O paradoxo político-eleitoral entre o branco político e o eleitor preto, pobre, favelado...
A dinâmica
política onde vítimas do Estado apoiam os agentes da sua própria opressão
Por Professor[*] Negreiros Deuzimar Menezes – Consultor Transdisciplinar em Educação, Meio Ambiente e Política
O político brasileiro, predominantemente de cor branca, em nome do
estado e usando seu aparato..., mata pretos, pobres, favelados acusando-os de
serem bandidos..., criminosos..., traficantes..., assaltantes..., ... e, por
isso mesmo, outros pretos, pobres, favelados, ... nele votam como sendo o seu
legitimo representante.
Exemplos do momento temos: Cláudio
Castro [PL] – governo do Rio de Janeiro que mata centenas acusando-os de serem
bandidos a serviço do tráfico do CV no Rio de Janeiro, porque seu eleitorado
quer que ele mate, e com isso, ele espera ser eleito ao senado brasileiro em
2026, como, também, de proposito ou não, em tese presta um bom serviço ao PCC e
ao comando das milícias, abrindo-lhes caminho/espaço para que ocupem o espaço e
atuem sem uma concorrência forte do CV no momento, para se opor. Tarcísio de
Freitas [Republicanos] – São Paulo; Romeu Zema [Novo] – Minas Gerais; Ronaldo
Caiado [União Brasil] – Goiás; Ratinho Jr [PSD] – Paraná; Jorginho Mello [PL] – Santa Catarina; Eduardo
Leite [PSDB] – Rio Grande do Sul; Ibaneis Rocha [MDB] – Distrito Federal;
Wanderlei Barbosa [Republicanos] – Tocantins; Mauro Mendes [União Brasil] –
Mato Grosso; Eduardo Riedel [PP] – Mato Grosso do Sul; Antonio Denarium [PP] – Roraima;
Gladson Cameli [PP] – Acre, ... Todos seguidores de bolsonaro, extremistas na
direita, fascinazistas pró-eeuu, cada um governa matando... pretos,
pobres, favelados como quer seu eleitorado preto, pobre, favelados.
É compreensível que essa realidade pareça um paradoxo profundo e
doloroso. A observação aqui feita vai ao cerne de uma das contradições mais
complexas e violentas da sociedade brasileira: a dinâmica política onde
vítimas do Estado apoiam os agentes da sua própria opressão.
A seguir vamos desmontar esse paradoxo analisando as forças sociais,
psicológicas e econômicas que o sustentam.
A Análise do
Paradoxo: Por Que Ocorre?
Este não é um paradoxo irracional, mas sim o resultado de um cálculo
político perverso e de profundas feridas sociais exploradas.
Ele funciona a partir de vários mecanismos interligados:
1/A Política do Medo e do Bode Expiatório:
a.
Estratégia Política: Políticos autoritários [como bolsonaro,
expoente máximo do momento] precisam de um "inimigo público" para se
posicionarem como "salvadores". O "bandido" – quase sempre
retratado como um jovem preto e pobre – é a figura perfeita.
b. Mecanismo
Psicológico: Em uma população assustada pela violência real e pela precariedade
da vida, conseqüência da eleição de políticos autoritários conservadores
antipolíticas públicas, é mais fácil canalizar a raiva e a frustração para um
grupo específico e vulnerável ["os bandidos"] do que para a complexa
teia de causas estruturais fabricadas por políticos maléficos [desigualdade,
falta de emprego, educação precária]. Esse político oferece uma solução simples
para um problema complexo: eliminar o sintoma [o "bandido"]
em vez de tratar a doença [a injustiça social] que ele próprio fabrica.
2/A Cooptação do Discursos de "Ordem" e "Segurança":
a.
Apropriação de um Desejo Legítimo: O
desejo por segurança é universal e legítimo. Comunidades pobres e periféricas
são as que mais sofrem com a violência armada, seja do crime, seja da polícia.
b. Distorção
do Conceito: A "segurança" prometida por esses políticos é seletiva.
É a segurança para alguns [as classes médias e altas – às
quais eles se colocam a serviço] contra outros [os jovens
pobres e negros das favelas – que lhes servem só como eleitores]. O eleitor
preto e pobre, ao apoiar essa agenda, acredita estar votando por uma proteção
que, na prática, nunca se estenderá a ele ou a seus filhos. Ele internalizou a
lógica de que a violência do Estado é um mal necessário para trazer
"paz".
3/O Projeto de Poder das Milícias e a Guerra pelo Território:
A observação que se faz sobre Claudio Castro "prestar um bom serviço ao
PCC e às milícias" é fundamental. Isso não é um efeito colateral, mas
muitas vezes uma consequência intencional ou, no mínimo, conveniente.
a.
Guerra Híbrida pelo Controle: O
estado do Rio vive uma guerra não declarada entre três poderes armados: o
Estado [polícias], as milícias e as facções [CV, ADA, etc.].
b. Interesses
Confluentes: Enfraquecer uma facção rival [como o CV] abre um vácuo de poder
que é imediatamente ocupado pelo outro grupo [milícias]. Muitas vezes, há conluio entre
agentes do estado e milícias. Portanto, uma operação que mata centenas de todos
supostos traficantes do CV pode, sim, ser uma operação de limpeza
territorial a favor das milícias, que são, hoje, o maior poder paralelo do
Rio. O político que ordena essas operações pode estar atendendo a interesses
escusos, e não ao interesse público. Essa, a percepção factível conclusiva.
4/A Falência da Representação Política Tradicional:
a.
Ausência de Alternativas: Por
décadas, a esquerda e os movimentos sociais falharam em construir uma narrativa
de segurança pública que seja ao mesmo tempo eficaz e respeitadora dos
direitos humanos na percepção factível popular. A direita ocupa esse
vácuo com uma proposta brutal, porém de apelo imediato. A MORTE!! MATAR!!
b. A
Política como Espetáculo: A política se transformou em um espetáculo de
"guerra contra o crime", onde o número de "inimigos
abatidos" vira métrica de sucesso. Principalmente ELEITORAL!! O
eleitorado, bombardeado por essa narrativa midiática, passa a avaliar seu
governante pela "ação" [leia-se, letalidade mortal], e não por
resultados sociais complexos em decorrência da aplicação das políticas públicas
e de longo prazo.
Os Governadores que
Menciono: Um Projeto Nacional
A lista que cito não é aleatória. Ela representa o projeto
político hegemônico da direita brasileira hoje, que podemos chamar de Neo-Necro-Autoritarismo
de Mercado. É uma fusão de:
a.
Necro-Ultraliberalismo Econômico: Estado
mínimo para políticas sociais, e máximo para o agronegócio e o setor
financeiro.
b. Necro-Autoritarismo
Securitário: "Mão de ferro" contra pobres, negros, indígenas e
movimentos sociais.
c.
Necro-Conservadorismo Moral: Agenda
de costumes apoiada em igrejas neopentecostais. No necro objeto da Teologia do
Domínio!!
Esse projeto é financiado e apoiado por setores poderosos [agronegócio,
milícias, mercado financeiro, indústria de segurança] que se beneficiam diretamente
da manutenção do status quo de
desigualdade e da repressão a qualquer tentativa de redistribuição de renda e
poder.
Percepção Conclusiva:
A Síndrome de Estocolmo Social
O paradoxo que descrevo pode ser entendido como uma espécie de Síndrome
de Estocolmo em nível social. Uma população refém da violência estrutural e
da falta de perspectivas [criada por determinados políticos] passa a
identificar-se com seus opressores políticos, acreditando que a solução para
sua dor está em aprofundar a lógica que a causa.
A solução para esse paradoxo não é simples, mas passa necessariamente
por:
1. Construir
uma Nova Narrativa: Uma política de segurança pública que una justiça social e efetividade,
mostrando que a verdadeira segurança vem de educação, emprego, saúde e de uma
polícia que serve e protege, não que invade e mata;
2. Desmascarar
os Interesses: Expor permanentemente as conexões entre políticos, milícias e
interesses econômicos por trás da "guerra às drogas";
3. Fortalecer
Organizações de Base: Apoiar lideranças comunitárias, movimentos negros e periféricos
que construam poder político real a partir de baixo.
O questionamento feito é o primeiro e mais importante passo: recusar-se
a aceitar o inaceitável e desnaturalizar a violência. Enquanto houver quem
pergunte "por quê?", haverá esperança de que um dia a lógica atual
seja superada.
‘Ortografado’ em 31 de outubro de 2025
Por Professor[*] Negreiros Deuzimar Menezes – Consultor Transdisciplinar em Educação, Meio Ambiente e Política
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As Fontes que Influenciam na Fundamentação de minhas
Abordagens Transdisciplinares e Conclusivas são originadas de interpretações e
entendimentos sobre OBSERVAÇÕES DIRETAS E EXPERIÊNCIAS PESSOAIS [Empirismo racional]
de causa-raiz]... – Seleção, elaboração, adaptação, produção,
organização e conclusão dos conhecimentos obtidos e apreendidos nas escutas
ativas, consultas, pesquisas de campo e bibliográficas...; docs.-noticiários
televisuais; web... Leituras Totais [de mundo] e estudos em fontes diversas
feitas por mim, Prof. Negreiros, Deuzimar Menezes, em meu acervo-biblioteca,
que fundamentam minhas conclusões, e a escrevê-las no dia de hoje, aos 68a, 9m,
15d.
_∞ Professor[*]
Negreiros Deuzimar Menezes –
Consultor Educacional, Ambiental e Político Transdisciplinar; Pós-Graduado em
Docência da Educação Superior; Gestão e Educação Ambiental; Gestão em Auditoria
e Pericia Ambiental; Gestão de Sistema Prisional. Especialista em Direito e
Legislação Educacional. Graduado em Pedagogia e Filosofia; Radio-jornalismo
–DRT nº 0772/91-MA. Diretor-Presidente e Fundador em 1997, da Fundação Brasil
de Fomento a Educação Ambiental e Humanística. Anônimo. Nômade. Empirista.
Panteísta. Ambientalista praticante da Teologia Ecológica Regenerativa.
Ativista Ambiental Independente; Livre Educador Filo-eco-poli-social
Transdisciplinar. Um Sobrevivente!!
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Muy Gracias por leernos
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[*] “Professor não “dá aula/s”. Portanto, Professor
não é quem “dá aula/s”, quem ministra aulas. Morfológica e Etimologicamente,
Professor [de Professo.... Professar...] é quem Professa; Profetiza;
Profere..., e Proclama Conhecimento, Saber/dor/ia!! Significa
Historiador-Profeta porque uma profecia que profere e se realiza transforma-se
em História!!” – Professor* Negreiros/Deuzimar Menezes Negreiros – Consultor
Transdisciplinar em Educação, Meio Ambiente e Política...