Patriotismo como forma de encobrir privilégios
Patriotismo tosco
Ver
hoje a quantidade de camisas da seleção brasileira, bandeiras do país e
um mar de tonalidade verde-e-amarela é o que me deixa farto desse tipo
de patriotismo brasileiro. Onde tem protesto com bandeira e cores
nacionais, tem reacionarismo, conservadorismo, porcarias preconceituosas, pedidos de golpe militar e coisas do gênero.
Por isso denuncio esse nacionalismo de direita, tacanho, porque serve como um cobertor para encobrir e ocultar nossas enormes desigualdades sociais sob o mito da irmandade nacional, como se todos nós, tão distintos um do outro em gênero, condição social, oportunidades, nível educacional, cor da pele, tivéssemos o mesmo destino manifesto na condição única de brasileiro. Seria como, por exemplo, se Eike Batista e um morador de rua qualquer vivenciassem a mesma realidade de um Brasil imaginado, uma pátria mãe-gentil que acolhe a todos em seu seio com igual carinho. Lógico que não é assim.
Quando reacionários usam a bandeira em um protesto, o recado que eles querem passar é: há mais de 500 anos somos a classe privilegiada nesse território, e queremos continuar sendo. Tudo que ameaça meu status de cidadão branco de classe média, defensor dos valores morais da sociedade judaico-cristã e da família tradicional deve ser combatido.
Por isso que ver tais cenas em protesto pelo país me deixa enjoado. Todas as nossas desigualdades não cabem debaixo do mito do nacionalismo.
Por isso denuncio esse nacionalismo de direita, tacanho, porque serve como um cobertor para encobrir e ocultar nossas enormes desigualdades sociais sob o mito da irmandade nacional, como se todos nós, tão distintos um do outro em gênero, condição social, oportunidades, nível educacional, cor da pele, tivéssemos o mesmo destino manifesto na condição única de brasileiro. Seria como, por exemplo, se Eike Batista e um morador de rua qualquer vivenciassem a mesma realidade de um Brasil imaginado, uma pátria mãe-gentil que acolhe a todos em seu seio com igual carinho. Lógico que não é assim.
Quando reacionários usam a bandeira em um protesto, o recado que eles querem passar é: há mais de 500 anos somos a classe privilegiada nesse território, e queremos continuar sendo. Tudo que ameaça meu status de cidadão branco de classe média, defensor dos valores morais da sociedade judaico-cristã e da família tradicional deve ser combatido.
Por isso que ver tais cenas em protesto pelo país me deixa enjoado. Todas as nossas desigualdades não cabem debaixo do mito do nacionalismo.