domingo, 1 de março de 2015

Liberte-se




"O objetivo da educação é substituir uma mente vazia por uma mente aberta." (Malcolm Forbes)

O objetivo da educação não pode ser “substituir uma mente vazia por uma mente aberta." ou "substituir uma mente sem educação ou mal educada por uma mente educada." “…gentes de mente inculta”. Pois continuara’ existindo mente fechada, mente sem educação ou mal educada, gentes de mente inculta para contaminar… para servir de referencia… para dizer que existe e dar mal exemplo…
"O objetivo da educação é matar a mente sem educação ou mal educada e dar vida a mente educada. Isso e’: matar o indivíduo de mente sem educação ou mal educada e dar vida ao indivíduo de mente educada." Esse e’ um objetivo. Outro objetivo da educação é matar o indivíduo de mente sem alfabetização ou mal alfabetizado e dar vida ao indivíduo de mente alfabetizada. E “o objetivo da escola é eliminar gentes de mente inculta para o fim de ensinar e civilizar essas mesmas gentes de mentes incultas dando lugar a gentes de mentes cultas…” (Professor Negreiros)

“Liberte sua Mente!
Va' muito além das palavras e sentidos!
Seja livre no pensar e no aprender
Seja um livre discente/aprendiz
Seja um livre docente/ensinador
Seja um livre pensador‼
Pois o Brasil
Precisa urgentemente de
Livre discente/aprendiz
Livre docente/ensinador
Livre pensador‼”
Para isso não e’ preciso escola formal
Sob o controle e domínio do estado
Basta a escola livre…
(Professor Negreiros)

Religiões

O Perigo das Religiões



Em algum momento de nossa trajetória paramos para pensar de onde viemos? Como viemos parar aqui?  Existe uma razão para nossa existência?
E para responder a essas perguntas criamos todo tipo de história, eu poderia chamar de teoria, mas teoria mesmo no sentido correto da palavra, nós só criamos a poucos séculos. Naquela época criamos histórias mitológicas, criamos mitos de "criação", relegamos nossa existência ao desconhecido e aos " deuses", inteligências superiores que "criaram" o homem.
Inventamos todo tipo de milagres extraordinários, histórias mirabolantes e fantasiosas para comprovar a força e extraordinariedade do deus, ou deuses, de nossa crença.
Conforme as grandes civilizações de antanho, Egito, China, Suméria, etc; foram se desenvolvendo religiões intrincadas e, cada vez mais, elaboradas e complicadas. Múltiplos deuses, um para a fertilidade do solo, outro para a chuva, outro para o mar, outro ainda para o vento e tantos outros para explicar os diferentes fenômenos da natureza, as coisas do cotidiano e nossas origens.
Até aí tudo bem.
O problema se dá quando começamos a pensar que nossos deuses é que são os verdadeiros, que nossa fé é a única verdadeira e que a fé e os deuses alheios são mentiras e vaidades.
Não é incomum, ao assistirmos um noticiário, nos depararmos com alguma guerra no Oriente Médio que não conseguimos entender. Mas ao procurarmos os por quês dessas guerras encontramos, na história daquela região, os motivos:
Tudo se iniciou em função das religiões antigas daqueles povos.
                           Deuses egípcios
Sempre que um grande império da antiguidade dominava uma tribo, ou cidade estrangeira, agregando mais posses ao seu território, levava suas crenças e religiões aos povos conquistados. Mas no fim das contas havia um remodelagem, uma soma das duas crenças, dos dominadores e dominados, gerando uma nova crença ou uma "soldagem" das duas religiões culminando em uma fé mestiça.
No entanto quando isso não era possível guerras infindáveis se iniciavam, algumas não terminaram até hoje, gerando morte destruição, mudanças cartográficas aqui e acolá, atrocidades inomináveis, enchendo de ódio cada nova geração seguinte e se tornando cada vez mais insana.
Veja o exemplo de Israel e a Palestina.
Por causa do cristianismo nós achamos que os israelitas estão corretos e os palestinos são loucos que querem tomar conta de uma terra que não é deles.
Mas a história não é bem assim. Após 40 anos vagando no deserto, depois de ter saído do Egito, os israelitas finalmente chegaram a terra prometida por Yaveh.
Só tinha um problema.... Já existiam moradores na terra que "mana leite e mel", tão desejada pelos hebreus. Em quem é que eram os moradores da tão sonhada terra?
Sim, querido leitor, os filisteus, no inglês Philisteu, por isso Palestina.
Os palestinos são, por direito, os donos da terra. Os israelitas, hebreus, judeus é que são os invasores. No entanto eles não se consideram invasores afinal foi "Deus" quem lhes deu a posse, eles consideram que a terra que hoje chamam de seu país foi lhes dada por direito "divino". 
(basta ler os livros de Deuteronômio e Josué para entender a história)
Mas não foi um milagre divino que fez os israelitas entrarem as cidades pré-existentes, foi pela força e pela espada.
Após isso assassinatos, profanação de templos, atentados e outras atrocidades foram sendo cometidas por séculos a fio até os dias de hoje, por que uma ideologia religiosa deu o "direito" a um povo invadir terras alheias, pois a religião dos donos naturais da terra era perversa e errada; também há essa parte, "Deus" adverte o povo israelita várias vezes para não seguir as religiões dos povos invadidos, pois era esse o motivo de eles estarem sendo "retirados", pra não dizer expulsos, de sua terra.
                     Maomé, profeta do Islã
Não bastassem as guerras que por tanto tempo assolam a chamada "terra santa", causando mortandade sem precedentes, nosso século vê crescer assustadoramente outra religião que tem origem tempos antigos: o islamismo.
Para aqueles que não conhecem a história, o deus Yaveh, deus dos hebreus, judeus e cristãos, prometeu a Abraão, patriarca bíblico, que este apesar de já serem idosos ele e a esposa, eles se tornariam pais de uma nação tão imensa quanto as estrelas do céu. No entanto como Sara, a esposa de Abraão, não acreditava que pudesse engravidar resolveu  dar ao esposo uma escrava egípcia para que essa lhe gerasse o filho que Yaveh prometera.
O deus não gostou e mandou que Abraão enviasse o filho pequeno e sua mãe ao deserto para morrerem. Mas a escrava teria implorado ao deus que poupasse ao menos o filho, Yaveh então prometeu que o pequeno Ismael, seria também pai de uma imensa nação.
A história está em Gênesis cap 16
Mohamed, ou Maomé, fundador do islamismo, é descendente de Ismael.
Para os muçulmanos o Q'ram , ou Alcorão, é sagrado, como a Bíblia é para cristãos e judeus, pois foi entregue ao profeta pelas mãos do próprio deus, ou Allah, que também é o mesmo Yaveh, que eu e você chamamos apenas de Deus.
Esquecendo essa pequena confusão o que mais importa na história é que diferente dos cristãos que pregam a tolerância e dos judeus que não aprovam outras religiões mas as toleram até certo ponto, o islamismo é extremamente fundamentalista, e algumas ramificações são intolerantes e perigosas.
Seu ideal de vida ainda está fundamentado lá nos tempos de Abraão, Ismael e Maomé.
Grupos mais recentes como o "Estado Islâmico" quer, sem exageros amigo leitor, dominar o mundo, ou retirá-lo di estado de depravação e obscuridade no qual se encontra atualmente e entregá-lo a Alá.
Esses grupos mais extremos querem ver o mundo inteiro, principalmente o nosso mundo ocidental, transformado em um mundo inteiramente muçulmano. E, se for preciso, o caminho para esta conquista é a guerra, afinal eles não vão fazer como os religiosos que você conhece que vão lhe entregar um folheto e convida-lo a ir a sua igreja.
                                  Abraão
Parece que mesmo depois de descobrirmos que a religião, as diversas mitologias e as crendices estavam equivocadas em vários aspectos a respeito da vida, do espaço e do funcionamento de vários sistemas diferentes do cotidiano; mesmo assistindo a guerras infindáveis por ideologias arcaicas e ultrapassadas, não aprendemos uma virgula.
Principalmente no Brasil vemos brotar todos os dias essa e aquela igreja de posse da "verdade", da " salvação " e da "condenação" alheia, é lógico; que só promovem mais discussão e separatismo do que a, tão utópica, paz e tolerância pregada por Jesus. Em uma cópia minimizada das guerras irracionais travadas no oriente próximo.
No fim das contas parece que as religiões só trouxeram amarguras e agruras a povos já sofridos em países onde a sobrevivência por si só já é difícil, e o que essas ideologias  conseguem fazer é só piorar a vida das pessoas as quais deveriam dar esperança.

Ouça a todos. Não siga ninguém!

Compartilhada publicamente  -  23 de out de 2014
 
Nosso sistema politico atual não irá jamais servir ao povo, pelos seguintes motivos: Escolhemos pessoas que 1) Não conhecemos. 2) Não se importam conosco(na maioria das vezes). 3) Servem a interesses privados das corporações que o financiam para o próprio beneficio 4) É controlado pela mafia elitista que controla o fluxo de dinheiro e de informação 5) E que não tem poder e nem interesse algum de mudar o sistema, já que se beneficia com o mesmo.

Vivemos em um ciclo vicioso em nosso modelo de politica atual. Desejamos lideres como crianças esperam o leite materno. Por esse motivo nos tornamos presas fáceis de tiranos e déspotas.

Verdadeiros lideres formam mais lideres e não seguidores. Precisamos achar a liderança dentro de nós. Enquanto continuarmos buscando a fé nos outros, sejam em lideres políticos, religiosos, intelectuais, e até mesmo a sua IDEIA sobre deus. Você precisa achar o caminho, as pessoas podem apenas te indicar direções, em ambos sentidos, direções com consequências agradáveis e outras "nem tanto". Todas elas levam para o aprendizado se você assim quiser.

Ouça a todos. Não siga ninguém!
Foto do perfil de Professor Negreiros
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Não civilizado x civilizado

Compartilhada publicamente  -  23 de out de 2014
 
Natureza & Civilização: http://bit.ly/1mn00YM

Há muitos equívocos sobre a relação entre a Civilização e a Natureza. A civilização não é um problema para a natureza, a civilização é um problema para a humanidade.

A Natureza não depende da misericórdia humana, ainda que se mostre temporariamente generosa e tranquila, não é uma mãe gentil de face humana, eternamente complacente com sua exploração. São as forças vivas reunidas que moldaram o mundo que conhecemos, e o mudarão ainda muitas vezes mais.

Seu poder não pode ser sequer estimado, quanto mais domado.

Cegos em suas ilusões de centralidade e de grandeza, os civilizados sempre acreditaram poder dominar a Natureza, ameaçá-la ou mesmo levá-la a seu fim. Não percebem que sua potência é capaz apenas de terminar com as mesmas condições que favoreceram o surgimento e propagação de sua própria espécie.

Quando desrespeitada levada ao desequilíbrio, a Natureza encontra o reequilíbrio de formas inesperadas. As ilusões civilizadas serão compensadas com o mais antigo dos destinos aplicados às formas complexas de vida, que via de regra, não é a prevalência , mas a extinção.
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povo preso pela ilusão da divida financeira


Compartilhada publicamente  -  23 de out de 2014
"Wake Up America" by Jon McNaughton
Interpretação:
O povo está preso pela ilusão da divida financeira, e se notar, a maioria nem percebe que estão presos, continuam a pedir ajuda dos governos, bancos e corporações e os falsos lideres mundiais que criaram o problema, sendo Obama a representação deles encarnada como a imagem de "salvador".
Video do artista explicando sua obra:
Wake Up America - Jon McNaughton
Para quem acha que o que está acontecendo nos EUA não tem nada a ver conosco, sinto muito, mas a terra redonda, e vocês estão redondamente enganados.
 imagem não exibida

A QUE(M) SERVE O SISTEMA POLÍTICO BRASILEIRO?


POR FRANCISCO FONSECA - Le Monde Diplomatique 

A arquitetura do sistema político brasileiro implica a proteção dos proprietários em detrimento da maior parte dos cidadãos. Afinal, tanto para se eleger como para governar os partidos políticos que chegam ao poder necessitam, inescapavelmente, negociar compromissos assumidos durante as eleições e o próprio “programa. 

O mal-estar da sociedade brasileira, mesmo com os grandes avanços que vêm se processando desde a última década e meia (e mesmo desde a Constituição de 1988), aponta primordialmente para o sistema político. Direta ou indiretamente, em particular as manifestações de junho de 2013 escancararam, com base nos graves problemas do cotidiano dos brasileiros, as feridas de um sistema claramente incapaz não apenas de resolvê-los, mas, sobretudo, de dar vez (e, em certo sentido, voz) aos reclamantes, notadamente os pobres.

Entende-se por sistema político o conjunto de normas e instituições que regulam os conflitos por meio de canais de expressão e resolução. É constituído por – na falta de melhor denominação – “subsistemas”: partidário, eleitoral, os poderes constituídos e suas diversas instituições, o regime federativo, e mesmo a mídia (que atua como poder paraestatal). Trata-se, portanto, de institucionalidade formal que, contudo, como veremos, convive e se articula com mecanismos informais de naturezas diversas. 

A lógica do sistema político brasileiro 

A atual moldura do sistema político brasileiro foi criada durante o último período militar (governo Figueiredo), e suas características se mantêm, com algumas poucas transformações, até os dias de hoje. Vejamos as principais características, sem a pretensão de esgotá-las:

• Financiamento privado das campanhas e partidos. Embora formalmente o financiamento seja misto (público, via fundo partidário e privado, por meio de doações, notadamente de empresas), na prática é largamente privado, tendo em vista o chamado caixa dois. Mas deve-se ressaltar que mesmo o financiamento privado legal, em que há leis e controles, é, por princípio, ilegítimo, em razão da assimetria econômica que impõe aos partidos. Em qualquer sentido, a vida pública tornou-se essencialmente organizada pelo poder privado do capital e, além disso, a própria dinâmica do poder implica relações ocultas – que permanecem mesmo com os avanços nos processos de transparência –, por meio da ampla rede de fornecedores privados.

• Multipartidarismo extremamente flexível, pouco representativo e estimulador do “mercado da política”. Embora a existência potencial de diversos partidos seja fundamental à democracia, uma vez que pode permitir a expressão de interesses e visões de mundo distintos, o multipartidarismo criado pelo general Golbery objetivava justamente a pulverização das forças políticas de oposição de tal modo que não tivessem poder suficiente para derrotar o statu quo civil-militar. Consolidada a retirada dos militares da cena política, o multipartidarismo teve outros objetivos, para além da pluralidade político-ideológica expressa nos diversos partidos, tais como: a) a formação de alianças eleitorais, em larga medida não programáticas, tendo em vista a soma do tempo de rádio e TV referente à propaganda eleitoral; b) a coalizão – inclusive com vários dos partidos derrotadosnas eleições – para a composição de maiorias após a vitória eleitoral, igualmente não programáticas, com vistas a constituir uma “base governista” ampla capaz de aprovar medidas de governo; e c) o chamado “balcão de negócios”, em que barganhas dos referidos tempos no rádio e na TV e na formação de alianças, assim como todo tipo de “varejo” parlamentar perante o Executivo, tornaram-se o modus operandi da vida política.

• Não consolidação dos partidos políticos como agentes de representação social popular, uma vez que a lógica sistêmica da vida política implica tanto a “privatização da política” como a ocupação dos espaços institucionais pelos partidos da “ordem”, cujos interesses fulcrais são a defesa do capital e das classes médias e superiores. Esse processo é, contudo, enevoado pelo discurso da “eficiência”, da “eficácia”, do “empreendedorismo” e quejandos. A infidelidade partidária (apenas recentemente minorada por decisão do Tribunal Superior Eleitoral, mas driblada pela nova onda de criação de partidos) apenas confirma esse postulado.

• Acesso ao rádio e à TV a todos os partidos com representação federal independentemente de sua representatividade social. Dessa forma, os chamados “partidos de aluguel” – jargão político trágico da vida institucional –, cuja representação parlamentar é minúscula, obtêm todas as (diversas) benesses do sistema político, reforçando a pulverização e a privatização da vida política.

• Não transparência quanto ao uso dos recursos eleitorais (apenas as doações legais são efetivamente fiscalizadas pela ação da Justiça Eleitoral), uma vez que a prática do caixa dois é complexa e em larga medida vigente no cotidiano da vida político-administrativa: daí a espessa névoa que encobre inúmeros processos licitatórios no contexto da relação entre poder público e setores do capital. Em outras palavras, o financiamento privado ilegal não ocorre apenas em períodos eleitorais, pois tende, sobretudo após a “emenda da reeleição” – verdadeiro golpe branco desferido contra a democracia pelo governo FHC –, a fazer parte do cotidiano de quem assume o poder, excetuados os que lutam contra a roldana do sistema.

• Baixo controle social, em termos institucionais, dos cidadãos perante os representantes eleitos, cujo mandato se torna “propriedade” destes, o que faz da representação política arena de negociação distante e muitas vezes em oposição aos interesses populares. Portanto, quanto mais distante do cidadão comum, mais privatizado e elitista se torna o sistema político.

• Destituição dos poderes do Parlamento quanto à proposição da “agenda” política e de políticas públicas transformadoras, em contraste ao potencial lócus de representação plural e particularmente popular. A chamada “crise do Parlamento” é, dessa forma, estratégica ao jogo das elites, uma vez que o rebaixamento do Legislativo implica hipertrofia do Executivo, em que a tomada de decisão é infinitamente mais rápida e informal.

• Sistema eleitoral voltado tanto à desvalorização dos partidos – enquanto instituição, com a consequente personificação de indivíduos – quanto à pulverização e fragmentação da representação partidária. Ressalte-se que a personificação tem potencial desmobilizador da ação coletiva.

• Sistema midiático oligopolizado e oligárquico, notadamente a rede concessionária de TVs e rádios, articulada a jornais, revistas e portais, cujos órgãos atuam como verdadeiro “Partido da Imprensa Golpista”, conforme expressão notabilizada por Paulo Henrique Amorim. A mídia é um ator político paraestatalcom grande poder de influenciar tanto a percepção social da vida política como a formação de consciências. É claramente partícipe do jogo político, embora estrategicamente seu discurso oculte tal atuação. Deve-se, dessa forma, considerá-la como parte do sistema político, o que implica necessariamente sua reforma, à luz, por exemplo, do que ocorreu na Argentina por meio da Ley de Medios.

Apesar de claramente disfuncionais à representação dos interesses populares, essas características são justificadas pelo debate político e pela ciência política dominante como garantidoras da chamada “governabilidade”, isto é, das condições de obtenção de maioria para governar, nos respectivos parlamentos, com vistas à consecução dos objetivos da coalizão de governo. 

Sistema político vs. interesses populares 

Essa forma de organização do sistema político claramente não contempla grande parte dos interesses populares – voltados à resolução dos ainda graves problemas do cotidiano, relacionados tanto ao emprego e à renda como ao acesso a bens e equipamentos públicos e privados –, que passam em larga medida pela reversão de prioridades em termos de agenda e de orçamento. Aliás, o travamento decisório de inúmeros temas que afetam os brasileiros, em especial os pobres, fundamentalmente garante o statu quo. Entre esses temas estão, além de inúmeros outros exemplos, a reforma tributária, uma vez que os impostos, ao serem indiretos, tributam pesadamente os pobres; a dívida interna, nas mãos de cerca de 20 mil famílias e dos bancos; o papel dos bancos e do capital especulativo, altamente lucrativos e sem responsabilidades sociais; o papel e financiamento do agronegócio, que sorve parte significativa dos recursos orçamentários da agricultura, em detrimento da produção agrícola familiar; o papel do BNDES como agente de financiamento a grandes empresas, sem controle social; o oligopólio da mídia e a não regulamentação da Constituição quanto ao papel dos meios de comunicação.

Aos movimentos sociais, essa dinâmica não tem passado despercebida, como se pode observar no manifesto do Grito dos Excluídos, publicado no dia 7 de setembro: “A estrutura do Estado brasileiro historicamente tem servido aos interesses das elites e para a manutenção de seu poder sobre os/as trabalhadores/as, os/as excluídos/as, sobre o povo brasileiro. Poucos são os espaços nos quais o povo tem realmente sua voz escutada e poucas são as oportunidades de interferir nos rumos da política em geral, especialmente na construção de políticas públicas voltadas para a maioria da população. Nos últimos anos temos presenciado essa estrutura de poder oprimindo as populações quilombolas, indígenas, ribeirinhas pelo desrespeito a sua cultura e seus territórios. Nas regiões rurais, indígenas e sem-terra têm seus direitos violados em favor dos empresários do agronegócio. Nos estados e municípios, principalmente nas regiões periféricas, as polícias militares matam jovens, principalmente os negros homens entre 15 e 29 anos. As forças de repressão perseguem lutadoras e lutadores, organizados ou não, que protestam por um país mais justo e igualitário. A estrutura do Judiciário opera com dois pesos e duas medidas, atuando em favor dos poderosos e contra o povo. As eleições para os cargos legislativos e executivos são um grande balcão de negócios e impedem, através das regras de organização eleitorais, que mulheres, negros/as, sem terra, trabalhadores/as, indígenas, quilombolas e outros setores populares da sociedade acessem os espaços de exercício do poder. O sistema político impede avanços sociais de interesse do povo”.

Como se observa, o sistema político é apercebido pelos movimentos populares – o excerto citado é apenas uma amostra, representativa, do pensamento de outros tantos movimentos – como distante e elitista, portanto, não representativo da pluralidade dos interesses sociais e sobretudo da maior parte dos cidadãos.

Mesmo movimentos mais propriamente institucionalizados, como a Coalizão pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas, assume posição bastante similar, pois: “[O] Congresso impede que tais reformas [democrático-populares] sejam aprovadas. Isso porque parte dele representa os interesses de uma pequena parcela da sociedade que financia as campanhas eleitorais, ou seja, de algumas poucas empresas. Assim, as necessidades da maioria da população nunca são atendidas de verdade. É isso que causa grande parte da corrupção política gerando inclusive a atual crise de representatividade no país. Só com uma reforma política democrática será possível superar tais problemas que degradam a democracia brasileira”.

Como se vê, reitera-se aquilo que, em perspectiva internacional, foi apontado pelo movimento Occupy Wall Street como “We are 99%”, isto é, a percepção popular de que o sistema político não apenas não representa a maioria esmagadora das pessoas comuns, como também, sobretudo, é apropriado privativamente pela minúscula parcela do capital: uma verdadeira plutocracia encoberta pela “democracia formal”. 

Sistema político voltado à proteção das elites 

Essa arquitetura do sistema político brasileiro implica essencialmente a proteção dos proprietários (de diversas frações do capital) em detrimento da maior parte dos cidadãos. Afinal, tanto para se eleger (reitere-se o papel do financiamento privado e das coligações para obtenção de tempo no rádio e na TV) como para governar (“dívida” para com os financiadores e necessidade de maioria parlamentar para ter “governabilidade”), os partidos políticos que chegam ao poder necessitam, inescapavelmente, negociar compromissos assumidos durante as eleições e o próprio “programa” de governo.

Decorre daí a formulação de políticas públicas tímidas, uma vez que não podem atentar contra grandes interesses constituídos, e contraditórias, pois necessitam contemplar as coalizões – de partidos “da ordem” com os que só existem por “jogar o jogo” institucional. Tudo isso impede a efetivação de reformas “radicais”.

Dessa forma, as chamadas “reformas progressistas”, colocadas em prática pelos governos Lula e Dilma na área social, só podem ocorrer de forma incremental, tímida e sem assustar as elites. É por isso que muitos dos grandes gargalos estruturais não são destravados, tais como: sistema judiciário-prisional apenas voltado aos pobres; reforma agrária e política agrícola tímidas; poder desmesurado dos bancos e do capital financeiro; desmontagem progressiva da CLT; ainda pequena proporção do PIB nos gastos sociais; intocabilidade da taxação às grandes fortunas; poder desmesurado do agronegócio; intocabilidade da mídia; entre inúmeros outros.

Pode-se dizer, portanto, que o sistema político brasileiro rigorosamente constrange os partidos políticos que lutam pela diminuição “radical” da desigualdade social. As políticas públicas, isto é, o conteúdo da democracia, são, dessa forma, moldadas de acordo com essa estrutura inabalada do sistema político, o que implica atraso quanto ao desenvolvimento social (mensurado por indicadores como o Índice de Gini, o IDH e tantos outros), proteção às elites econômicas e distanciamento entre sistema político e os que mais precisam dele! 

A reforma do sistema político 

Reformar o sistema político, embora não seja panaceia, é, portanto, tarefa urgente para relegitimar a democracia brasileira, aproximando-a do cidadão comum e dando-lhe instrumentos para, naquilo que cabe à ação política institucional, poder haver a presença dos interesses populares. Como se observa pela experiência, os movimentos sociais são particularmente responsáveis por essa tarefa, uma vez que a lógica do sistema político tende a engolir os partidos institucionais num círculo vicioso assim constituído: sistema partidário/eleitoral privatizante; lógica institucional que veta grandes transformações; democracia formal e plutocrática.

Os perigos desse sistema, cuja disfuncionalidade é igualmente sistêmica, apresentam-se tanto nas ruas (ressurgimento da extrema direita, por exemplo) como em aventuras eleitorais, que, aliás, vimos no passado e são potencialmente presentes (caso do discurso despolitizante de Marina Silva).

Tribuna da Imprensa

sábado, 28 de fevereiro de 2015

coisas que destruiriam os humanos

3 coisas que destruiriam os humanos, de acordo com Stephen Hawking

Link to HypeScience

Posted: 28 Feb 2015 02:00 AM PST

Hawking pode ser famoso por seu trabalho em física, mas tem ficado conhecido também por suas opiniões polêmicas sobre o que poderia dar um fim à civilização Continua...
Posted: 27 Feb 2015 02:47 PM PST

Desde ontem, a internet está em pé de guerra para descobrir qual a cor deste vestido. Por que nós enxergamos de forma diferente? Continua...
Posted: 27 Feb 2015 10:43 AM PST

Este ator possui um lugar privilegiado na cultura popul Continua...
Posted: 27 Feb 2015 03:57 AM PST

Pois é, nós temos mais de uma. E ela pode explicar alguns dos segredos do nosso Sistema Solar Continua...

Livros Proibidos da Bíblia

Livros Proibidos da Bíblia: Enoque


O ano era 325 d. C. e a cidade era Nicéia de Bitínia onde, liderados por Constantino, os cristãos realizavam uma reunião para acertar os detalhes da "oficialização" do cristianismo. Conhecido como o "Concílio de Nicéia" essa reunião definiu datas, organizou festas, discutiu legalidades e, entre outras coisas, definiu o cânone bíblico, ou quais livros entrariam naquilo que hoje chamamos de Bíblia. Alguns dizem que foi mais por questões políticas do que teológicas ou doutrinárias mas, os livros "divinamente inspirados" entraram para o cânone e os "apócrifos", sem inspiração divina ou, ainda pior, redigidos pelo demônio em pessoa, foram descartados, alguns destruídos e outros trancados nos porões do Vaticano por séculos.
Neste conglomerado estavam algumas histórias capazes de provocar calafrios no cristão mais fervoroso, evangelhos diversos, segundo Pedro, Maria Madalena, Thiago e o medonho evangelho segundo Tomé, além de livros que contiam " informação demais" para os fiéis, foram deixados no "calabouço" para não deixarem margem de dúvida sobre a fé que se organizava.
Um desses livros com informações "sobrando" é o de Enoque.
Mas quem é Enoque?
Enoque segundo a bíblia é bisavô de Noé, esse mesmo que o leitor deve estar pensando, o do dilúvio. Enoque era pai de Matusalém, avô de Lameque( filho de Matusalém) e bisavô de Noé ( filho de Lameque); a bíblia não dá detalhes sobre Enoque, só diz que ele andou com Deus e não foi mais visto, por que Deus o arrebatou aos céus.
Cristãos etíopes aceitam e mantêm o livro de Enoque em sua bíblia, e os manuscritos encontrados na cidade Qumram, na gruta 7, corroboram e completam aqueles dos etíopes. No entanto para o Vaticano os livros e manuscritos não possuíam valor "divino", com certeza uma desculpa para as histórias embaraçosas encontradas nos relatos do bisavô do messias diluviano.
A começar pela contradição da história mais importante, depois da crucificação, para o cristianismo moderno: a invenção de Lúcifer.
Antes do século XIII a figura do diabo não existia( basta o amigo leitor procurar o post: Histórias estranhas da bíblia: o diabo) e foi criado para assustar os cristãos medievais, cheios de dinheiro é bom lembrar.
Mas antes do século XIII o problema não era o diabo em si, mas a cabeluda história dos "filhos de Deus" fazendo sexo com mulheres. Isso amigo leitor, os filhos de Deus, entenda-se ANJOS, transando com as mulheres e gerando filhos com elas? No mínimo embaraçoso.
Gênesis cap 5
Além disso Enoque não fala de um anjo luminoso que era praticamente um "vice Deus", segundo uma hierarquia celeste, que foi tomado pela inveja e foi expulso por Deus do céu (?).  Em lugar disso Enoque relata a história de Azazyel e Samyaza. Dois "capitães" do "exército" divino(?) que ao verem as mulheres descem e as tomam como esposas, trazendo consigo seus respectivos batalhões.
Agora faço ao leitor algumas perguntas:
Anjos fazendo sexo?
Exército, batalhão, capitães?
Dois insurgentes e não um?
Creio que ia ser mesmo muito trabalho explicar tudo isso, foi mais fácil inventar o diabo e banir o livro de Enoque.
O relato diz ainda que Deus não permitiu o retorno de seus capitães e seus comandados ao céu e condenou-os a ficarem aqui na terra, que seus filhos semi-anjos destruíam cidades inteiras apenas com os braços, que devoravam plantações em poucas horas, que eram bestas perigosas e que teria sido este o motivo do dilúvio. Que contradiz o Genesis mosaico onde o motivo da destruição aquática é a maldade dos homens. Note também, amigo leitor, que o velho machismo está presente aqui, as mulheres eram a culpa da descida dos anjos e seus filhos eram a razão do dilúvio, típico da mentalidade da época.
De fato outra parte do livro de Enoque que contradiz o Gênesis de Moisés é sobre quem trouxe conhecimentos aos homens. 
Moisés diz que foram os descendentes de Caim: Jabal, Jubal e Tubal-Caim que desenvolveram a arte, a guera, a cultura, a criação de gado, etc;  utilizando-se da alegoria de que o pecado de Adão separou o homem de Deus e, consequentemente, este teria que aprender coisas para sobreviver mas, que cada novo aprendizado afastaria ainda mais a criatura do criador.
Já Enoque diz quem foram os anjos e onde eles lhe deram estes conhecimentos que deveriam ser anotados, metodicamente, em seu livro e, posteriormente ensinados aos homens. Não como um fruto do pecado, mas como um presente para melhorar a vida humana, habilidades necessárias a sua sobrevivência.
Com toda certeza não seria do agrado da recém formada cristandade utilizar-se de livros contraditórios entre si para doutrinar sua igreja emergente.
Assim como vários outros autores Enoque foi condenado ao esquecimento por vários séculos, proibido e visto como um perigo aos desígnios da fé que surgia.
Hoje não é incomum ver cristãos falando da inutilidade dos textos apócrifos, que assim foram taxados por pessoas com medo de seu poder, e de o quanto eles são heréticos.
Esses cristãos não se atém ao fato de que foi sua própria igreja, em um ato puramente político, que definiu o que era ou não "santo" para fazer parte da "palavra de Deus"; fazendo escolhas apoiadas em quem era mais influente ou não na ocasião do concílio. 
Ora... parece muito mais politicagem do que " divinismo". Os fiéis aceitam, defendem e até travam batalhas na afirmação de que a bíblia é, invariavelmente, a palavra viva que saiu dos lábios de Deus. Mas se procurarem na história do cristianismo vão perceber que Deus, no caso de sua (im)provável existência, deve ter acompanhado, nauseado, as escolhas e coisas feitas em seu nome.
No fim todos esses livros são histórias fantasiosas, delírios pessoais ou coletivos, provas (fictícias) do poder, justiça e vontade divina. Em um oceano, ainda indecifrável, chamado cérebro humano, capaz de feitos extraordinários que não podemos compreender. Que atravessaram mais de seis milênios influenciando a vida e morte de bilhões de pessoas e, mesmo hoje, com nossa tecnologia e conhecimento, segue no imaginário coletivo, com uma força tão poderosa que ainda sobrepuja as emoções humanas e, mesmo sem provas de sua existência, está presente em seus sentimentos, governando seu dia a dia, trazendo conforto a suas vidas e mantendo a ordem do ciclo de predação e destruição instituído por ninguém menos que nós mesmos.

Os Evangelhos

Histórias Estranhas da Bíblia: Os Evangelhos




Eles são a porta de entrada ao cristianismo, o carro cheve da fé de milhões de pessoas, a prova, ao menos para os crentes, da vida e história de Jesus. Eles são os "evangelhos".
Nos primeiros séculos existiam muitos evangelhos, escritos por muitos autores. Tamanho era o crescimento do cristianismo que muitos dos "convertidos" ricos queriam escrever sobre as maravilhas realizadas pelo homem de Nazaré, que dentre outras coisas ressuscitou dos mortos.
No entanto muito tempo depois, quando o cristianismo foi adotado como religião oficial do império romano e, sendo assim, retirado da clandestinidade, houve uma reunião, um concílio para "decidir" o que era inspirado por Deus ou não.
Este evento ficou conhecido como "O concílio de Trento" que foi realizado em 1545 na cidade italiana de Trento.
Alguns concilios haviam sido realizados antes, como o de Laodicéia em 365 d. C. , ou o concílio de Cartago em 397 d. C. ; mas foi no concílio de Trento que a bíblia como a conhecemos hoje surgiu.
No caso dos evangelhos ficou "decidido" que os livros de Mateus, Marcos, Lucas e João possuíam inspiração divina, enquanto outros como o de Maria Madalena, Pedro, Tomé foram relegados ao esquecimento e considerados apócrifos.
Os evangelhos contam "teoricamente" a mesma história, a trajetória de Jesus, mas possuem disparidades entre si, o que é normal considerando que foram escritos por pessoas diferentes em locais diferentes, tendo sido contada de maneiras diferentes e como se sabe "quem conta um conto, aumenta um ponto."
Antes que o amigo leitor fique perdido, alguns evangelhos NÃO foram escritos pelos apóstolos que, teoricamente, andaram com Jesus. Ao que consta nem mesmo os nomes dos autores estão corretos.
Não precisamos analisar todas as contradições presentes nos evangelhos, vamos nos ater a contradição mais evidente:
A ressurreição de Jesus.
Que é contada de quatro maneiras diferentes, baseando-se no fato de ser a mesma história espera-se que existam algumas diferenças, mas fatos inteiramente diferentes, mudam o contexto.
Vamos ver evangelho por evangelho como isso se dá.


              João escrito entre 95 e 100 d. C.

Em João encontramos:
"E no primeiro dia da semana Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu a pedra tirada do sepulcro.
Correu pois e foi a Simão Pedro, e ao outro discípulo, a quem Jesus amava, e disse-lhes:
Levaram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde puseram.
Então Pedro saiu com o outro discípulo, e foram ao sepulcro.....
.... E, baixando-se, viu no chão os lençóis; toda via não ENTROU.
Chegou pois Simão Pedro, que o seguia, entrou no sepulcro, e viu os lençóis no chão.
.... E Maria estava fora chorando, junto ao sepulcro. Estando ela pois chorando, abaixou-se,
E viu dois anjos vestidos de branco assentados onde jazera o corpo de Jesus, um a cabeceira outro aos pés.
E disseram a mulher: Por que choras?
Ela lhes disse: Porque levaram meu senhor, e não sei onde puseram.
E tendo dito isso virou-se para trás, e viu Jesus de pé, mas não sabia que era Jesus.
Disse-lhe Jesus: Mulher, por que choras? Quem buscas? Ela cuidando que era o jardineiro, disse-lhe: Senhor tu o levaste, dize-me onde o puseste e eu o levarei.
E disse-lhe Jesus: Maria! Ela, voltando-se, disse-lhe: Mestre!
Disse-lhe Jesus: Não me detenhas, porque ainda não subi para meu Pai, mas vai para meus irmãos e diga-lhes que já subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus.
Maria Madalena foi e anunciou aos discípulos que vira ao Senhor, e que lhe dissera isto."
João cap. 20 vers. 1 - 18


             Lucas escrito entre 58 e 60 d. C.
Já Lucas diz:
"E, no primeiro dia da semana, muito de madrugada, foram elas ao sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado.
E acharam a pedra revolvida do sepulcro.
E, entrando, não acharam o corpo do senhor Jesus.
E aconteceu que estando elas perplexas a esse respeito, eis que pararam perto delas dois varões, com vestidos resplandecentes.
E, estando elas muito atemorizadas, abaixaram o rosto para o chão, eles lhes disseram: Porque buscais o vivente entre os mortos?
Não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos de como vos falou, estando ainda na Galiléia,
Dizendo que convém ao filho do homem seja entregue nas mãos dos homens pecadores, e seja crucificado, e ao terceiro dia ressuscite.
E lembraram-se das suas palavras.
E voltando do sepulcro, anunciaram todas estas coisas aos onze e a todos os demais.
E eram Maria Madalena, e Joana, e Maria, mãe de Tiago, e as outras que com elas estavam, as que diziam estas coisas aos apóstolos.
E suas palavras lhes pareciam como desvario, e não as creram.
Pedro, porém, retirou-se ao sepulcro, e abaixando-se, viu só os lençóis ali postos; e retirou-se admirado do caso."
Lucas cap. 24 vers. 1 - 12
             Marcos escrito entre 50 e 60 d. C.
No livro de Marcos lê-se:
"E, passado o sábado, Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago, e Salomé, compraram aromas para irem ungi-lo.
E, no primeiro dis da semana, foram ao sepulcro, de manhã cedo, ao nascer do sol;
E diziam umas as outras: Quem nos revolverá a pedra da porta do sepulcro?
E, olhando, viram que já s pedra estava revolvida; e ela era muito grande.
E, entrando no sepulcro, viram um mancebo assentado à direita, vestido de uma roupa comprida, branca; e ficaram espantadas.
Porém ele disse-lhes: Não vos assusteis; buscais a Jesus Nazareno, que foi crucificado; já ressuscitou, não está aqui; eis aqui o lugar onde o puseram.
Mas ide, dizei aos discípulos, e a Pedro que ele vai adiante de vós para a Galiléia; ali o vereis, como ele vos disse.
E, saindo elas apressadamente, fugiram do sepulcro, porque estavam possuídas de temor e assombro; e nada diziam a ninguém, porque temiam."
Marcos cap. 16 vers. 1 - 8
               Mateus escrito entre 50 e 70 d. C.
E finalmente em Mateus vemos:
"E, no fim do sábado, quando despontava já o primeiro dia da semana, Maria Madalena e outra Maria foram ver o sepulcro;
E eis que houvera um grande terremoto, porque um anjo do Senhor, descendo do céu, chegou, removendo a pedra, e sentou-se sobre ela.
E o seu aspecto era como um relâmpago, e seu vestido branco como neve.
E os guardas, com medo, ficaram como mortos.
Mas o anjo, respondendo,disse as mulheres:
Não tenhais medo; pois eu sei que buscais a Jesus, que foi crucificado.
Ele não está aqui, porque já ressuscitou, como havia dito. Vinde e vede o lugar onde jazia.
Ide pois, imediatamente, e dizei aos seus discípulos que já ressuscitou dos mortos. E eis que ele vai adiante de vós para a Galiléia; alo o vereis. Eis que ei vô-lo tenho dito.
E saindo elas apressadamente do sepulcro, com temor e grande alegria, correram a amunciá-lo aos seus discípulos.
E, indo elas, eis que Jesus lhes sai ao encontro, dizendo: Eu vos saúdo! E elas, chegando, abraçaram seus pés e o adoraram.
Então Jesus lhes disse: Não temais; ide dizer a meus irmãos que vão a Galiléia, e lá me verão."
Mateus cap. 28 vers. 1 - 10
Bem...
Se o leitor considerar que os livros não foram escritos imediatamente a crucificação de Jesus, perceberá que é perfeitamente aceitável que ocorram estas disparidades; some-se a isso a questão cultural de cada escritor, ou pessoa que ditou o texto a seu escriba, uma vez que muitos, quase todos, deles não sabiam escrever. Temos ainda o público alvo que o autor queria atingir e a realidade na qual estas pessoas viviam. E finalmente, a quantidade de vezes que o autor ouviu a história que resolveu relatar, mudando cada vez que um interlocutor diferente falava do assunto.
E não podemos esquecer que séculos de copistas, diferenças primordiais de linguagem, dificuldade em se traduzir o aramaico com perfeição atribuem um caráter mais confuso aos textos.
E isso é apenas uma parte dos evangelhos, existem outras disparidades entre o mesmo fato, descrito de formas transformadas conforme o texto, o contexto e a necessidade da época.
E, mesmo de posse dessas informações, deixamos que essa cultura de milênios passados interfira na nossa maneira de enxergar o mundo e vivê-lo.
Ideias e ideais de vida que nada têm haver com nosso contexto atual, mas que insistimos em tomar como verdade absoluta, graças a anos de martelagem das instituições religiosas.

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