sábado, 3 de maio de 2014
A falta de educação.
Gostamos de acreditar que nós, seres humanos, somos todos iguais. Não é verdade. Pessoas educadas são seres superiores – são mais civilizados e estão num patamar evolutivo acima da média geral da população.
É muito difícil – e penoso – lidar com gente sem educação. Embora a educação tenha vários níveis, do mais superficial (que diz respeito às regras básicas, do cotidiano) ao mais profundo (ligado à estética e ao cuidado com os outros – uma espécie de etiqueta da alma), é a ausência das coisas básicas que se torna mais irritante e inviabiliza o convívio. Não se espera que as pessoas saibam tudo sobre etiqueta, mas espera-se que sejam capazes de funcionar segundo as regras mais simples, e também as mais essenciais, da sociedade.
A educação divide o mundo entre os que são e que não são educados. E, neste sentido, não existe algo como ser “meio educado”, porque isso já significa que não se é educado.
E o que mais impacta no dia a dia são gestos muito simples que, na realidade, definem quem é a pessoa – como se fossem uma fotografia. Vejamos alguns...
A língua: O mínimo que se espera de alguém é que domine a sua língua – fale e escreva corretamente. A língua é o principal instrumento de comunicação e está em constante evolução, mas isso não significa que deva ser deturpada e destruída. “Evolução” significa desenvolvimento, crescimento, aperfeiçoamento e não destruição. Justificar o mau uso da língua, dizendo que ela está evoluindo, é alimentar e embasar a ignorância. É inverter os valores, balizando por baixo, nivelando pelo pior: em vez das pessoas se esforçarem para aprender a sua própria língua, estão a destruí-la, para adaptá-la à sua ignorância.
Mais um comentário: é vergonhoso – e deprimente – ver como as pessoas escrevem nas redes sociais. Escrever errado não tem justificativa: há centenas de dicionários online, acessíveis com um click. Isso não é apenas falta de educação: é a mais pura e absoluta ignorância.
Vocabulário: “por favor”, “com licença”, “desculpe” e “obrigado” são expressões fundamentais para o relacionamento entre as pessoas. Não importa quanta intimidade se tem com alguém, essas palavras são necessárias em qualquer situação. São alicerces da civilização, e não é por acaso que são as primeiras expressões que as crianças aprendem quando começam a se relacionar com os outros.
Sujar os espaços públicos: Jogar lixo (e cuspir) nas ruas, parques ou praias é um verdadeiro horror! O mesmo vale para os cães: levar o animal para passear e deixar a sujeira espalhada no chão não é apenas ausência de princípios, revela ainda que a pessoa é nojenta e grosseira.
O estado dos espaços público reflete o estágio evolutivo do povo: pessoas civilizadas moram em lugares limpos, não apenas porque os serviços públicos são eficazes, masprincipalmente porque ninguém joga lixo nas ruas – nem um papel ou mesmo a ponta de um cigarro.
Furar fila: As filas são para respeitar porque têm o único propósito de evitar que a desordem e confusão predominem. Isso também se aplica às filas nas estradas, o que significa que aqueles motoristas que vão pelo acostamento são um bando de imbecis sem educação ou respeito pelos outros.
Furar fila: As filas são para respeitar porque têm o único propósito de evitar que a desordem e confusão predominem. Isso também se aplica às filas nas estradas, o que significa que aqueles motoristas que vão pelo acostamento são um bando de imbecis sem educação ou respeito pelos outros.
Nas filas, é fundamental ceder o lugar aos mais idosos, gestantes e crianças – regra que vale para os transportes públicos. Isso se aplica também àqueles que fingem estar dormindo para não dar o lugar – gesto que, além de feio, deixa claro a falta de caráter da pessoa.
Dar retorno: Quando alguém é contatado (não importa o quão trivial seja o assunto) ou convidado para algum evento, deve responder. É uma questão básica da comunicação que se chama “reciprocidade”. A comunicação é como quase tudo: funciona em duas vias.
Tanto social quanto profissionalmente, não retornar os telefonemas ou e-mails, é um hábito infeliz que sempre revela falta de educação e, no segundo caso, revela ainda, falta de profissionalismo.
Ser educado é, antes de mais, respeitar o outro – em todos os sentidos. Mas cada um dá apenas o que tem e é isso que revela a sua natureza.
Pessoas educadas são, sim, pessoas superiores! http://osextosaber.blogspot.com.br