Estamos a poucos dias do primeiro aniversário das “jornadas de junho”. Naquele momento, protestos contra os aumentos nas já abusivas tarifas de ônibus serviram como fagulha que fez o Brasil explodir em diversas manifestações massivas, expressando um conjunto de insatisfações da população brasileira e rompendo com o discurso oficial de que as coisas iam “muito bem, obrigado”. Isto possibilitou um salto de qualidade no processo de consciência política a vários trabalhadores.
Desde então, intensificou-se a disputa ideológica na sociedade: de um lado da trincheira, a burguesia, através principalmente de seus representantes políticos, movimentos de direita e meios de comunicação de massa, não poupou esforços no objetivo de direcionar setores espontâneos e ativistas desorganizados com bandeiras moralistas/ conservadoras, tratando manifestantes populares como criminosos visando justificar a brutal repressão policial. Além disso, fascistas e neonazistas estiveram em protestos para atacar comunistas, socialistas, movimentos de sem terra, sem teto e outros.
Do outro lado, o proletariado, por meio de movimentos sociais organizados, sindicatos combativos, partidos de esquerda, etc., tratou de denunciar nas ruas a verdadeira causa de sua revolta: quando o assunto era educação, saúde e transporte públicos, os governos diziam que não havia dinheiro para atender às exigências dos trabalhadores. Porém, para atender às exigências da FIFA e empresas associadas ao seu Mundial, para a Copa dos ricos, o dinheiro apareceu e muito rapidamente! E todos sabemos de onde veio: do nosso bolso! O custo de vida sobe, nós pagamos a conta! Produzimos riqueza e não desfrutamos
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Nesse contexto, os profissionais da educação do estado e município do Rio de Janeiro iniciaram uma greve unificada em agosto de 2013, desencadeando um processo de lutas que culminou em outubro com as maiores manifestações de rua desde Junho. Ficou claro que grande parte da população se engajou na batalha entendendo os motivos da greve e defendendo a educação pública. O carnaval de 2014, por sua vez, foi marcado pela histórica greve dos garis, na qual estes trabalhadores demonstraram que é possível ter apoio popular a uma causa justa, derrotar o governo, atropelar os pelegos que dirigem seu sindicato e bater de frente com a manipulação da Rede Globo.
Nesse contexto, os profissionais da educação do estado e município do Rio de Janeiro iniciaram uma greve unificada em agosto de 2013, desencadeando um processo de lutas que culminou em outubro com as maiores manifestações de rua desde Junho. Ficou claro que grande parte da população se engajou na batalha entendendo os motivos da greve e defendendo a educação pública. O carnaval de 2014, por sua vez, foi marcado pela histórica greve dos garis, na qual estes trabalhadores demonstraram que é possível ter apoio popular a uma causa justa, derrotar o governo, atropelar os pelegos que dirigem seu sindicato e bater de frente com a manipulação da Rede Globo.
Como parte deste processo maior, as jornadas de luta no emblemático mês de maio de 2014, abarcando o conjunto das inúmeras greves e paralisações (de rodoviários, professores, etc.) que estouram no país às vésperas do Mundial da FIFA, representam um movimento com caráter bem nítido: caráter de classe, a classe trabalhadora contra os patrões e governos a serviço do capital! A burguesia treme e apela: em 11/05 o jornal O Dia publicou um editorial chamando ao “bom senso para as greves”, afirmando que “a Copa do Mundo não pode ser encarada como salvo-conduto para exigir utopias, até porque a economia do país está longe de ser uma pujança que atenda a todas as reivindicações”.
Ora, aqueles que noticiavam que o Brasil era a 6ª economia do mundo e se dá ao luxo de gastar bilhões com estádios agora dizem que não há como atender às reivindicações “utópicas”... Pois lhes respondemos que utópico é pretender que nós trabalhadores assistamos parados à farra dos lucros capitalistas que crescem às nossas custas! Não tem arrego! Vamos pra cima, rumo à greve geral, rumo ao socialismo!