candidato do PT. Nas eleições de 2006, em coligação com o PSOL e PSTU, apoia a candidata presidencial Heloisa Helena (PSOL). Em 2010, lança candidatura própria, a de Ivan Pinheiro. Para 2014, a pré-candidatura de Mauro Iasi foi lançada.
O PCB atual faz uma autocrítica da visão etapista da revolução brasileira, defendendo que as transformações necessárias seriam de caráter socialista. Essa análise inclui a crítica do programa e da estratégia democrático-popular proposta pelo PT. O PCB defende a construção do Poder Popular, que não é apenas um fórum de organizações de esquerda, mas um processo de articulação tática e estratégica de construção de espaços contra hegemônicos na luta cotidiana que evolua para a construção da dualidade de poderes, construindo assim o embrião do Estado proletário.
O PCB não permite a existência de correntes internas, defendendo um partido formado por militantes e quadros. Sua principal publicação é o jornal Imprensa Popular.
pc_do_b_1Partido Comunista do Brasil (PCdoB,   www.pcdob.org.br)
O PCdoB, organizado em 1962, reivindica a tradição histórica do Partido Comunista fundado em 1922. Durante a ditadura militar, o PCdoB organizou a guerrilha do Araguaia. Desde 1962 até os anos 1990, o PCdoB defende uma estratégia etapista. Possui forte presença na UNE e na Ubes, através da União da Juventude Socialista (UJS); uma importante presença no movimento sindical, através da CTB; e uma representação institucional em todos os níveis. O PCdoB não permite tendências internas. Mantém o site Vermelho e publica o jornal A Classe Operária. Desde 1989, apoiou todas as candidaturas presidenciais do PT, participando dos governos Lula e Dilma.
imagesPartido Pátria Livre (PPL)
Oriundo do Movimento Revolucionário 8 de Outubro, que não se legalizou como partido e atuava no interior do PMDB. Em 2008 o MR-8 decidiu sair do PMDB e criar um partido. O PPL orienta-se, segundo seu estatuto, pela teoria do socialismo científico, defendendo a constituição de uma ampla frente nacional, democrática e popular para completar a independência do Brasil.
images (1)Partido da Causa Operária (PCO,   www.pco.org.br)
O PCO originou-se de uma cisão da OSI, organização trotskista existente anteriormente ao PT. Ingressa no PT como tendência interna, desde 1980. Conhecida como Causa Operária, denominação do seu jornal, publicado até hoje, durante o processo eleitoral de 1989 questiona as alianças do PT com o PSB, iniciando um processo de rompimento com o partido. A partir de 1991, o PCO inicia seu processo de legalização, obtendo o registro provisório em 1995. Em 1997, consegue o registro definitivo. Nas eleições de 1994, apoia criticamente a candidatura de Lula. Em 2002, 2006 (candidatura indeferida pelo TSE) e 2010 lançou candidato à Presidência, o jornalista Rui Costa Pimenta.
Defende uma estratégia socialista revolucionária, baseada na aliança operário-camponesa, liderada pela classe operária. Defende a construção de um partido revolucionário para cumprir esse papel, sem tendências internas.
download (3)Partido Comunista Revolucionário (PCR)
O PCR foi formado inicialmente por militantes que romperam com o PCdoB em 1966. Organizado principalmente no nordeste brasileiro, quase desaparece durante a ditadura, fundindo-se com o MR-8 em 1981. Em 1995, por conta das divergências com a linha nacionalista do MR-8, o núcleo original do PCR rompe com a organização e refunda o partido. O PCR edita o jornal A Verdade e defende a reconstrução de uma Internacional Comunista, participando da Conferência Internacional de Partidos e Organizações Marxistas-Leninistas (CIPOML).
lbiLiga Bolchevique Internacionalista (LBI,   http://www.lbiqi.org)
A LBI é uma cisão à esquerda da Causa Operária, motivada pela avalição de que esta organização adaptou-se à burocracia lulista. Defende a reconstrução trotskista da Quarta Internacional. É contrária a formação de Frentes de Esquerda, sendo que em 1998 defendeu o voto nulo nas eleições presidenciais. Defende a greve geral revolucionária para a derrubada imediata do Estado. Edita o jornal Luta Operária e a revista Marxismo Revolucionário.
Clipboard01Liga Estratégica Revolucionária (LER-QI,   http://www.ler-qi.org/)
A LER-QI foi fundada em 1999, com duras críticas ao PSTU e ao morenismo, criticadas por serem “variantes deformadoras do trotskismo”. Defende o programa de transição de Trotski e um programa revolucionário de tomada do poder, desferindo duras criticas às possibilidades institucionais. Edita o jornal Palavra Operária.
Clipboard02Partido Operário Revolucionário (POR,   http://www.pormassas.org/site/index.htm)
O POR, fundado em 1989, trotskista, é uma cisão à esquerda da Causa Operária, motivada pela avaliação de que esta teria abandonado a perspectiva da ditadura do proletariado. Em 1990 defende o voto nulo nas eleições. Define-se como um embrião do partido revolucionário. Edita o jornal Massas.
Clipboard01Movimento Negação da Negação (MNN,   http://www.movimentonn.org/?cat=4)
O MNN, trotskista, foi criado em 2005 com críticas ao PT por sua conciliação de classes e com o capital internacional. Critica o PT e a esquerda petista por duas questões principais: a ilusão que nutre sobre as possibilidades de administração do Estado e ao rebaixamento da luta sindical. Defende um programa transitório para o socialismo expresso no Programa Único, na construção da dualidade de poderes como preparação da construção do socialismo.
Clipboard03Consulta Popular   (http://www.consultapopular.org.br)
Fundada em 1997, em torno de um programa nacionalista de esquerda (o Projeto Popular para o Brasil). A Consulta Popular é crítica do que denomina de esquerda eleitoral.
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elielLEANDRO ELIEL é historiador, professor da Faculdade Fleming-Uniesp. Publicado originalmente na Revista Esquerda Petista, n. 1, março de 2014.

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02/Maio/2014 | 0 Comentários | Leia mais

"As farmacêuticas bloqueiam medicamentos que curam, porque não são rentáveis" - afirmou Richard J. Roberts

O Prémio Nobel da Medicina Richard J. Roberts denuncia a forma como funcionam as grandes farmacêuticas dentro do sistema capitalista, preferindo os benefícios económicos à saúde, e detendo o progresso científico na cura de doenças, porque a cura não é tão rentável quanto a cronicidade. Richard J. Roberts: "É habitual que as farmacêuticas estejam interessadas em investigação não para curar, mas sim para tornar crónicas as doenças com medicamentos cronificadores". Foto de Wally Hartshorn Há poucos dias, foi revelado que as grandes empresas farmacêuticas dos EUA gastam centenas de milhões de dólares por ano em pagamentos a médicos que promovam os seus [...]
01/Maio/2014 | 0 Comentários | Leia mais

 uol notícias Saúde

Amostra grátis influencia prescrição de remédios por médicos, mostra estudo

Nicholas Bakalar
The New York Times
  • Getty Images
    Médicos tendem a prescrever remédios com nome comercial quando recebem amostras mesmo que existam medicamentos genéricos idênticos
    Médicos tendem a prescrever remédios com nome comercial quando recebem amostras mesmo que existam medicamentos genéricos idênticos
As empresas farmacêuticas oferecem amostras aos médicos como uma forma de promover novos medicamentos. Um estudo recente confirmou que o método funciona.
Pesquisadores compararam as prescrições de medicamentos contra acne feitas em 2010 em um Hospital Universitário que proíbe a distribuição de amostras grátis com um banco de dados de prescrições feitas por dermatologistas em consultórios de todo o país. Entre as prescrições realizadas no Hospital Universitário, 17% eram de medicamentos contra acne para adultos com marca registrada. Esse número foi bem inferior aos 79% prescritos pelos consultórios particulares nos quais geralmente são distribuídas amostras.
Publicado online no periódico JAMA Dermatology, o estudo descobriu que os médicos prescrevem os medicamentos com nome comercial quando recebem amostras mesmo que existam medicamentos genéricos idênticos. Os três medicamentos contra acne mais vendidos foram promovidos por meio de amostras grátis.
Usando os 20 medicamentos mais prescritos contra a acne de adultos, os pesquisadores calcularam que seu valor médio era de US$ 465 em consultórios e US$ 200 em Hospitais Universitários que não ofereciam amostras.
Alfred T. Lane, autor sênior do estudo e professor de dermatologia da Universidade Stanford, advertiu que "ao receber uma amostra, o paciente precisa conhecer outras opções e seu efeito direto sobre a qualidade e o valor do medicamento que estão recebendo".
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Conheça alguns mitos e verdades sobre os remédios15 fotos

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As pessoas se automedicam achando que têm conhecimento suficiente. VERDADE: automedicação significa tomar remédios por conta própria, sem orientação de um profissional especializado. Apesar de ser claramente uma atitude pouco sábia, é extremamente comum. "Vários fatores podem levar a isso. Talvez dois sejam os principais: o fácil e enganoso acesso a informações e a praticidade da conduta", acredita o psiquiatra e professor da Unifesp Moacyr Alexandro Rosa, diretor do Ipan (Instituto de Pesquisas Avançadas em Neuroestimulação). A internet, a televisão e outros meios de comunicação têm um papel importante para informar sobre como cuidar da saúde, mostrando notícias sobre novidades e avanços na medicina. "Contudo, não podem de forma alguma servir para um autodiagnóstico e muito menos a automedicação. Consultar um médico pode ser trabalhoso, tomar tempo e dinheiro. Muitas vezes não se consegue uma consulta rápida; em outras, o doutor pede exames que demoram para dar um resultado. Com isso, a terapia é lenta e 'adeus' àquela sonhada solução rápida. Não importa, nenhuma dessas dificuldades justificam a automedicação" Leia mais Thinkstock/Arte UOL

Água engarrafada - Farça do capitalismo

Água engarrafada: mais uma farsa do capitalismo?

Para Annie Leonard, especialista em comércio internacional e saúde ambiental, empresas investem em propagandas que moldam a atitude das pessoas em relação ao consumo, conferindo uma imagem negativa para a água filtradaÁgua em garrafa é realmente mais saudável e seguro que a filtrada? Annie Leonard, especialista em comércio internacional e saúde ambiental, diz que não. Tudo não passaria de mais uma oportunidade de negócios bem aproveitada pela indústria de bebidas, como ela explica no vídeo abaixo.Annie argumenta que tudo isso se deve ao fato de que as empresas do setor precisam continuar crescendo, e assim investem em propagandas que moldam a atitude das pessoas em relação ao consumo da água. Por consequência, fazem uma imagem negativa da água filtrada, mesmo que pesquisas [...]
02/Maio/2014 | 0 Comentários | Leia mais

Comparação: Brasil x EUA

Polêmica: norte-americano faz vídeo comparando os EUA com o Brasil

Assista e tire as suas próprias conclusões:folhacentrosul.com.br
02/Maio/2014 | 1 Comentários | Leia mais

Dentro de nós, a dimensão profunda

Dentro de nós

Dentro de nós existe uma dimensão absurdamente profunda, larga, extensa, inexplorada.É um mundo onde poucos se aventuram e a maioria prefere acreditar que não existe.Em cada humano há uma porta de conexão.  Em cada mente algum nível de consciência do eterno.No fundo sabemos que não somos o que dizem. Preste atenção:  tem algo latejando aí em você todos os dias, como se algo estivesse errado, como se nem tudo se encaixasse.Não é a toa que acordamos com a sensação de que não sabemos a história toda.Não é a toa que as vezes nos sentimos longe de casa.Entre o mundo criado a sua volta e aquele que existe dentro de você, entre o senso do que a media considera real e sua consciência questiona como verdade absoluta, entre o que dizem sobre você  e aquilo que sente em relação [...]
01/Maio/2014 | 0 Comentários | Leia mais

EDUCAÇÃO, a falta que Ela nos faz

sábado, 3 de maio de 2014

A falta de educação.

Gostamos de acreditar que nós, seres humanos, somos todos iguais. Não é verdade. Pessoas educadas são seres superiores – são mais civilizados e estão num patamar evolutivo acima da média geral da população.

É muito difícil – e penoso – lidar com gente sem educação. Embora a educação tenha vários níveis, do mais superficial (que diz respeito às regras básicas, do cotidiano) ao mais profundo (ligado à estética e ao cuidado com os outros – uma espécie de etiqueta da alma), é a ausência das coisas básicas que se torna mais irritante e inviabiliza o convívio. Não se espera que as pessoas saibam tudo sobre etiqueta, mas espera-se que sejam capazes de funcionar segundo as regras mais simples, e também as mais essenciais, da sociedade. 
A educação divide o mundo entre os que são e que não são educados. E, neste sentido, não existe algo como ser “meio educado”, porque isso já significa que não se é educado.
E o que mais impacta no dia a dia são gestos muito simples que, na realidade, definem quem é a pessoa – como se fossem uma fotografia. Vejamos alguns...
A língua: O mínimo que se espera de alguém é que domine a sua língua – fale e escreva corretamente. A língua é o principal instrumento de comunicação e está em constante evolução, mas isso não significa que deva ser deturpada e destruída. “Evolução” significa desenvolvimento, crescimento, aperfeiçoamento e não destruição. Justificar o mau uso da língua, dizendo que ela está evoluindo, é alimentar e embasar a ignorância. É inverter os valores, balizando por baixo, nivelando pelo pior: em vez das pessoas se esforçarem para aprender a sua própria língua, estão a destruí-la, para adaptá-la à sua ignorância.
Mais um comentário: é vergonhoso – e deprimente – ver como as pessoas escrevem nas redes sociais. Escrever errado não tem justificativa: há centenas de dicionários online, acessíveis com um click. Isso não é apenas falta de educação: é a mais pura e absoluta ignorância.
Vocabulário: “por favor”, “com licença”, “desculpe” e “obrigado” são expressões fundamentais para o relacionamento entre as pessoas. Não importa quanta intimidade se tem com alguém, essas palavras são necessárias em qualquer situação. São alicerces da civilização, e não é por acaso que são as primeiras expressões que as crianças aprendem quando começam a se relacionar com os outros.
Sujar os espaços públicos: Jogar lixo (e cuspir) nas ruas, parques ou praias é um verdadeiro horror! O mesmo vale para os cães: levar o animal para passear e deixar a sujeira espalhada no chão não é apenas ausência de princípios, revela ainda que a pessoa é nojenta e grosseira.
O estado dos espaços público reflete o estágio evolutivo do povo: pessoas civilizadas moram em lugares limpos, não apenas porque os serviços públicos são eficazes, masprincipalmente porque ninguém joga lixo nas ruas – nem um papel ou mesmo a ponta de um cigarro.
Furar fila: As filas são para respeitar porque têm o único propósito de evitar que a desordem e confusão predominem. Isso também se aplica às filas nas estradas, o que significa que aqueles motoristas que vão pelo acostamento são um bando de imbecis sem educação ou respeito pelos outros.
Nas filas, é fundamental ceder o lugar aos mais idosos, gestantes e crianças – regra que vale para os transportes públicos. Isso se aplica também àqueles que fingem estar dormindo para não dar o lugar – gesto que, além de feio, deixa claro a falta de caráter da pessoa.
Dar retorno: Quando alguém é contatado (não importa o quão trivial seja o assunto) ou convidado para algum evento, deve responder. É uma questão básica da comunicação que se chama “reciprocidade”. A comunicação é como quase tudo: funciona em duas vias.
Tanto social quanto profissionalmente, não retornar os telefonemas ou e-mails, é um hábito infeliz que sempre revela falta de educação e, no segundo caso, revela ainda, falta de profissionalismo.
Ser educado é, antes de mais, respeitar o outro – em todos os sentidos. Mas cada um dá apenas o que tem e é isso que revela a sua natureza.

Pessoas educadas são, sim, pessoas superiores! http://osextosaber.blogspot.com.br

A Gigante do Rio Amazonas

Lindo Planeta Terra
Vitória Regia gigante no Rio Amazonas - Brasil
Giant lily pads on the Amazon River - Brazil
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Uma Paixão

Ben Oliveira:
Livros, livros, livros... 
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