domingo, 15 de março de 2015

Um Golpe de Estado em andamento no Brasil!

Um Golpe de Estado em andamento no Brasil! - por Marcos Doniseti!

A Direita Reacionária e Golpista tupiniquim sempre usou o discurso anti-corrupção (contra Vargas, JK, Jango e, agora, Lula e Dilma) mas os maiores escândalos da história brasileira se deram quando o país foi governado pelas mesmas Direitas. Deve ter sido 'mera coincidência'... 

Porque não se aprova uma verdadeira Reforma Política no Brasil, com a adoção do financiamento público e colocando-se um fim ao financiamento privado das campanhas eleitorais, promovendo-se o fortalecimento dos partidos políticos, aprovando-se o fim das coligações para as eleições legislativas e criando-se a cláusula de barreira para poder ter representantes no Poder Legislativo? 

Isso não acontece porque temos um movimento golpista em andamento em nosso país.

E para que o Golpe de Estado venha a ser vitorioso é necessário, antes de mais nada, desmoralizar as instituições Democráticas, principalmente o Parlamento e os Partidos Políticos. 

Sem que isso aconteça, não há golpe possível de ser levado adiante. 

Logo, não se aprova o fim do financiamento privado de campanhas eleitorais, o que seria fundamental para moralizar a prática política no Brasil, justamente para que a ideia de uma Democracia Representativa seja totalmente desmoralizada em nosso país, para que a população possa dizer que 'todos os políticos são iguais e que nenhum deles presta'.

Portanto, os golpistas apostam, claramente, no 'quanto pior, melhor'.

E para isso aconteça é necessário ir criando, gradualmente, as condições necessárias para que, na eventualidade de um Golpe de Estado ser deflagrado, a população assista passivamente, 'bestializada', à vitória do mesmo, sem oferecer qualquer resistência ao mesmo.

O golpe contra Jango, por exemplo, aconteceu em 1964, mas começou a ser planejado e executado em 1961, logo após a sua posse na Presidência da República. 

Foram necessários três anos de preparação, criando-se as condições minimanente satisfatórias para que o Golpe de 01 de Abril de 1964 fosse vitorioso. 


Vargas, JK, Jango, Lula e Dilma: Todos estes govenantes promoveram o fortalecimento do papel do Estado na economia e na área social e reforçaram a soberania nacional. E justamente são eles, na história do país, os que mais sofreram ataques da Grande Mídia e da Oposição reacionária, elitista e golpista. 

Durante esse período as Direitas golpistas apelaram para vários recursos que, agora, mais de 50 anos depois de derrubar o governo Jango, voltaram a utilizar, tais como:

1) O discurso anti-comunista, mesmo sabendo que Jango nunca tinha sido comunista na vida e que Lula e Dilma também não o são; 

2) O discurso anti-corrupção, hipócrita e oportunista, como sempre, já que não faltam envolvidos em irregularidades com o dinheiro público entre os golpistas e reacionários de plantão (a Privataria Tucana que o diga...); 

3) Os ataques à atuação do Estado na economia, dizendo que o mesmo é 'obsoleto, ineficiente e corrupto'.

Obs: Entre 1961-1964 as mesmas Direitas Golpistas também trataram de se preparar para travar uma guerra civil, quando o golpe estourasse, pois elas estavam convencidas de que Jango e as Esquerdas iriam resistir ao mesmo e com armas na mão. 

E daí o plano golpista previa que os EUA iriam intervir militarmente no Brasil (em favor dos golpistas, é claro) e instalariam um governo paralelo com sede em Minas Gerais (comandado por Magalhães Pinto) e que teria o imediato reconhecimento oficial do governo ianque. 

Até mesmo navios dos EUA foram enviados ao Brasil tão logo o movimento golpista teve início, em 31/03/1964. Esta foi a 'Operação Brother Sam', pela qual os EUA chegaram a enviar navios para trazer, principalmente, combustíveis ao movimento golpista brasileiro, já que o governo Jango controlava a Petrobras. 

A participação ativa dos EUA no Golpe para derrubar Jango foi uma das principais razões que levou o então presidente brasileiro a optar pela não resistência ao Golpe, pois o mesmo estava convencido de que a guerra civil iria matar milhares de pessoas e que o país correria o sério risco de se dividir, tal como aconteceu no Vietnã (onde surgiram e existiram dois Vietnãs enquanto a guerra perdurou).


Uma das maiores campanhas populares da história do Brasil - O Petróleo é Nosso - levou à criação da Petrobras e do monopólio estatal do petróleo, contribuindo para o desenvolvimento econômico, industrial, científico, tecnológico e social do país. E o Regime de Partilha, que estatizou 75% da renda liquida do pré-sal e determina que somente a Petrobras pode extrair o mesmo, agora desempenha o mesmo papel. E é justamente por isso que a oposição elitista, reacionária, golpista e entreguista promove uma gigantesca campanha contra a Petrobras e defende o fim do Regime de Partilha, com o objetivo de privatizar a empresa e entregar o pré-sal para as petrolíferas estrangeiras, como a Exxon e a Chevron, por exemplo. 

E nestas circunstâncias, o governo Jango (o mesmo que foi eleito Vice-Presidente da República democraticamente) seria considerado como sendo um 'governo usurpador'. Se necessário, os EUA e os golpistas tupiniquins financiados pelos ianques estavam dispostos, até, a vietnamizar o país, com o governo imperialista dos EUA apoiando o governo golpista a fim de derrotar a Resistência, tal como apoiavam o governo fantoche do Vietnã do Sul para que o mesmo derrotasse os vietcongs e o governo de Ho Chi Minh no Vietnã do Norte. 

Atualmente, o Golpe, no Brasil, já está em andamento, sendo planejado e executado de forma gradual, tal como ocorreu entre 1961-1964. 

No cenário político brasileiro atual, além de se promover a desmoralização das instituições da Democracia Representativa (principalmente do Parlamento e dos Partidos Políticos) e de se inviabilizar uma Reforma Política verdadeira, temos o desenvolvimento, também, de uma agressiva campanha contra a Petrobras e contra as maiores construtoras do país em nome de um suposto 'combate à corrupção'. 

Obs: Tem que ser muito ingênuo para acreditar que a Grande Mídia e a oposição reacionária, entreguista e golpista tupiniquins desejam 'combater a corrupção'. 

Afinal, grande parte dos seus principais líderes já sofreram denúncias graves de corrupção quando governaram e aonde ainda governam. A compra de votos para se aprovar a reeleição em benefício de FHC, a 'Privataria Tucana', o 'Mensalão Tucano' de Minas Gerais e a 'Lista de Furnas' que o digam... Isso só para citar alguns casos, é claro. E a Grande Mídia brasileira foi uma das maiores beneficiárias da Ditadura Militar, que liquidou com veículos de comunicação que concorriam com a Globo, Veja, Folha e Estadão (exemplos: Correio da Manhã e Última Hora). 


Jornal 'O Globo' apoiando e festejando a posse de Castelo Branco. A 'Globo' nunca deixou de apoiar a Ditadura Militar, a mesma que sempre a beneficiou. E agora ela tenta inviabilizar e derrubar uma Presidenta reeleita democraticamente, com o voto de mais de 54,5 milhões de brasileiros. 'Globo' e Democracia: Nada a Ver!

Tal campanha contra a Petrobras e as construtoras nacionais visa enfraquecer o governo Dilma, tirando do mesmo dois elementos que são fundamentais para a execução das políticas anti-ciclícas keynesianas que os governos de Lula e da própria Dilma implantaram a partir, principalmente, do início da crise global de 2008. 

Sem a Petrobras e sem as construtoras, por exemplo, os governos Lula e Dilma jamais teriam como realizar as grandes obras de infra-estrutura e no pré-sal (usinas hidrelétricas, refinarias, construção naval, rodovias, aeroportos, plataformas e navios petrolíferos, etc) e que fazem parte do PAC. E sem o PAC e sem a Petrobras não há política social-desenvolvimentista e anti-ciclíca keynesiana que possa ser implantada no país.

Com isso, a atuação do Estado Brasileiro em favor dos mais pobres e do desenvolvimento econômico do país, bem como o próprio governo Dilma, ficariam inviabilizados. Desta maneira, o país passaria por uma gravíssima crise econômica e social, com grande aumento do desemprego e da pobreza no país, o que derrubaria fortemente a popularidade da presidenta Dilma. E isso tornaria possível a vitória do Golpe de Estado que se promove atualmente contra Dilma e contra as suas políticas social-desenvolvimentistas.  

Assim, com o Golpe em pleno andamento, falta apenas criar as condições necessárias para que o mesmo seja vitorioso, tal como se fez entre 1961-1964. 

E uma destas condições é a desmoralização das instituições e da classe política como um todo, o que já está em um processo bastante adiantado e acelerado. O noticiário político da Grande Mídia reacionária e golpista trata, apenas, de questões envolvendo corrupção. Falar sobre os grandes problemas nacionais e debater a respeito de possíveis soluções para os mesmos, que é bom, nada. 

Outra condição para que o movimento golpisa seja vitorioso é a criminalização e a destruição do PT e dos movimentos sociais de origem popular (sem-terra, sem-teto, LGBT, etc). Sem a existência de tais movimentos políticos e sociais, ficará muito fácil para que o Golpe de Estado direitista, entreguista e reacionário seja vitorioso, já que a resistência ao mesmo seria muito reduzida ou quase inexistente.

Assim, o povo brasileiro assistiria 'bestializado' a vitória de mais um movimento golpista em nosso país. 


Comício das Diretas-Já em São Paulo, em 25/01/1984, que a 'Rede Globo' divulgou como se fosse uma mera festa pelo aniversário da capital paulista. Esta é a Grande Mídia brasileira, sempre enganando e manipulando o povo brasileiro. 

E como parte dessa campanha anti-nacional e anti-popular, ataca-se, também, a intervenção do Estado na economia (que se dá via PAC, por exemplo), bem como aos programas de inclusão social e de distribuição de renda (ProUni, Minha Casa Minha Vida, Pronaf, Bolsa Família, aumento real anual para o salário mínimo, etc), que são viáveis apenas devido à ação estatal, caracterizando os mesmos como sendo 'irresponsáveis e populistas'. 

Obs: Já quanto ao Proer, no qual o governo FHC injetou o equivalente a 2,5% do PIB (cerca de R$ 125 bilhões atualmente) e que salvou instituições financeiras privadas falidas, e sem exigir nada em troca, não se fala coisa alguma, é claro. E que o governo FHC vendeu a parte boa do Bamerindus para o HSBC por apenas R$ 1, fala-se menos ainda. Assim, para as elites golpistas e reacionárias, a ação estatal é válida apenas quando se trata de preservar e defender os seus interesses e privilégios. Usar recursos públicos para beneficiar os mais pobres, para que eles possam comprar a casa própria, colocar os filhos na faculdade, viajar de avião, ter acesso aos bens de consumo duráveis e se alimentar bem? Ah, isso não pode, não.


O governo Jango sancionou a lei que criou o 13o. Salário no Brasil, em 1963. Mas o jornal 'O Globo' fez campanha contra o mesmo, dizendo que ele seria desastroso para o país. Esta é a 'Globo', sempre atuando contra os interesses do país e do seu povo. 

Logo, a política defendida pela Grande Mídia e pela oposição reacionária, entreguista e golpista têm como metas inviabilizar e destruir a Petrobras e as grandes construtoras nacionais, que são dois dos poucos setores da economia nos quais predomina o capital nacional (estatal na Petrobras e semi-estatal nas construtoras, já que o governo brasileiro é o maior cliente das mesmas) e que são essenciais para se promover o desenvolvimento econômico e social do país. 

Desta maneira, será possível promover a paralisação dos grandes investimentos públicos que se realizam atualmente na área da infra-estrutura. Ou alguém imagina que será possível construir, ampliar e modernizar usinas hidrelétricas, refinarias, rodovias, ferrovias e aeroportos sem o PAC, sem a Petrobras e sem as construtoras nacionais? 

E sem a Petrobras e sem o controle do petróleo do pré-sal pelo Estado Brasileiro também será impossível aumentar os investimentos na educação e na saúde que serão financiados pelos recursos originários do pré-sal (royalties). Além disso, o Regime de Partilha reserva 75% da renda liquida do pré-sal para o Estado Brasileiro. 

E o mesmo também prevê que tais recursos, que serão da ordem de trilhões de Reais ao longo dos próximos 30 anos, serão destinados a setores como educação, saúde, ciência e tecnologia, meio ambiente e cultura. 


Em Dezembro de 2014, a Petrobras superou a marca de 700 mil barris diários produzidos no pré-sal. E a Grande Mídia dizia que jamais seria produzido coisa alguma...

E os governos Lula e Dilma também adotaram a política de Conteúdo Nacional, que determina que 65% das peças e componentes usados na construção das plataformas e dos navios petroleiros sejam fabricados no país. E com o forte aumento dos investimentos para viabilizar a expansão do pré-sal (da qual já se extrai mais de 700 mil barris diários e isso apenas pouco mais de sete anos após a sua descoberta) tal política viabilizará o desenvolvimento industrial de uma série de setores. Exemplo disso é a indústria de construção naval, que teve um crescimento expressivo nos governos Lula e Dilma, passando de 3 mil funcionários em 2002 para 81 mil funciuonários atualmente. 

Com isso, sem a Petrobras e sem as grandes construtoras, o projeto social-desenvolvimentista implantado por Lula e Dilma estará definitivamente destruído e derrotado e o país mergulhará numa grave crise econômica e social, com consequências mais do que previsíveis: aumento do desemprego, arrocho salarial, aumento da pobreza. Desta maneira, seria possível jogar a população contra o governo Dilma, criando-se as condições necessárias para aprovar o Impeachment da atual governante brasileira. 

E é claro que depois de tudo isso ficará muito fácil, aos eternos entreguistas tupiniquins, entregar o pré-sal para as petroleiras estrangeiras, tal como os principais lideres do PSDB (FHC, Serra, Aécio) e a Grande Mídia já defendem de forma pública e explícita. 

Assim, a política neoliberal e direitista é, resumidamente: Para os EUA, para o capital especulativo global e para a elite reacionária tupiniquim, tudo. Para a classe média intermediária e baixa, para os pobres e para os miseráveis, nada. 


Livro do historiador brasileiro Luiz Alberto Moniz Bandeira mostra como o governo Jango foi sabotado e inviabilizado pela ação golpista dos EUA e das Direitas reacionárias, entreguistas e golpistas, as mesmas que apoiaram o Golpe de 1964 e que sustentaram uma Ditadura Civil-Militar de 21 anos de duração. 

E para conseguir atingir tais objetivos, vale tudo, até mesmo promover um Golpe de Estado contra um governo recentemente reeleito. 

É esse o país que desejamos construir?

Não Passarão!


Links:

Produção do pré-sal ultrapassa os 700 mil barris diários em Dezembro de 2014:

http://www.petrobras.com.br/fatos-e-dados/registramos-recorde-de-producao-diaria-e-superamos-patamar-de-700-mil-barris-dia-operados-no-pre-sal.htm

A Rede Globo e o comício das Diretas-Já em 1984 em SP:

http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/Os-30-anos-do-comicio-que-a-Globo-transformou-em-festa-/4/30084

Serra prometeu entregar o petróleo do Pré-Sal para a Chevron:

http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/93008/Serra-prometeu-%C3%A0-Chevron-mudar-regras-do-pr%C3%A9-sal.htm

Escândalo do Banestado: US$ 24 bilhões foram enviados para fora do país de maneira ilegal:

http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,stj-condena-15-por-fraude-no-caso-banestado,776041

 

NOSSA INSENSATEZ ONDE NOS LEVARÁ?

Krishnamurti Goes dos Anjos

Compartilhada publicamente15:06
 
A NOSSA INSENSATEZ ONDE NOS LEVARÁ?

Ninguém mais tem dúvidas de que o Brasil do jeito que vai está inviável. Muito bem. Todavia não me parece que estejamos trilhando o caminho mais adequado para levarmos a efeito as profundas reformas de que necessitamos.
A cada dia nos tornamos ressentidos e rancorosos, numa atitude mental que vai girando em torno do ódio aos “outros”, sempre vistos como inimigos e como ameaças aos nossos projetos pessoais em dano quase sempre, da coletividade. Trata-se de uma visão de mundo paranoica do tipo “nós os bons, os justos, os donos da verdade”, contra eles os “maus e desleais que ameaçam a nossa sobrevivência”. Ou por outra para ser mais claro. Dizem uns: nós os promotores da inclusão social dos deserdados, nós os que defendemos o Brasil do capitalismo predatório, nós que investigamos a corrupção contra eles, os corruptos do passado. Eles por seu turno rechaçam: submeteram o povo a cruéis opressões econômicas, comunistas,  corruptos também e etc. para ao cabo dessas verborragias, gritarem outros mais exaltados: Fora! Reforma já! Impeachment! Volta dos militares!
Note-se que a palavra corrupção sempre aparece em qualquer discurso associado aos problemas brasileiros porque, seja dita a verdade, já entramos pelo viés  da desnaturação das instituições democráticas, e a corrupção toma corpo, não só na Petrobras. Há uma institucionalização da corrupção que é gravíssima porque se institui como um valor para a desqualificação da lei. Aquela que coloca limites à desmesura de nossos desejos, base do pacto democrático.
Esta desmesura de nossos desejos se ampara largamente em nosso egoísmo quando não nos deixa levar em conta seriamente o fato de não considerarmos o nosso semelhante como irmão, é não ter a absoluta certeza de que a desventura do próximo não fica isolada e fatalmente recai sobre todos nós. É finalmente não termos dentro de nós mesmos a medida de nossa própria melhoria, mas esperarmos a reação dos outros, que igualmente querem melhorias. E todos permanecemos idênticos.
O progresso social não pode ser resultado senão da soma dos progressos individuais, não somente do progresso econômico. E este, no Brasil, trás em sua base o mesmo princípio de destruição. O egoísmo. O egoísmo que permeia todo ato, e a todos persegue como um mal originário minando o Estado. E quem há de negar que a corrupção endêmica que vivemos não é a expressão mais doentia do egoísmo? Pensamos complexas fórmulas econômicas, tudo tentamos mudar ou reformar, mas o egoísmo permanece incólume. Não se constrói com semelhantes materiais. Enquanto não formos capazes de ascender da fase hedonista (aquela que procura o prazer acima de tudo), à outra colaboracionista, inútil será cogitar de sistemas distributivos.
Precisamos fazer o homem, antes de fazer programas sociais, e promover esses programas somente para fazer o homem. Ensinar a pescar também, não somente dar o peixe. Fundamental transformar o problema econômico em problema Ético. É esta a maior e mais urgente necessidade a ser entendida, a começar pelos senhores políticos que se encastelam em Brasília distribuídos conformes os interesses particularistas em dezenas de partidos e usufruem nababescamente das benesses pagas pelo povo brasileiro. Um povo que vive hoje uma contínua redução de todos os valores morais, onde a mediocridade é que dá a medida das coisas e faz a sua ética e a sua tábua de valores. É isto que entendemos por democracia? Positivamente não temos ainda uma democracia sólida como apregoam alguns. Quem isto afirma nega também os pressupostos da democracia. E não me venham com chalaças de crises internacionais, com crises do petróleo, hídricas, elétricas ou com o bater de asas de uma borboleta na Malásia que altera o rumo das coisas nos sertões de nossa seca nordestina!
O fato inconteste é que, este mesmo povo brasileiro, vai se dividindo em grupos antagônicos que convocam as pessoas pelas vias da mentira, da sensibilidade ultrajada e das carências de toda sorte, a reagirem todos contra todos. Estão dadas as condições para as polarizações e as rivalidades de toda sorte que podem, e certamente nos trarão dores terríveis, porque só estas no final das contas, abalam as inconsciências. Mas pode também não ser assim se adotarmos uma ação mais enérgica e sensata que não o desperdício inútil da comum agressividade desorganizadora. Está em nossas mãos escolher.

Muito cuidado com o que façamos hoje! O que estar no texto e' fato!!

http://revistagalileu.globo.com/

Posição política pode ser determinada pelo cérebro, indicam pesquisas

17/10/2014 - 16H10/ atualizado 16H1010 / por Gabriela Loureiro


Experimentos na área de neurociência indicam que existem cérebros de pessoas com visões políticas contrárias são diferentes (Foto: Flickr)

Há quem prefira perder o amigo do que perder a alfinetada em mês de eleição. Mas, antes de deletar aquele tio extremista no Facebook, fique sabendo que a posição política dele pode estar relacionada ao tamanho de uma região específica do cérebro.
Em 2011, cientistas britânicos da University College London publicaram um estudo afirmando que as visões políticas estão relacionadas ao tamanho de partes específicas do cérebro. Basicamente, pessoas mais conservadoras têm uma amígdala cerebral maior e pessoas mais liberais têm massa cinzenta em maior quantidade no córtex cingulado anterior. A amígdala é responsável pela identificação do perigo, enquanto o córtex cingulado anterior reconhece as situações onde o autocontrole é necessário.
A Universidade Estadual do Arizona também fez uma pesquisa nessa área, perguntando a democratas e republicanos se o desemprego aumentou nos Estados Unidos entre 2008 e 2010 (ano em que a pesquisa foi realizada). A resposta dos dois grupos foi mais ou menos a mesma, dizendo que o taxa de desemprego não variou muito. Mas, quando a pergunta era formulada de forma diferente, questionando se o desemprego aumentou depois que Barack Obama chegou ao poder, as respostas foram completamente diferentes. Obviamente, a maioria dos democratas disse que o desemprego não aumentou, enquanto 75% dos republicanos falaram que o desemprego piorou. Soa familiar?
Agora, o laboratório de percepção e avaliação social da Universidade de Nova York está tentando comprovar que nossos cérebros são programados para o partidarismo e entender como ficamos cegos com a mentalidade “nós x eles”. O que se sabe é que, uma vez que essa mentalidade entra em cena, o cérebro automaticamente filtra fatos, inclusive os menos controversos e nós reconhecemos menos a humanidade do outro.
Como experimento, os cientistas dizem a um voluntário que ele faz parte do grupo azul ou vermelho, colocam-no dentro de um aparelho de ressonância magnética e pedem para ele identificar de que grupo são as imagens que são mostradas. São imagens de rostos humanos, alguns reais, outros máscaras e misturas 90% humano e 10% plástico ou 50/50. Membros do grupo vermelho tendem a identificar rostos humanos com seu grupo e vice-versa. Eles também se lembram melhor dos rostos que identificaram como parte de seu grupo. A conclusão é que tendemos a desumanizar o grupo que identificamos como “outros”. A formação de grupos diz respeito à evolução humana, pois era a melhor forma de sobreviver na pré-história. Mas, em uma democracia, essa mentalidade pode ser prejudicial, ainda mais quando ultrapassa o limite da razão. Grandes massacres como o holocausto e o genocídio de Ruanda utilizaram a desumanização como arma de destruição em massa.
“É problemático quando as pessoas aceitam tacitamente informações que confirmam suas crenças e contra-argumentam agressivamente informações que discordam. No extremo, a polarização pode dar espaço ao caos”, disse a GALILEU Natalie Stroud, professora da Universidade do Texas e diretora de um grupo de pesquisa que tenta fazer da Internet um lugar mais civilizado para o debate. Stroud desenvolveu uma alternativa para a baixaria nos comentários do Facebook: trocar o botão “curtir” por “respeitar”. “Nos nossos experimentos, vimos que as pessoas tinham tendência a clicar no botão ‘respeitar’ para visões políticas de que elas discordavam, para respeitá-las, não curti-las”, afirmou.
(Via National Journal)

Ataques ao Estado Brasileiro

Petróleo e ataque ao Estado brasileiro

Gosto de separar os macroeventos, de importância magna e efeitos duradouros, dos eventos menores, de importância e efeito restritos. Os roubos ocorridos na Petrobras e recém-descobertos deixam os atuais adultos perplexos. No futuro, quando as crianças que nascem hoje forem adultas, estes roubos não terão existido. Entretanto, o Pré-Sal estará jorrando petróleo por cerca de 50 anos, ou seja, durante duas gerações. Através de plano minuciosamente arquitetado e em fase de execução, busca-se subtrair dos brasileiros os usufrutos do Pré-Sal.

Sobre o roubo ocorrido na Petrobras, ladrões domésticos, sedentos por riqueza e poder, são personagens da novela macabra, que a população brasileira assiste no noticiário diário, escandalizada e atônita. A novidade é que eles, com o advento da delação premiada, têm a capacidade de incluir versões que podem comprometer, de forma mentirosa, qualquer cidadão. Como era de se esperar, a grande mídia, onde a maioria da população se informa, faz uma cobertura tendenciosa. Curiosamente, esta mídia reivindica o direito de continuar influenciando a sociedade em uma única direção, o que ela chama de “liberdade de expressão”.

No silêncio sepulcral que acoberta o maior roubo do momento, que a população nem desconfia da existência, faço esta denúncia. Em primeiro lugar, o império e o capital internacional se amaldiçoam pelo fato de a natureza ter formado o Pré-Sal no hemisfério sul e em um país não totalmente submisso. Tendo ocorrido, inesperadamente, o imbróglio na Petrobras, os dois entes citados aproveitam o momento de extrema emoção da sociedade e começam, com auxílio da sua mídia, a criar conceitos e legislações que irão comprometer nosso bem mais valioso, o Pré-Sal.

Assim, é ouvido que, se a Petrobras fosse privatizada, o roubo acabaria. Explico que, com a privatização, o roubo só iria ficar maior e institucionalizado. Também, um político representante do capital internacional prega, despudoradamente, a não obrigatoriedade de a Petrobras ter 30% de todos os consórcios do Pré-Sal e ser a única operadora desta área. Ele também quer o término da política de conteúdo local.

O ponto principal que pretendo transmitir é que existe toda sorte de ataques contra o Estado brasileiro e a mídia só quer difundir, a seu modo, os eventos da Petrobras, satisfazendo aos interesses externos e conquistando votos para a eleição de presidente de 2018. Enquanto isso, o Estado brasileiro vai sendo usurpado. A atuação atabalhoada dos nossos poderes, meio perdidos, também não está ajudando.

O Executivo resolve colocar a engenharia brasileira como inidônea, e não só os dirigentes corruptos das principais empresas de engenharia. Estes corruptos que paguem pelos seus malfeitos perante a Justiça, mas não as empresas e toda a cadeia de fornecedores que elas alimentam. Neste instante, a mídia entreguista sugere a contratação de empresas de engenharia estrangeiras, sem a mínima informação para a população sobre o que isto representa. Não se fala que matar as empresas brasileiras de engenharia significa só ter especificações das compras, que levam ao mercado externo.

Significa também destruir o conhecimento acumulado nestas empresas, graças ao esforço de anos, que lhes permite, inclusive, competir no exterior. Será que pensam que pode existir alto índice de desenvolvimento de um país sem existirem empresas nacionais de engenharia e de desenvolvimento tecnológico?

A Justiça, graças ao excessivo rigor da sua atuação, sem avaliar todos os impactos das suas decisões, pode estar causando desemprego. Certamente, as investigações devem ser aprofundadas e os comprovados corruptos devem pagar exemplarmente por seus crimes. Mas, nos Estados Unidos, em 2008, quando começou a quebradeira de instituições financeiras, graças à crise do subprime, o governo deste país salvou empresas causadoras da crise, pois não quis contaminar toda a economia.

O Legislativo criou uma nova CPI da Petrobras, contrariando o usual procedimento para criação de uma CPI. O comum é a imprensa divulgar fatos comprometedores, uma CPI ser criada e, depois, a Polícia Federal e o Ministério Público serem acionados. No presente caso, estes últimos já atuaram e continuam atuando. Não deverá aparecer nada de novo. O objetivo verdadeiro da CPI é servir para reverberar fatos antigos e não os deixar cair no esquecimento. Esta CPI se enquadra como ação da luta pelo poder em 2018 e os que a criaram estão pouco se importando se este fato irá diminuir a força da Nação no quadro internacional.

A tese de Henry Kissinger de indução secreta para a criação de inimigos internos nos países do Cone Sul da América Latina, como forma de enfraquecimento das eventuais coalizões nacionais destes povos, teve sucesso durante os 21 anos da ditadura brasileira, quando se combatia uma força comunista impotente, quase inexistente. Desta forma, pode-se imaginar que, hoje, grupos políticos atuantes no Brasil podem estar recebendo apoio da CIA ou da NSA, por exemplo, para se contraporem à formação de uma unidade nacional de objetivos socialmente atraentes.

É custoso invadir o Brasil militarmente para ter as bases de apoio em terra para a exploração e produção do Pré-Sal. Portanto, é mais barato, e melhor para divulgação na mídia internacional, que um partido existente no Brasil ganhe as eleições, tome o poder e, depois, a lei dos contratos de partilha seja derrubada e rodadas de leilões de entrega do petróleo nacional sejam realizadas. Assim, uma ação de inteligência muito atraente pode se ter congressistas e mandatários brasileiros como devedores de contribuições de campanhas.

No London Review of Books, foi publicado o artigo “It’s the Oil” de Jim Holt de 2007, no qual ele afirma que: “O Iraque tem 115 bilhões de barris de reservas de petróleo conhecidas. (...) E, por causa de seu longo isolamento, é a menos explorada das nações ricas em petróleo do mundo. (...) Foi estimado pelo ‘Council on Foreign Relations’ que o Iraque pode ter mais 220 bilhões de barris de petróleo não descobertos. (...) O valor do petróleo do Iraque, em grande parte leve e com baixo custo de produção, seria da ordem de US$ 30 trilhões aos preços de hoje. Para efeito de comparação, o custo total projetado da invasão e ocupação dos EUA é de cerca de US$ 1 trilhão. Os custos são desprezíveis quando comparados aos US$ 30 trilhões de riqueza petrolífera. A guerra assegurou a supremacia geopolítica norte-americana e gasolina barata para os eleitores. Em termos de realpolitik, a invasão do Iraque não é um fiasco e, sim, um retumbante sucesso”.

A afirmação de Alan Greenspan, ex-presidente do Federal Reserve dos Estados Unidos, no seu livro de memórias, também é reveladora: “Entristece-me que seja politicamente inconveniente reconhecer o que todos sabem: a guerra do Iraque é, sobretudo, por causa do petróleo”.

Obviamente, todos os corruptos do escândalo da Petrobrás devem ser julgados com as provas conseguidas, mas é primordial não se cair na manipulação da mídia para entregar o Pré-Sal, como o capital internacional e o país hegemônico desejam. Ele é um dos últimos redutos de soberania que nós, brasileiros, temos. É interessante notar que o capital internacional, não havendo a possibilidade de a Petrobras ser privatizada, quer que ela continue atuando no Pré-Sal, porém, associada às suas empresas, porque sabe que ela descobre petróleo.

Aliás, um representante deste capital internacional, quando perguntado se a Petrobras iria se soerguer depois do escândalo, respondeu que sim, porque “ela tem um excelente quadro técnico e muitas reservas”. Fiquei esperando ele dizer: “ambos conquistados graças ao monopólio estatal”. Mas isso ele nunca dirá, apesar de saber.

Segundo a antiga diretoria da Petrobras, o roubo na empresa foi de US$ 4 bilhões a US$ 5 bilhões. O Pré-Sal possui, possivelmente, mais uns 100 bilhões de barris de petróleo, a serem ainda descobertos. Sendo conservador, se for usado o preço médio do barril, para um período de 50 anos, de US$ 80, o petróleo a descobrir vale US$ 8 trilhões. Então, o brasileiro deve dar mais importância ao roubo da Petrobras ou ao roubo do Pré-Sal, cujo prejuízo potencial é 2 mil vezes maior?

Paulo Metri

Pense nesta PEC!!

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Comissão aprova que igrejas possam questionar leis no STF

da Agência Câmara

João Campos, autor do projeto, é líder
da Frente Parlamentar Evangélica
A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira, 27, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 99/11, do deputado João Campos (PSDB-GO), que inclui as entidades religiosas de âmbito nacional entre aquelas que podem propor ação direta de inconstitucionalidade e ação declaratória de constitucionalidade ao Supremo Tribunal Federal (STF)

Entre estas entidades estão, por exemplo, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil e a Convenção Batista Nacional. A PEC será analisada por uma comissão especial e, em seguida, votada em dois turnos pelo plenário.

Atualmente, só podem propor esse tipo de ação o presidente da República, a mesa do Senado Federal, a mesa da Câmara dos Deputados, a mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal, governadores de Estado ou do Distrito Federal, o procurador-geral da República, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, partidos políticos com representação no Congresso Nacional e confederações sindicais ou entidades de classe de âmbito nacional.

Para João Campos, a PEC significa uma “ampliação da cidadania e do acesso à Justiça”. “Alguns temas dizem respeito diretamente às entidades religiosas. A questão da imunidade tributária, por exemplo, assim como a liberdade religiosa e o ensino religioso facultativo, entre outros. Se tivermos em algum momento alguma lei que fere um desses princípios não teríamos como questionar isso no Supremo. Com a proposta, estamos corrigindo uma grave omissão em que o constituinte incorreu ao deixar essa lacuna”, argumentou o autor da PEC 99/11.





Bancada evangélica é ovo do nazismo, afirma frei Betto 
novembro de 2013


Religião na política

3,4 milhões de votos de eleitores desonestos são invalidados nas eleições de 2014, quantos milhões foram validados?!! E quantos milhões de desonestos estão nas redes sociais e nas ruas condenando outros desonestos?!! Comportamento de brasileiros que nem Freud conseguiria explicar!!

3,4 milhões de votos de eleitores desonestos são invalidados

3,4 milhões de votos de eleitores desonestos são invalidados, quantos milhões foram validados?!! E quantos milhões de desonestos estão nas redes sociais e nas ruas condenando outros desonestos?!!

Comportamento de brasileiros que nem Freud conseguiria explicar!!

 

Barrados pela Justiça perderam 3,4 milhões de votos

Ficha limpa e outros problemas no registro de candidatos fizeram Justiça anular votos recebidos de quase 6 mil políticos. PMDB, PT e PSDB são os partidos com mais barrados
Marcelo Camargo/ABr
Apenas a Lei da Ficha Limpa barrou mais de mil candidatos por todo o país nas eleições deste ano
Mesmo concorrendo com o registro negado pela Lei da Ficha Limpa e outros problemas, como falta de documentos e atraso em pagamento de multas, quase 6 mil candidatos receberam 3,4 milhões de votos nas eleições de domingo passado. Levantamento do Congresso em Foco baseado em informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostra que boa parte dos candidatos barrados por decisões judiciais ainda estão sub júdice, esperando a análise de um recurso para reverter a decisão inicial. Veja aqui a relação de todos os candidatos que a Justiça barrou
PMDB, PT e PSDB são os partidos com mais barrados
Candidatos renunciam e até morrem, mas recebem votos
Candidatos barrados pela Ficha Limpa
Pesquise aqui os seus candidatos para o segundo turno
Tudo sobre as eleições 2012
Tudo sobre a Lei da Ficha Limpa
O candidato mais votado entre os que concorreram com registro barrado é Celso Giglio (PSDB). Deputado estadual, ele disputou a prefeitura de Osasco contra outros cinco candidatos. Seu principal adversário foi Jorge Lapas (PT), que substituiu o deputado João Paulo Cunha (PT-SP) na corrida. Cunha desistiu de concorrer após ser condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo do mensalão. Giglio teve as contas da prefeitura de 2004 rejeitadas pelo Tribunal de Contas e pela Câmara de Vereadores
Mesmo barrado pela ficha limpa, Giglio teve votos suficientes para ter o melhor desempenho entre os candidatos em Osasco. Ele recebeu 149.579 votos contra 138.435 de Lapas. Ontem (11) à noite, ele tentou rever sua situação com um recurso apresentado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Foi uma armação dos meus adversários”, disse Giglio, em entrevista ao Congresso em Foco. Ele afirma que Lapas e João Paulo manobraram para que a Câmara de Vereadores rejeitasse as suas contas. Tal argumentação, porém, não sensibilizou o TSE. Seu recurso foi rejeitado.
TSE rejeita recurso de candidato de Osasco
Cidade de João Paulo, Osasco tem 42% de votos nulos
A decisão de rejeitar o recurso de Giglio foi tomada por unanimidade pelo TSE. Em decisão antes da eleição, eles haviam definido que, para a ficha limpa ter efeito contra um candidato com as contas rejeitadas, a Câmara de Vereadores precisava confirmar o parecer dado pelo Tribunal de Contas. Foi o que aconteceu com Giglio. Agora, resta a ele recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF). Uma reversão na decisão fará com que haja segundo turno em Osasco. O recurso, no entanto, não é automático. É preciso, antes, passar pelo crivo da presidenta do TSE, Cármen Lúcia. Ela analisa se estão presentes questões constitucionais que só podem ser julgadas pelo Supremo. Em caso positivo, envia para a mais alta corte do país.
A situação ocorrida em Osasco e em outras cidades do país é decorrência das regras da legislação eleitoral. Quando um político tem problema no seu registro – seja por condenações criminais, por não ter pago multas eleitorais anteriores ou por falta de documentos, por exemplo –, ele pode continuar a fazer campanha e recorrer da decisão judicial que não liberou sua candidatura. No dia da eleição, se o candidato está barrado, os votos dados a ele são considerados nulos. Se ele, depois, consegue reverter a sua situação, os votos são restabelecidos, e podem alterar o resultado da disputa.
OS BARRADOS PELA JUSTIÇA

Cidade Candidato Votos
Osasco (SP) Celso Antonio Giglio (PSDB) 149.579
Criciúma (SC) Clesio Salvaro (PSDB) 86.016
Novo Hamburgo (RS) Tarcísio João Zimmermann (PT) 67.283
Cabo Frio (RJ) Alair Francisco Corrêa (PP) 58.278
Joinvile (SC) Carlito Merss (PT) 57.493
Gravataí (RS) Daniel Luiz Bordignon (PT) 40.769
Limeira (SP) Lusenrique Quintal (PSD) 40.205
Guarapari (ES) Edson Figueiredo Magalhães (PSD) 39.027
Passo Fundo (RS) Osvaldo Gomes (PMDB) 32.574
Campos dos Goytacazes (RJ) Arnaldo França Vianna (PDT) 31.436

Os quase seis mil barrados pela justiça (a relação não traz os nomes dos municípios de cada candidato)
No total, em todo o país, foram 9,1 milhões de votos nulos. Nesta conta entram aqueles em que os eleitores não se sentem representados pelos candidatos e decidem anular e também os recebidos por candidatos com registros indeferidos. Do total, 3,4 milhões foram anulados pela própria Justiça, por se tratarem de votos dados a candidatos barrados por algum motivo.
Segundo a vice-procuradora-geral eleitoral, Sandra Cureau, a quantidade de processos foi multiplicada com a aplicação da Lei da Ficha Limpa. “A Lei da Ficha Limpa mudou muito o cenário político, até porque não precisa mais de decisão transitada em julgado. Basta uma decisão de órgão colegiado”, afirmou.
Saiba mais sobre o Congresso em Foco

sábado, 14 de março de 2015

NO BRASIL OS PRINCIPAIS ACUSADORES TAMBÉM SÃO OS PRINCIPAIS ACUSADOS - Como posso acreditar no acusador?!

A Agência PT de Notícias publicou texto neste sábado (14) um texto que trata sobre a lista dos nomes brasileiros com contas no HSBC na Suíça, "um dos maiores esquemas de evasão fiscal e de divisas já relevados no mundo". "A relação traz representantes de grandes grupos de comunicação no País. Dentre eles, Folha, Globo, Abril, Bandeirantes, Verdes Mares, Rede Transamérica e outros arautos da moralidade", pontua. (Com o 247)

Abaixo o texto na íntegra:

Nesta madrugada, foi divulgada a lista com os nomes de brasileiros com contas no HSBC da Suíça, envolvidos num dos maiores esquema de evasão fiscal e de divisas já revelados no mundo. A relação traz representantes de grandes grupos de comunicação no País. Dentre eles, Folha, Globo, Abril, Bandeirantes, Verdes Mares, Rede Transamérica e outros arautos da moralidade.

O material foi divulgado após as manifestações em defesa da democracia, realizadas nesta sexta-feira por movimentos sindicais e sociais de todo o Brasil, e à véspera dos atos marcados para 15 de março, numa estratégia para tentar diminuir a repercussão do caso junto à sociedade.

A lista mais recente, divulgada pelo jornalista Fernando Rodrigues e pelo site do jornal “O Globo”, contém o nome do já falecido empresário Otávio Frias, fundador do Grupo Folha, e de seu filho, Luís Frias, um dos donos do Uol, como beneficiário de conta no paraíso fiscal.

O material também revela o nome de Lily Marinho, viúva de Roberto Marinho, da Globo, morta em 2011, com nada menos que US$ 750,2 mil. O material caiu como uma bomba dentro da organização que tentou desviar a atenção do caso relacionando o ex-marido de Lily, Horácio de Carvalho, morto em 1983, aos recursos.

Quatro integrantes da família Saad, da Rede Bandeirantes, também mantinham contas no HSBC, em Genebra. São eles, João Jorge Saad, a empresária Maria Helena Saad Barros, Ricardo Saad e Silvia Saad Jafet.

A conta de José Roberto Guzzo, colunista e membro do conselho editorial da Abril, um dos mais raivosos contra o governo e o Partido dos Trabalhadores, também foi revelada.

O apresentador do SBT, Carlos Massa, conhecido como Ratinho, manteve a bagatela de US$ 12,4 milhões nos cofres suíços.

Mona Dorf, jornalista ligada à Rádio Eldorado, tinha US$ 310 mil na conta.

Arnaldo Bloch, do extinto grupo Manchete, também foi correntista, assim como a família Dines, que, à época, manteve US$ 1,3 milhão no banco suíço.

Com US$ 120,5 milhões, Aloysio de Andrade Faria, dono da Rede Transamérica, tem a maior soma das contas. Em suas rádios críticas contra à corrupção são comuns por parte de seus jornalistas e apresentadores.

Depois dele, aparecem Yolanda Queiroz, Lenise Queiroz Rocha, Paula Frota Queiroz e Edson Queiroz Filho, do grupo Verdes Mares, que retransmite a Globo no Ceará, com US$ 83,9 milhões.

Ao Blog do Fernando Rodrigues, do Uol, todos eles disseram não terem cometido irregularidades. Além deles, aparece na lista Luiz Fernando Levy, que quebrou a Gazeta Mercantil, deixando dívidas tributárias e trabalhistas. Os registros indicam que 14 contas já estavam encerradas em 2007, quando os dados vazaram.

No Senado, a CPI do HSBC aguarda a indicação dos membros pelos partidos para que as investigações sobre o caso sejam iniciadas.




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a guerra de desinformação

A grande mídia de Direita (Globo, Folha, Band) e a guerra de desinformação sobre a Venezuela

  

 
1º Quando a Rede Globo teve engolir seu próprio veneno fascista por meio da lucidez acadêmica - extraído da Rede Brasil Atual


Entre Aspas

Uma aula de Venezuela e um pito na Globo, em plena Globo

Em debate na Globonews, Igor Fuser, professor de Relações Internacionais da UFABC, explica a crise, derruba o mito da ‘falta de liberdade’ no país vizinho e desnuda a parcialidade da imprensa.
Texto de Paulo Donizetti de Souza, da RBA publicado 19/02/2014 14:30, última modificação 19/02/2014 18:47
 

Igor: "Em 15 anos de chavismo nunca vi uma notícia positiva. Será que os venezuelanos são burros"?
São Paulo – O professor de Relações Internacionais da USP José Augusto Guillon e a apresentadora Mônica Waldvogel, do programa Entre Aspas, da Globonews, chegaram ao limite da gagueira, ontem (18), durante debate a respeito da crise na Venezuela com a participação do jornalista Igor Fuser, do curso de Relações Internacionais da Universidade Federal do ABC (UFABC). O debate começa dirigido, ao oferecer como gancho para a discussão a figura de Leopoldo López, o líder oposicionista acusado de instigar a violência nos protestos das últimas semanas, e preso ontem.

Diz a narração de abertura: “Ele é acusado de assassinato, vandalismo e de incitar a violência. Mas o verdadeiro crime de Lopez, se podemos chamar isso de crime, foi convocar uma onda de protesto contra o governo de Nicolás Maduro. Protestos seguidos de confrontos que deixaram quatro mortos e dezenas de feridos”. E segue descrevendo que a violência política decorre da imensa crise no país – inflação, falta de produtos nas prateleiras, criminalidade em alta. Ainda no texto de abertura, na voz de Mônica, o governo é acusado de controlar a economia e a Justiça, pressionar a imprensa e lançar milícias chavistas contra dissidentes. E encerra afirmando que Leopoldo Lopez, na linha de frente, reivindica canais de expressão para os venezuelanos, e abrem-se as aspas para Lopez: “Se os meios de expressão calam, que falem as ruas”.

Do início ao fim do debate, com serenidade e domínio sobre o assunto, Igor Fuser leva a apresentadora e o interlocutor às cordas. Reconhece as dificuldades políticas do presidente Nicolás Maduro e a divisão da sociedade venezuelana. Mas corrige os críticos, ao enfatizar que o país vive uma democracia, e opinar que a campanha liderada por López é “golpista”, ao ter como mote a derrubada do governo legitimamente eleito com mandato até 2019.

Fuser informa que em dezembro se cristalizou um processo de diálogo entre governo e oposição, então liderada por Henrique Capriles, derrotado nas duas últimas eleições presidenciais por margem muito pequena de votos. E que a disposição ao diálogo levou a direita mais radical a isolá-lo, permitindo a ascensão de figuras como Leopoldo López. Indagado se não seria legítimo as manifestações da ruas pedirem a saída do governo, como foi no Egito ou está sendo na Ucrânia, o professor da UFABC resume que as manifestações na Ucrânia são conduzidas por nazistas, e no Egito a multidão protestava contra uma ditadura. Lembra que na Venezuela houve quatro eleições nos últimos 15 meses, que o chavismo venceu todas no plano federal, mas que as oposições venceram em cidades e estados importantes, governam normalmente e as instituições funcionam, e que a Constituição é cumprida.

Questionado sobre a legitimidade da Constituição – que teria sido sido aprovada apenas por maioria simples – informou que a Carta, depois de passar pelo Parlamento, foi submetida a referendo popular e aprovada por 80% dos venezuelanos – o que inclui, portanto, mais da metade dos que hoje votam na oposição. E à ironia dos debatedores, de que seria paranoia das esquerdas acusar os Estados Unidos de patrocinar uma suposta tentativa de golpe, esclareceu: os Estados Unidos estiveram por trás de tantos golpes da América Latina – na Guatemala nos anos 1950, no Brasil em 1964, no Chile em 1973, na própria Venezuela em 2002 – que não é nenhum absurdo supor que estejam por trás de mais um. E que também não é absurdo, em nenhum país do mundo, expulsar diplomatas que se reúnem com a oposição como se fossem dela integrantes.

O jornalista desmontou também os argumentos de que o país sofre de ausência de liberdade de expressão. Disse que o governo dispõe, de fato, de jornais, canais de rádio e de televisão importantes, mas que dois terços dos veículos de imprensa da Venezuela são controlados por forças oposicionistas. E que o que existe na Venezuela seria, portanto, a possibilidade de contraponto. E Fuser foi ferino no exemplo dos problemas que a ausência de diversidade nos meios de comunicações causam à qualidade da informação: “Sou jornalista de formação e nunca vi nem na Globo nem nos jornais brasileiros uma única notícia positiva sobre a Venezuela. Uma única. A gente pode ter a opinião que a gente quiser sobre a Venezuela, é um país muito complicado. Agora, será que em 15 anos de chavismo naõ aconteceu nada positivo? Eu nunca vi. Não é possível que só mostrem o que é supostamente ruim. Cadê o outro lado? Será que os venezuelanos que votaram no Chávez e no Maduro são tão burros, de votar em governo que só faz coisa errada?”

Vale a pena assistir aos 26 minutos de programa. Essa crítica à Globo em plena Globo está nos dois minutos finais.

E fecha aspas! Fecha aspas!

2º A Guerra de Desinformação da imprensa Golpsta - Extraído do Vi  o Mundo


Rodrigo Vianna: No Brasil e na Venezuela, a guerra da desinformação

publicado em 17 de fevereiro de 2014 às 18:35


 


Black Bloc venezuelano, na concepção de Vitor Teixeira

A batalha da América Latina

Brasil e Venezuela: a guerra da informação

publicada domingo, 16/02/2014 às 21:16 e atualizada segunda-feira, 17/02/2014 às 14:00

por Rodrigo Vianna, em seu blog

São tristes, preocupantes, mas não chegam a surpreender as cenas de violência e confronto aberto na Venezuela. Nos últimos 6 anos, estive lá cinco vezes – sempre na função de jornalista. Há um clima permanente de conflagração.

As TVs privadas, com amplo apoio das classes médias e altas, tentaram dar um golpe em 2002 contra Hugo Chavez (sobre isso, há umdocumentário excelente – “A Revolução Não Será Televisionada”). Chavez resistiu ao golpe com apoio dos pobres de Caracas – que desceram os morros para apoiá-lo – e de setores legalistas do Exército. Desde então, o chavismo se organizou mais, criou uma rede de TVs públicas para se contrapor ao “terror midiático” (como dizem os chavistas), e se organizou  no PSUV (ainda que o Partido Comunista, também chavista, tenha preferido manter sua autonomia organizacional).

Jornais e meios de comunicação jamais tramaram golpes no Brasil com apoio da CIA…

É preciso lembrar que TVs e revistas brasileiras (Globo e Veja) comemoraram o golpe contra Chavez em 2002 – e se deram mal porque ele voltou ao poder 2 dias depois.

Nas ruas de Caracas, ano a ano, só senti o clima piorar. Confronto permanente. Acompanhei na região de Altamira, em Caracas, o ódio da classe média pelos chavistas. Com a câmera ligada, eles não se atrevem a tanto, mas em conversas informais surgiam sempre termos racistas para se referir a Chavez – que tinha feições indígenas, mestiças, num país desde sempre dominado por uma elite (branca) que controlava o petróleo.

O chavismo tinha e tem muitos problemas: dependia excessivamente da figura do “líder”, a gestão do Estado é defeituosa, há problemas concretos (coleta de lixo, segurança etc). Mas mesmo assim o chavismo significou tirar o petróleo das maõs da elite que quebrou o país nos anos 80. Além disso, enfrenta o boicote econômico permanente de uma burguesia que havia se apropriado da PDVSA (a gigante do Petróleo venezuelana).

O chavismo sobreviveu à morte de Chavez. O chavismo, está claro, não é uma “loucura populista” ou uma “invenção castrista” – como querem fazer crer certos comentaristas na imprensa brasileira. O chavismo é o resultado de contradições e lutas concretas do povo venezuelano – lutas que agora seguem sob o comando de Nicolas Maduro, que evidentemente não tem o mesmo carisma do líder original.

Vejo muita gente dizer que o “populismo” chavista quebrou a Venezuela. Esquecem-se que a economia venezuelana cambaleava muito antes de Chavez. Esquecem-se também que o tenente-coronel Hugo Chavez Frias não inventou a multidão nas ruas. A multidão é que inventou Chavez. A multidão precedeu Chavez. Em 89, o governo neoliberal de Andres Perez ameaçou subir as tarifas públicas – seguindo receituário do FMI. O povo foi pra rua, sem nenhuma liderança, noCaracazo (uma rebelião impressionante que tomou as ruas da capital).

O chavismo foi a resposta popular à barbárie liberal, foi uma tentativa de dar forma a essa insatisfação diante do receituário que vinha do Norte. Os responsáveis pela barbárie liberal tentam agora retomar o poder – com apoio dos velhos sócios do Norte. E nada disso surpreende…

O que assusta é o nível dos comentários sobre a Venezuela nos portais de notícia brasileiros.
Há pouco, eu lia uma postagem do “Opera Mundi” (sítio de esquerda, mas hospedado no UOL). Quem tiver estômago pode conferir as pérolas dos leitores… Resumo abaixo algumas delas:

– “A VENEZUELA SERÁ PALCO DA PRIMEIRA GUERRA CIVIL PLANEJADA PARA A TOMADA DO PODER COMUNISTA NA AMÉRICA LATINA.”

– “O chavismo conseguiu levar a Venezuela à falência. Um país sem papel higiênico e muita lambança comunista para limpar.”

– “Aquele pais virou um verdadeiro lixo, podia ser uma potencia de tanto petroleo que tem, mas o socialismo acabou com tudo. O que sobrou foi uma latrina gigante.”

– “Vai morar na Venezuela então , por mim os venezuelanos tem que matar o maduro.”

– “É fácil quando a eleição é manipulada. Maduro ganhou pq roubou a eleição como foi comprovado.”

Envenenados pela “Veja”, “Globo” e seus colunistas amestrados, esses leitores são incapazes de pensar por conta própria. Repetem chavões anticomunistas, e seriam capazes de implorar pela invasão da Venezuela pelos EUA.

Desconhecem a história da Venezuela pré-Chavez… Não sabem o que é a luta pela integração da América Latina – diariamente combatida pelos Estados Unidos.

Se Maduro sofrer um golpe, se os marines desembarcarem em Caracas, muitos brasileiros vão aplaudir e comemorar. Não são ricos, não são da “elite”. São pobres. Miseráveis, na verdade. Indigentes em formação. Vítimas da maior máquina de desinformação montada no Brasil: o consórcio midiático (Globo/Veja/Folha e sócios minoritários) que Dilma pretende enfrentar na base do “controle remoto”.
A América Latina pode virar, nos próximos anos, mais um laboratório das técnicas de ocupação imperialista adotadas no século XXI. Terror midiático, ataques generalizados à “política”, acompanhados de ações concretas de boicote e medo – sempre que isso for necessário.

Não é à toa que movimentos “anarquistas” e “contra o poder” tenham se espalhado justamente pelos países que de alguma forma se opõem aos interesses dos Estados Unidos.

O imperialismo não explica, claro, todos os problemas de Venezuela, Brasil, Argentina. Temos nossas mazelas, nossa história de desigualdade e iniquidade. Mas o imperialismo explica sim as seguidas tentativas de bloquear o desenvolvimento independente de nossos países.

A morte de Vargas no Brasil em 1954, a derrubada de Jacobo Arbenz na Guatemala no mesmo ano, e depois a sequência de golpes no Brasil, Uruguai, Argentina e Chile (anos 60 e 70) são exemplos desse bloqueio permanente. Não é “teoria conspiratória”. É a História, comprovada pelos documentos que mostram envolvimento direto da CIA e da Casa Branca nos golpes.

A Venezuela não precisou de golpes. Porque tinha uma elite absolutamente domesticada. Com Chavez, essa história mudou. A vitória de Chavez foi o começo da “virada” na América do Sul.

Os Estados Unidos e seus sócios locais empreendem agora um violento contra-ataque. Na Venezuela, trava-se nas ruas um combate tão importante quanto o que se vai travar nas urnas brasileiras em outubro. Duas batalhas da mesma guerra. E pelo que vemos e lemos por aí, o terror midiático fez seu trabalho de forma eficiente: há milhares de latino-americanos dispostos a trabalhar a favor da “reocupação”, da “recolonização” de nossos países.

Por isso, essa é uma guerra que se trava nas ruas, nas urnas e também nos meio de Comunicação. Uma guerra pelo poder nunca deixa de ser também uma guerra pelos símbolos, uma guerra pela narrativa e pela informação.

3 - Quando um professor inglês deu uma lição num coxinha britânico:



Leia também:

FrancoAtirador: Como a Veja transformou Sininho em líder dos black blocs

A difícil tarefa de explicar o óbvio

Combate à corrupção: A difícil tarefa de explicar o óbvio…

Policia_Federal06
Somando os governos Lula e Dilma, foram 2.226 operações da Polícia Federal contra crimes do colarinho branco, contra apenas 48 operações na era FHC.
Robson Leite, via Carta Maior
Meu querido companheiro e amigo Juarez Guimarães, professor da UFMG, conta uma interessante e pedagógica história que ajuda muito na leitura e compreensão do atual momento em que vivemos no país: “imagine uma casa muito antiga – do início do século passado – que nunca sofreu qualquer tipo de limpeza, reforma ou dedetização. Ao ser vendida, o novo dono decide fazer uma faxina geral e uma dedetização em todos os cômodos dessa casa. Com essa ação, surgem centenas de ratos, baratas, aranhas e cupins para tudo que é lado, passando a sensação de que a casa está mais suja e infestada de insetos e bichos do que antes. Claro que se trata de uma falsa impressão, pois na verdade o que se está fazendo é uma limpeza de verdade, como nunca fora feita nos quase 200 anos de existência daquela casa”. Essa história retrata bem o que acontece hoje em nosso país. Porém, infelizmente, boa parte da nossa sociedade, influenciada por um setor da mídia que deseja desgastar o governo de qualquer maneira, acredita que o país esteja mais corrupto, quando na verdade o que se está fazendo é um combate efetivo à corrupção como nunca se viu em nossa história.
Vamos analisar, por exemplo, o recente caso de corrupção cometido por alguns servidores da Petrobras. Esse caso foi descoberto por mais uma operação da Polícia Federal que, assim como nos últimos 12 anos, atuou de maneira independente e autônoma. É evidente que essa condição é mais do que uma obrigação em um estado democrático de direito, uma vez que o combate efetivo à corrupção se dá nesses princípios, mas o problema é que em um passado não muito distante, mais precisamente no governo FHC, não era assim; basta lembrar os diversos casos de corrupção daquele período em que a Polícia Federal não agia, já que os delegados responsáveis pela investigação, quando desagradavam os “interesses do governo”, eram “transferidos compulsoriamente” para outros estados.
A mudança de postura da Polícia Federal, que acabou se tornando uma marca dos dois últimos governos no que tange o combate à corrupção, refletem-se nos números: foram mais de mil operações contra os chamados “crimes do colarinho branco” apurados pela Polícia Federal só no Governo Lula (somando os governos Lula e Dilma foram 2.226 operações!) contra apenas 48 operações na era FHC. Detalhe importante: nenhuma dessas investigações da era Tucana foi contra o governo, já que todas as denúncias daquela época (e eram muitas) foram arquivadas pelo procurador-geral da República – que chegou a ganhar o apelido de “engavetador-geral da República”. Triste página da nossa história que só colaborou com o aumento da impunidade.
Também cabe destacar, dentro desse contexto, que todos os casos de corrupção até agora descobertos pela Polícia Federal tem origem no financiamento empresarial das campanhas políticas. O que soa estranho é que raramente encontramos editoriais dos grandes jornais pautando a proibição do financiamento privado de campanhas ou sugerindo uma reforma política que enfrente esse assunto. A própria proposta da Coalização Democrática, elaborada pela OAB e que traz significativos avanços na legislação eleitoral, não encontra espaço nesse debate dentro dos grandes jornais. Será que o mesmo grande capital privado que financia campanhas, amarrando compromissos políticos, também não financia os grandes jornais e redes de tevê e rádio de forma a impedir ou deturpar o debate sobre o financiamento público de campanhas e até de outros temas? Neste caso, é exemplar a história sobre a lista com milhares de milionários brasileiros que têm contas na Suíça e que não recebeu nenhuma atenção por parte da dita grande imprensa brasileira.
Há outro elemento na questão do combate à corrupção que não pode ficar de fora dessa análise e que é muito bem exemplificado em uma situação bastante curiosa que aconteceu recentemente comigo. Ao pegar um táxi no centro da cidade há alguns dias, o motorista reclamou sistematicamente da “corrupção generalizada do atual governo”. Era contundente e duro dizendo que “todos os limites éticos foram superados”. O curioso foi que ele fazia esses comentários ao mesmo tempo em que trafegava pelo acostamento, fechava os demais veículos mudando de faixa e chegou ao cúmulo de, no final da viagem, perguntar “se eu queria recibo e qual o valor que ele deveria preencher no mesmo”. Evidentemente que eu respondi para ele colocar o valor exato do taxímetro, pois eu, assim como ele, não tolerava nenhum tipo de desvio ético. Esse exemplo que eu trago é para mostrar também que a corrupção, agora descoberta e pela primeira vez combatida efetivamente pelos dois últimos governos, não é restrita aos agentes públicos. Ela está inserida na sociedade.
Precisamos ser intolerantes com a corrupção como um todo! Jogar fora os equivocados princípios do terrível dito popular que diz: “farinha pouca, meu pirão primeiro”; precisamos refletir sobre o nosso papel como cidadãos, que vai desde a educação dos nossos filhos, passando pela relação que estabelecemos com os nossos vizinhos e chegando, inclusive, à nossa postura profissional em nossos empregos. Devemos fazer como dizia Gandhi: “ser a mudança que queremos no mundo”, e isso vale tanto para as coisas mais simples do cotidiano como as maiores e mais complexas na organização de uma sociedade.
Robson Leite é funcionário concursado da Petrobras, tendo sido deputado estadual pelo PT do Rio de 2011 a janeiro de 2014 e autor da Emenda à Constituição do Estado do Rio de Janeiro que garante o ficha limpa para todos os cargos de livre-nomeação e para todos os conselheiros do TCE/RJ.

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