O time do "quanto pior, melhor"
Por Wagner Gomes
As mudanças que o Brasil vem experimentando desde 2003, quando o ex-presidente Lula assumiu seu primeiro mandato, são irreversíveis. Mas parte da elite brasileira tão acostumada a privilégios e desmandos autoritários não engole que o país tenha certa movimentação social e que cada vez mais pessoas possam desfrutar de condições básicas de vida.
São quase 12 anos de mudanças que o Brasil jamais experimentou. E mesmo defendendo avanços para a classe trabalhadora, é inegável que o Brasil de 2014 não é o mesmo de 2002, onde predominava o desemprego e o privilégio dos mais ricos, estes saudosos desse passado onde podiam tudo.
Nesses anos a classe trabalhadora foi à luta e conquistou significativos avanços no combate à pobreza e à concentração de renda. Óbvio que queremos mais, muito mais para extirpar de nosso seio esse foco social que privilegia poucos com tanta riqueza e os que a produzem veem apenas a pontinha do iceberg da distribuição de renda.
A contenda que a mídia comercial promove em relação à Copa do Mundo 2014 se insere nesse contexto de luta de classes. Desde o dia em que a Fifa escolheu o Brasil para sediar o campeonato, onde vencemos Espanha e Estados Unidos na disputa, a mídia nativa já começou a destilar ódio e preconceito contra o nosso povo.
Não se encontra na mídia nenhuma palavra enaltecendo as qualidades dos trabalhadores brasileiros para a organização da Copa, como se fôssemos totalmente incapazes. Entretanto, as pautas se resumem em atrasos de obras, em custos supostamente exorbitantes, como se os investimentos da Copa fossem todos feitos pelo Governo Brasileiro e a Copa não fosse nos deixar nenhum legado.
A mídia corporativa jogou no time dos adversários, contra os interesses pátrios e principalmente contra a classe trabalhadora que ama o futebol e quer ver a nossa seleção hexacampeã do mundo. Futebol para isso temos de sobra e a construção das obras, seja em relação aos 12 estádios das cidades-sede, seja as de infraestrutura para melhorar a mobilidade urbana não tem acontecido de maneira diferente de outros países que já sediaram o megaevento.
Somam-se em coro aos barões da mídia e à oposição direitista ao governo Dilma, setores oportunistas de uma parcela da esquerda que, para aproveitar algumas bandeiras legítimas em favor de mais educação e mais saúde, misturam alhos com bugalhos e difundem os interesses burgueses contra a nação brasileira.
Mas a Copa está aí. Inconteste. E a nossa torcida é, como sempre foi, para o Brasil vencer e desta vez não é para trazer o caneco, mas para mantê-lo aqui na nossa casa para o nosso país, comemorando a vitória nas ruas e nas praças onde sempre estivemos e sempre estaremos defendendo os interesses dos trabalhadores e trabalhadoras, lutando por um país mais justo e igual.
A turma do “quanto pior, melhor” está ficando para trás, para o bem do Brasil.
* Wagner Gomes é metroviários e secretário-geral licenciado da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).
As mudanças que o Brasil vem experimentando desde 2003, quando o ex-presidente Lula assumiu seu primeiro mandato, são irreversíveis. Mas parte da elite brasileira tão acostumada a privilégios e desmandos autoritários não engole que o país tenha certa movimentação social e que cada vez mais pessoas possam desfrutar de condições básicas de vida.
São quase 12 anos de mudanças que o Brasil jamais experimentou. E mesmo defendendo avanços para a classe trabalhadora, é inegável que o Brasil de 2014 não é o mesmo de 2002, onde predominava o desemprego e o privilégio dos mais ricos, estes saudosos desse passado onde podiam tudo.
Nesses anos a classe trabalhadora foi à luta e conquistou significativos avanços no combate à pobreza e à concentração de renda. Óbvio que queremos mais, muito mais para extirpar de nosso seio esse foco social que privilegia poucos com tanta riqueza e os que a produzem veem apenas a pontinha do iceberg da distribuição de renda.
A contenda que a mídia comercial promove em relação à Copa do Mundo 2014 se insere nesse contexto de luta de classes. Desde o dia em que a Fifa escolheu o Brasil para sediar o campeonato, onde vencemos Espanha e Estados Unidos na disputa, a mídia nativa já começou a destilar ódio e preconceito contra o nosso povo.
Não se encontra na mídia nenhuma palavra enaltecendo as qualidades dos trabalhadores brasileiros para a organização da Copa, como se fôssemos totalmente incapazes. Entretanto, as pautas se resumem em atrasos de obras, em custos supostamente exorbitantes, como se os investimentos da Copa fossem todos feitos pelo Governo Brasileiro e a Copa não fosse nos deixar nenhum legado.
A mídia corporativa jogou no time dos adversários, contra os interesses pátrios e principalmente contra a classe trabalhadora que ama o futebol e quer ver a nossa seleção hexacampeã do mundo. Futebol para isso temos de sobra e a construção das obras, seja em relação aos 12 estádios das cidades-sede, seja as de infraestrutura para melhorar a mobilidade urbana não tem acontecido de maneira diferente de outros países que já sediaram o megaevento.
Somam-se em coro aos barões da mídia e à oposição direitista ao governo Dilma, setores oportunistas de uma parcela da esquerda que, para aproveitar algumas bandeiras legítimas em favor de mais educação e mais saúde, misturam alhos com bugalhos e difundem os interesses burgueses contra a nação brasileira.
Mas a Copa está aí. Inconteste. E a nossa torcida é, como sempre foi, para o Brasil vencer e desta vez não é para trazer o caneco, mas para mantê-lo aqui na nossa casa para o nosso país, comemorando a vitória nas ruas e nas praças onde sempre estivemos e sempre estaremos defendendo os interesses dos trabalhadores e trabalhadoras, lutando por um país mais justo e igual.
A turma do “quanto pior, melhor” está ficando para trás, para o bem do Brasil.
* Wagner Gomes é metroviários e secretário-geral licenciado da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).