segunda-feira, 16 de março de 2015

Ditadura Militar

10 mitos sobre a ditadura no Brasil (ou Por que você não deve querer que ela volte)

2 de abril de 2014
Em 1964, um golpe de estado que derrubou o presidente João Goulart e instaurou uma ditadura no Brasil. O regime autoritário militar durou até 1985. Censura, exílio, repressão policial, tortura, mortes e “desaparecimentos” eram expedientes comuns nesses “anos de chumbo”. Porém, apesar de toda documentação e testemunhos que provam os crimes cometidos durante o Estado de exceção, tem gente que acha que naquela época “o Brasil era melhor”. Mas pesquisas da época – algumas divulgados só agora, graças à Comissão Nacional da Verdade – revelam que o período não trouxe tantas vantagens para o país.
Nas últimas semanas, recebemos muitos comentários saudosistas em relação à ditadura na página da SUPER no Facebook. Em uma época em que não é incomum ver gente clamando pela volta do regime e a por uma nova intervenção militar no país, decidimos falar dos mitos sobre a ditadura em que muita gente acredita.

1. “A ditadura no Brasil foi branda”
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Foto: Auremar de Castro/DEDOC Abril

Pois bem, vamos lá. Há quem diga que a ditadura brasileira teria sido “mais branda” e “menos violenta” que outros regimes latino-americanos. Países como Argentina e Chile, por exemplo, teriam sofrido muito mais em “mãos militares”. De fato, a ditadura nesses países também foi sanguinária. Mas repare bem: também foi. Afinal, direitos fundamentais do ser humano eram constantemente violados por aqui: torturas e assassinatos de presos políticos – e até mesmo de crianças – eram comuns nos “porões do regime”. Esses crimes contra a humanidade, hoje, já são admitidos até mesmo pelos militares (veja aqui e aqui). Para quem, mesmo assim, acha que foi “suave” a repressão, um estudo do governo federal analisou relatórios e propõe triplicar a lista oficial de mortos e desaparecidos políticos vítimas da ditadura militar. Ou seja: de 357 mortos e desaparecidos com relação direta ou indireta com a repressão da ditadura (segundo a lista da Secretaria de Direitos Humanos), o número pode saltar para 957 mortos.

2. “Tínhamos educação de qualidade”
Naquele época, o “livre-pensar” não era, digamos, uma prioridade para o regime. Havia um intenso controle sobre informações e ideologia – o que engessava o currículo – e as disciplinas de filosofia e sociologia foram substituídas por Educação, Moral e Cívica e por OSPB (Organização Social e Política Brasileira, uma matéria obrigatória em todas as escolas do país, destinada à transmissão da ideologia do regime autoritário). Segundo o estudo “Mapa do Analfabetismo no Brasil”, do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), do Ministério da Educação, o Mobral (Movimento Brasileiro para Alfabetização) fracassou. O Mobral era uma resposta do regime militar ao método do educador Paulo Freire – considerado subversivo -, empregado, já naquela época, com sucesso no mundo todo. Mas os problemas não paravam por aí: com o baixo índice de investimento na escola pública, as unidades privadas prosperaram. E faturaram também. Esse “sucateamento” também chegou às universidades: foram afastadas dos centros urbanos – para evitar “baderna” – e sofreram a imposição do criticado sistema de crédito.

3. “A saúde não era o caos de hoje”
Se hoje todo mundo reclama da “qualidade do atendimento” e das “filas intermináveis” nos hospitais e postos de saúde, imagina naquela época. Para começar, o acesso à saúde era restrito: o Inamps (Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social) era responsável pelo atendimento público, mas era exclusivo aos trabalhadores formais. Ou seja, só era atendido quem tinha carteira de trabalho assinada. O resultado era esperado: cresceu a prestação de serviço pago, com hospitais e clínicas privadas. Essas instituições abrangeram, em 1976, a quase 98% das internações. Planos de saúde ainda não existiam e o saneamento básico chegava a poucas localidades, o que aumentava o número de doenças. Além disso, o modelo hospitalar adotado relegava a assistência primária a segundo plano, ou seja, para os militares era melhor remediar que prevenir. O tão criticado SUS (Sistema Único de Saúde) – que hoje atende cerca de 80% da população – só foi criado em 1988, três anos após o fim da ditadura.

4. “Não havia corrupção no Brasil”
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Arquivo Editora Bloch/Veja Rio/DEDOC Abril
Uma características básica da democracia é a participação da sociedade civil organizada no controle dos gastos, denunciando a corrupção. E em um regime de exceção, bem, as coisas não funcionavam exatamente assim. Não havia conselhos fiscalizatórios e, depois da dissolução do Congresso Nacional, as contas públicas não eram sequer analisadas, quanto mais discutidas. Além disso, os militares investiam bilhões e bilhões em obras faraônicas – como Itaipu, Transamazônica e Ferrovia do Aço -, sem nenhum controle de gastos. Esse clima tenso de “gastos estratosféricos” até levou o ministro Armando Falcão, pilar da ditadura, a declarar que “o problema mais grave no Brasil não é a subversão. É a corrupção, muito mais difícil de caracterizar, punir e erradicar”. Muito pouco se falava em corrupção. Mas não significa que ela não estava lá. Experimente jogar no Google termos como “Caso Halles”, “Caso BUC” e “Caso UEB/Rio-Sul” e você nunca mais vai usar esse argumento.

5. “Os militares evitaram a ditadura comunista”
É fato: o governo do presidente João Goulart era constitucional. Seguia todo à risca o protocolo. Ele chegou ao poder depois da renúncia de Jânio Quadros, de quem era vice. Em 1955, foi eleito vice-presidente com 500 mil votos a mais que Juscelino Kubitschek. Porém, quando Jango assumiu a Presidência, a imprensa bateu na tecla de que em seu governo havia um “caos administrativo” e que havia a necessidade de reestabelecer a “ordem e o progresso” através de uma intervenção militar. Foi criada, então, a ideia da iminência de um “golpe comunista” e de um alinhamento à URSS, o que virou motivo para a intervenção. Goulart não era o que se poderia chamar de marxista. Antes de ser presidente, ele fora ministro de Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek e estava mais próximo do populismo. Em entrevista inédita recentemente divulgada, o presidente deposto afirmou que havia uma confusão entre “justiça social” – o que ele pretendia com as Reformas de Base – e comunismo, ideia que ele não compartilhava: “justiça social não é algo marxista ou comunista”, disse. Há também outro fator: pesquisas feitas pelo Ibope às vésperas do golpe, em 31 de março, mostram que Jango tinha um amplo apoio popular, chegando a 70% de aprovação na cidade de São Paulo. Esta pesquisa, claro, não foi revelada à época, mas foi catalogada pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).

6. “O Brasil cresceu economicamente”
Um grande legado econômico do regime militar é indiscutível: o aumento da dívida externa, que permaneceu impagável por toda a primeira década de redemocratização. Em 1984, o Brasil devia a governos e bancos estrangeiros o equivalente a 53,8% de seu Produto Interno Bruto (PIB). Sim, mais da metade do que arrecadava. Se transpuséssemos essa dívida para os dias de hoje, seria como se o Brasil devesse US$ 1,2 trilhão, ou seja, o quádruplo da atual dívida externa. Além disso, o suposto “milagre econômico brasileiro” – quando o Brasil cresceu acima de 10% ao ano – mostrou que o bolo crescia sim, mas poucos podiam comê-lo. A distribuição de renda se polarizou: os 10% dos mais ricos que tinham 38% da renda em 1960 e chegaram a 51% da renda em 1980. Já os mais pobres, que tinham 17% da renda nacional em 1960, decaíram para 12% duas décadas depois. Quer dizer, quem era rico ficou ainda mais rico e o pobre, mais pobre que antes. Outra coisa que piorava ainda mais a situação do população de baixa renda: em pleno milagre, o salário mínimo representava a metade do poder de compra que tinha em 1960.

7. “As igrejas apoiaram”
Sim, as igrejas tiveram um papel destacado no apoio ao golpe. Porém, em todo o Brasil, houve religiosos que criaram grupos de resistência, deixaram de aceitar imposições do governo, denunciaram torturas, foram torturados e mortos e até ajudaram a retirar pessoas perseguidas pela ditadura no país. Inclusive, ainda durante o regime militar, uma das maiores ações em defesa dos direitos humanos – o relatório “Brasil: Nunca Mais” – originou-se de uma ação ecumênica, desenvolvida por dom Paulo Evaristo Arns, pelo rabino Henry Sobel e pelo pastor presbiteriano Jaime Wright. Realizado clandestinamente entre 1979 e 1985, gerou uma importante documentação sobre nossa história, revelando a extensão da repressão política no Brasil.


8. “Durante a ditadura, só morreram vagabundos e terroristas”
Esse é um argumento bem fácil de encontrar em caixas de comentário da internet. Dizem que quem não pegou em armas nunca foi preso, torturado ou morto pelas mãos de militares. Provavelmente, quem acredita nisso não coloca na conta o genocídio de povos indígenas na Amazônia durante a construção da Transamazônica. Segundo a estimativa apresentada na Comissão da Verdade, 8 mil índios morreram entre 1971 e 1985. Isso sem contar as outras vítimas da ditadura que não faziam parte da guerrilha. É o caso de Rubens Paiva. O ex-deputado, cassado depois do golpe, em 1964, foi torturado porque os militares suspeitavam que, através dele, conseguiriam chegar a Carlos Lamarca, um dos líderes da oposição armada. Não deu certo: Rubens Paiva morreu durante a tortura. A verdade sobre a morte do político só veio à tona em 2014. Antes disso, uma outra versão (bem mal contada) dizia que ele tinha “desaparecido”. Para entrar na mira dos militares durante a ditadura, lutar pela democracia – mesmo sem armas na mão – já era motivo o suficiente.

9. “Todos os militares apoiaram o regime”
Ser militar na época não era sinônimo de golpista, claro. Havia uma corrente de militares que apoiava Goulart e via nas reformas de base um importante caminho para o Brasil. Houve focos de resistência em São Paulo, no Rio de Janeiro e também no Rio Grande do Sul, apesar do contragolpe nunca ter acontecido. Durante o regime, muitos militares sofreram e estima-se que cerca 7,5 mil membros das Forças Armadas e bombeiros foram perseguidos, presos, torturados ou expulsos das corporações por se oporem à ditadura. No auge do endurecimento do regime, os serviços secretos buscavam informações sobre focos da resistência militar, assim como a influência do comunismo nos sindicatos, no Exército, na Força Pública e na Guarda Civil.

10. “Naquele tempo, havia civismo e não tinha tanta baderna como greves e passeatas”
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Estudantes que participavam de uma reunião da UNE são presos no interior de São Paulo. Foto: Cristiano Mascaro/DEDOC Abril
Quando os militares assumiram o poder, uma das primeiras medidas que tomaram foi assumir a possibilidade de suspensão dos diretos políticos de qualquer cidadão. Com isso, as representações sindicais foram duramente afetadas e passaram a ser controladas com pulso forte pelo Ministério do Trabalho, o que gerou o enfraquecimento dos sindicatos, especialmente na primeira metade do período de repressão. Afinal, para que as leis trabalhistas vigorem, é necessário que se judicializem e que os patrões as respeitem. Com essa supressão, os sindicatos passaram a ser compostos mais por agentes do governo que trabalhadores. E os direitos dos trabalhadores foram reduzidos à vontade dos patrões. Passeatas eram duramente repreendidas. Quando o estudante Edson Luísa de Lima Souto foi morto em uma ação policial no Rio de Janeiro, multidões foram às ruas no que ficou conhecido com o a Passeata dos Cem Mil. Nos meses seguintes, a repressão ao movimento estudantil só aumentou. As ações militares contra manifestações do tipo culminaram no AI-5. O que aconteceu daí para a frente você já sabe.
Mas, se você já esqueceu ou ainda não está convencido, confira uma linha do tempo da ditadura militar nesse especial que a SUPER preparou sobre o período. Não deixe de jogar “De volta a 1964″, o jogo que mostra qual teria sido sua trajetória durante as duas décadas do regime militar no Brasil.


Fontes: Folha, Estadão, EBC, Brasil Post, Pragmatismo Político, O Globo, R7
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Equilibrando as energias da casa com Feng Shui

Brazil com Z

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Leitura bem interessante! Equilibrando as energias da casa com Feng Shui http://buff.ly/1EjUUzC
Coisas dando errado sem motivo? Quebrando objetos? Pode ser uma questão de energia e há uma forma fácil de mudar isso. Como? através do feng shui!
 
Já teve dias que você entrou em sua casa e sentiu algo “preso”? Coisas dando errado sem motivo? Quebrando objetos? E já entrou em casas com uma harmonia e atmosfera tão gostosas, que pareceu tomarem conta de você? Se já, te digo: é uma questão de energia e há uma forma fácil de mudar isso. Como? equilibrando as energias da casa (mesmo com pouca grana) através de uma ferramenta milenar: o feng shui!

Você provavelmente já tinha ouvido falar dele mas já havia aplicado? Teve medo? No post de hoje – além de me apresentar – explico detalhadamente esse assunto ;)

O QUE QUE É?

Feng shui (se diz fong shuei) é um sistema filosófico chinês de harmonizar energias com o ambiente circundante. O termo feng shui se traduz literalmente como “vento-água” em Inglês. Feng shui é uma dos Cinco Artes da metafísica chinesa, onde “forças vitais” que se ligam o universo, à Terra e à humanidade em conjunto, conhecidas como qi, podem ser potencializadas através dos movimentos certos: os 5 movimentos que regem a prática do Feng Shui.
Entre as escolas de Feng Shui mais conhecidas na atualidade se destacam:
  • A Escola da Forma, pertencente ao Feng Shui Tradicional Chinês;
  • A Escola da Bússola, também pertencente ao Feng Shui Tradicional Chinês;
  • A Escola do Chapéu Preto, de origem Tibetana, que usa como instrumento o Ba Gua, alinhando o norte – gua do trabalho – à porta principal.
Os cinco movimentos Madeira, Fogo, Água, Metal e Terra são os movimentos da energia que criarão e farão a manutenção da ordem das coisas. As imagens de Madeira, Fogo, Água, Metal e Terra são representações simbólicas para explicar e assimilar cada um dos movimentos e suas relações de geração, controle e destruição.
Se a energia de um elemento permanece estagnada, observamos diversos contratempos: negócios que não concretizam, brigas sem motivo, doenças sem explicação, uma sensação de perdas e fracassos. Quando a energia flui demais, se sente cansado, esgotado, sem ânimo para qualquer coisa. O ideal é um equilíbrio.
Vamos dar uma olhada melhor nos movimentos?

ÁGUA

A água é a energia elementar associada ao inverno, estação de quietude e repouso, durante a qual a energia é condensada, conservada e armazenada.  Sua cor é o preto, a cor que contém todas as outras cores em forma concentrada. Na natureza, a água é dissipada por excesso de calor; em seres humanos, a energia da água está esgotada pelo “calor” de estresse e excesso de emoções. A maneira de conservar a energia potencial da água é quietude.

MADEIRA

A próxima fase do ciclo sazonal é a primavera, durante a qual o elemento Madeira surge a partir da energia potencial da água, assim como as plantas brotam do chão em chuvas de primavera. Madeira  é expansiva, alegre, explosiva. É a energia criativa, associada com vigor e juventude, crescimento e desenvolvimento. Sua cor é verde, a cor vibrante de crescimento, e exige a livre expressão e espaço para expansão. O bloqueio que dá origem a sentimentos de frustração, raiva, ciúme e estagnação.

FOGO

Assim como a primavera se desenvolve naturalmente para o verão, então a energia criativa agressiva da Madeira amadurece para a energia florescente de Fogo. Esta é a fase mais abertamente energética Sua cor é o vermelho, a cor quente do fogo e sangue. Ela está associada com amor e compaixão, generosidade e alegria, abertura e abundância. Se bloqueou resulta em hipertensão e histeria, problemas cardíacos e distúrbios do sistema nervoso.

TERRA

Para o final do verão vem um equilíbrio perfeito durante o qual fogo queima e transforma-se em energia elemental da Terra. Nem yin nem yang predominam durante este período; em vez disso, estão em um estado de equilíbrio ideal.  Sua cor é o amarelo, a cor do sol e da terra, da alegria plena. Se a energia da Terra é deficiente, a digestão é prejudicada e todo o organismo se desequilibra devido à alimentação insuficiente e vitalidade.

METAL

Enquanto o verão passa para o outono, a energia da Terra se transforma em Metal. Durante a fase Metal, a energia mais uma vez começa a se condensar, e chamar para dentro para a acumulação e armazenamento, assim como as culturas de verão são colhidas e armazenadas no outono para uso no inverno. Resíduos são eliminados, e só a essência é mantida em preparação para a fase de Água. A sua cor é branca, a cor da pureza e essência. Resistindo essa energia pelo apego sentimental pode causar sentimentos de melancolia, tristeza e ansiedade, que se manifestam fisiologicamente em dificuldades respiratórias, dores no peito, problemas de pele e baixa resistência. Constipações e outras doenças respiratórias são indicadores de energia metal bloqueada.
Quando se trabalha usando o ba-gua, existem dois ciclos de movimento no Feng Shui: o ciclo construtivo e o ciclo destrutivo. No ciclo construtivo, a água nutre a madeira, que alimenta o fogo, que produz terra, que cria metal, que transporta e segura a água. No ciclo destrutivo, água extingue o fogo, que derrete metal, que corta madeira, que suga a terra, que prende a agua. Saber qual dos ciclos usar é essencial para uma boa circulação energética.
Os cinco elementos do feng sgui

Legal! Mas como saber qual ciclo usar? E de que forma fazer isso, sem precisar quebrar paredes ou usar objetos caros? E dá para fazer de forma mais ecológica?
Calma! Te respondo no próximo post!
Até ;)
Vivien Patrícia

fatos que provam que estamos intimamente conectados com o cosmos

7 fatos que provam que você e o cosmos estão intimamente conectados

10/07/2014 - 09H07/ atualizado 13H0707 / por André Jorge de Oliveira
Foto em longa exposição mostra a trajetória de estrelas durante a noite (Foto: flickr/creative commons/ ben a. king)

O que antes pertencia ao domínio da religião e do mito está, cada vez mais, tornando-se consenso na ciência: todas as coisas do Universo estão profundamente relacionadas umas com as outras.
Acredite: conforme os cientistas vão escavando os mistérios da realidade, fica cada vez mais evidente que parece haver uma profunda interdependência entre as coisas. Esta convicção, que já foi muitas vezes trazida à tona pela intuição humana, tem ganhado cada vez mais espaço na comunidade científica.
Existem certos fatos, já familiares à ciência, que podem dar origem a uma espécie de espiritualidade, similar àquela proporcionada pela religião. São descobertas grandiosas que nos recordam que fazemos parte de um grande todo, do qual somos inseparáveis. Elas reforçam a ideia de que a velha distinção homem versus natureza não faz sentido algum.
Separamos sete destes fatos, que têm grande impacto filosófico e podem te fazer olhar de outra forma para a realidade ao seu redor. Confira:
1 – Somos todos poeira das estrelas
A frase, tornada famosa pelo astrônomo Carl Sagan, significa basicamente que todos os elementos que formam os seres humanos, os vegetais, as rochas e tudo o mais que existe no planeta foram formados há bilhões de anos, durante a explosão de estrelas a anos luz de distância daqui. É isso mesmo: elementos pesados como o ferro que corre no nosso sangue, ou o ouro que compõe as nossas jóias, só podem ser sintetizados na natureza em condições extremas de temperatura e pressão – ou seja, quando uma estrela morre e explode violentamente, virando uma supernova. O material formado, então, se espalha pelo espaço interestelar, podendo dar origem a novas estrelas e planetas.
2 – Os átomos do seu corpo já pertenceram a outros seres vivos
A Terra é praticamente um sistema fechado – a matéria que existe aqui não escapa naturalmente para o espaço sideral. Logo, podemos concluir que todos os átomos existentes no planeta estiveram aqui desde o início, e circularam ao longo das eras por incontáveis ciclos químicos e biológicos. Isto quer dizer que os elementos que hoje compõem nossos corpos podem, perfeitamente, ter feito parte de um tiranossauro rex no passado, ou de uma árvore, uma pedra, ou até mesmo de outros seres humanos.
3 – Toda a vida na Terra tem um grau de parentesco
Quando olhamos para a exuberante biosfera que  existe em nosso planeta, é difícil acreditar que, nos primórdios da vida, o único ser se resumia a um organismo unicelular. Ao longo de bilhões de anos de evolução, as espécies foram se diferenciando e se adaptando a diferentes ambientes. Mas, por mais distintas que pareçam, todas têm um grau de parentesco umas com as outras, sem exceção. Todas tiveram um ancestral comum em algum momento.
4 – Quimicamente, animais e plantas se complementam
As árvores são nossas "primas", e podem ser compreendidas como complexas fábricas naturais que sintetizam o gás carbônico, eliminando o oxigênio. No nosso caso, o processo é reverso – nós respiramos o oxigênio e expelimos gás carbônico. Podemos dizer então que os vegetais e os animais são, evolutivamente falando, perfeitos uns para os outros, e mantém uma relação de interdependência.
5 – Seu corpo é perfeitamente adaptado para viver na Terra
Não apenas o corpo humano, mas todos os seres vivos do planeta, são minuciosamente moldados para sobreviver no ambiente terráqueo. Se vivêssemos em um lugar com maior gravidade, por exemplo, nossos músculos e estrutura óssea teriam de ser bem mais resistentes para aguentar a pressão. O implacável processo de seleção natural se encarrega de escolher as espécies mais aptas à sobrevivência. De certa forma, toda a vida que conhecemos tem a cara da Terra, porque é perfeita para ela.
6 – No nível quântico, não existem objetos sólidos
Quando tocamos em qualquer objeto, sentimos claramente que se trata de algo sólido, palpável. No entanto, a sensação não passa de um engano de nossos sentidos: são apenas as nuvens de elétrons dos átomos de nossa pele interagindo com as nuvens eletrônicas do objeto. O que se pode chamar de sólido é o núcleo dos átomos, mas eles jamais se tocam. Os átomos são compostos quase que inteiramente de vazio.
7 – Partículas subatômicas podem estar conectadas mesmo a milhões de anos luz uma da outra
Não importa que uma das partículas esteja na Via Láctea e a outra na vizinha Andrômeda – se houver entre elas o chamado entrelaçamento quântico, uma é parte indissociável da outra. Elas se influenciam instantaneamente, superando até mesmo a velocidade da luz. Isto é possível pois o princípio sugere que a matéria universal esteja interligada por uma rede de “forças”, sobre a qual pouco conhecemos, que transcende até mesmo nossa concepção de tempo e espaço.
>>>> Quer ver grandes mestres da ciência falando de forma inspirada sobre os mistérios do Universo e compartilhando sua paixão pelo que estudam? Então confira nossa lista de 9 vídeos inspiradores sobre o cosmos.

parte das pessoas (e você provavelmente se inclui nesse grupo) está errada sobre quase tudo


http://revistagalileu.globo.com/

Só não sei que nada sei

20/01/2015 - 18H01/ atualizado 18H0101 / por Thiago Souza de Souza
 (Foto: Marco Furtado/Editora Globo)

Na última campanha eleitoral, muito marqueteiro experiente se aproveitou da guerra de informações falsas para – não fique surpreso – manipular dados e convencer o eleitor a votar no seu candidato. Mas uma pesquisa feita pela consultoria britânica Ipsos Mori e divulgada depois das eleições deixou claro que o problema da desinformação atinge o resto do mundo também.
O instituto responsável pelo estudo descobriu que boa parte das pessoas (e você provavelmente se inclui nesse grupo) está errada sobre quase tudo. Os participantes da pesquisa precisavam estimar vários índices sociais dos seus países, como taxas de criminalidade, de desemprego e de imigração. E a maioria não só errou, mas errou por muito. “As pessoas não levaram em conta o fato de nunca terem tido acesso a essas estatísticas, e deviam ter sido bem mais cautelosas em suas estimativas”, diz o professor de psicologia David Dunning, da Universidade Cornell, em Nova York.
Talvez a ignorância tenha sido estimulada pelas redes sociais, você pode pensar depois de certamente já ter se afogado pelo menos uma vez no mar de chorume promovido pelas discussões no Facebook. No entanto, você está errado (é bom ir se acostumando). “Medimos atividades de mídia social na análise, e não houve nenhuma relação real entre os níveis de atividade e  quão ignorantes as pessoas eram”, diz Bobby Duffy, diretor do Ipsos Mori. “A verdadeira questão aqui não é a mídia ou a rede social, mas como lembramos e somos afetados pelas informações.”
Quando as pessoas se veem diante de dados concretos, costumam não dar lá muita bola. Mas quando ouvem uma história contada por uma pessoa próxima, que pode estar falando a verdade ou ­espalhando um boato sobre, por exemplo, o corte de políticas de assistência social do governo, aí sim a coisa adquire outro significado, mais real e importante. “Podemos ouvir uma história que até é verdadeira, só que incrivelmente rara e não representativa, mas ela vai colar de um jeito que uma estatística mais abrangente não conseguiria”, diz Duffy.
THE CHELSEA CLINTONS
Com as pontas dos cabelos pintadas de verde e pulseirinhas coloridas, a menina primeiro faz cara de dúvida, mas logo em seguida já está rindo, mascando seu chiclete com força e esbanjando confiança em frente a uma câmera. O repórter quer saber se ela conhece a banda The Chelsea Clintons. “Conheço a música deles. Não sei se vou ao show, mas conheço”, diz a jovem. E do que ela mais gosta na banda? “São divertidos. Passam uma energia boa, você nota que essa sensação vem de um lugar bom, poucas bandas conseguem passar isso.”
O curioso é que a banda não existe, nunca existiu, foi inventada apenas com o propósito de pescar sabichões por aí. Cenas como essa, do talk show Jimmy Kimmel Live!, são famosas no YouTube. Mas você certamente já pegou no flagra algum amigo ou conhecido arrotando conhecimentos inexistentes para se passar por entendido. Mostrar-se inteligente e posar de bem informado e engajado é característico da condição humana, afirma o professor Dunning.
Ele passou anos estudando e pesquisando comportamentos cognitivos para descobrir que nossa burrice é convicta. Com a ajuda de outros psicólogos, promoveu uma série de entrevistas semelhantes ao quadro de Jimmy Kimmel. Dunning perguntava aos entrevistados se eles tinham familiaridade com conceitos de física, biologia, política e geografia. Um expressivo número alegou familiaridade com termos genuínos como “força centrípeta” e “fóton”. Mas também afirmaram que conheciam coisas inventadas, como “pratos de parallax”, “ultra-lipid” e “cholarine”. “As pessoas não têm um índice interno expressamente separado do que elas sabem versus o que elas não sabem”, explica o professor. E, quanto mais confiança ao responder a uma pergunta, maior é a probabilidade de a resposta estar errada, como mostra a pesquisa do Ipsos Mori (veja abaixo).
O problema é que as pessoas tomam decisões a partir do que acham que sabem, em vez de basear-se nos fatos verdadeiros que desconhecem. É o que chamamos de efeito Dunning-Kruger: a incapacidade de perceber os limites do próprio conhecimento, que leva indivíduos com menos informação a acreditarem que sabem mais do que aqueles realmente entendidos. Os portadores dessa síndrome receberam de Dunning o carinhoso apelido de “idiotas confiantes”. “Os incompetentes são frequentemente abençoados com uma confiança inadequada, afiançada por alguma coisa que, para eles, parece conhecimento.”
 (Foto: Revista Galileu)

Não podemos admitir a destruição silenciosa das nossas florestas e seus povos

CONGRESSO NACIONAL, VIVENCIA MARGINAL!!

Chega de madeira ilegal.
Povos indígenas estão ameaçados pela exploração ilegal de madeira na Amazônia. Não podemos admitir a destruição silenciosa das nossas florestas e seus povos.
Assine: http://chegademadeirailegal.org.br/ 

“Evangelho dos Oráculos de Maria”

Liberte Sua Mente está em um círculo assinado por você. Mais informações
Liberte Sua Mente
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Desconhecido “Evangelho dos Oráculos de Maria” é decifrado de manuscrito de 1.500 anos

Segundo esclarecimento de Anne Marie Luijendijk, professora de religião da Universidade de Princeton, o evangelho encontrado não se parece com nenhum outro existente. Em vez de testemunhar  a vida e morte de Jesus, o manuscrito contem 37 oráculos e poucos deles fazem menção a Jesus. Escritos em linguagem extremamente complexa, os oráculos podiam ser utilizados em adivinhações, segundo a especialista. Ou seja, naquele tempo é possível que o livro fosse fonte de consulta para pessoas atormentadas à procura de conforto e respostas para seus problemas. Pode ser ainda que o dono do livro tenha atuado como médium ou adivinho, ajudando na interpretação dos textos.
Apesar dos tais “livros de oráculos” terem sido utilizados na Antiguidade para previsões futuras, Luijendijk afirma que o encontrado pelos pesquisadores é o único deles com “evangelho” no nome. Uma de suas particularidades seria seu pequeno tamanho, 7,5 cm x 6,8 cm. Apesar disso, a professora comenta que a caligrafia é surpreendentemente legível e bastante elegante.

Fonte: Livescience 
Crédito imagem: Shutterstock.com
http://seuhistory.com/

domingo, 15 de março de 2015

sangrar o Brasil para morrer lentamente

Eles querem sangrar o Brasil

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O objetivo que move os Aloysios da vida não é o de se opor democraticamente ao governo, mas de paralisá-lo, impedi-lo de cumprir as suas funções.
Sebastião Velasco, via Carta Maior
Deu no jornal: o senador Aloysio Nunes Ferreira disse que não defende o impeachment de Dilma Rousseff; o que ele quer é sangrá-la.
Mas o que ele quis dizer com isso?
Ora, é óbvio atalhará o leitor. E com toda razão. Com efeito, o senador acha que foi claro, e todos parecem concordar com ele: ninguém duvida do significado de sua afirmação.
Entretanto, o espanto diante do óbvio costuma ser uma atitude intelectualmente produtiva. Quando submetemos um enunciado óbvio à dúvida metódica muitas vezes descobrimos que ele diz muito mais do que o seu autor pretendia.
Insisto, portanto, na pergunta: o que o prócer tucano tem em mente quando expressa seu desejo de sangrar a Dilma?
Não vale aplicar ao caso o tratamento cretino que seus pares dão às afirmações de inimigos – como quando tomam ao pé da letra a menção de Lula ao “exército de Stédile”, e sugerem que o ex-presidente deveria responder na justiça por esse ato subversivo. O senador tucano tem fama de violento, mas não é razoável imaginar que – tendo saído ileso do país para um exílio parisiense, em sua juventude – tantos anos depois ele queira devolver a antiga companheira de armas às câmaras de tortura.
A palavra sangrar foi usada em sentido figurado, e é isso que justifica a pergunta. Mas não a responde. Sangrar, mas de que maneira, em que sentido?
Podemos supor que Aloysio tenha recorrido a uma metáfora terapêutica. “Sangria: modalidade de tratamento médico que estabelece a retirada de sangue do paciente como tratamento de doenças. Pode ser feita de diversas maneiras, incluindo o corte de extremidades, o uso de sanguessugas ou a flebotomia.”
Mas, ainda que o senador seja muito mais cordato do que parece, sua boa vontade não chega a tanto. Ele não quer ver Dilma curada, muito pelo contrário. Pelo menos, do ponto de vista político.
Aí a obviedade. O que a oposição deseja é debilitar o governo, bloquear suas políticas, negar-lhe os meios necessários para pôr em prática o seu programa. E convencer a opinião pública de que ela, oposição, tem um programa melhor, somente ela pode realizá-lo a contento. É isso que a oposição faz nas democracias, e é esse o intuito que se expressa na fala do senador.
Mas, se é assim, a metáfora sanguinária não tem cabimento.
E há ainda um outro problema. A oposição acusa a presidente de ter traído o seu eleitorado, de aplicar agora o receituário de política econômica que antes criticava. Austeridade fiscal, realismo tarifário, saneamento das contas públicas – remédios amargos para corrigir as distorções criadas pelos seus próprios erros. Essas medidas eram pregadas pelo adversário. Nisso, o PSDB e seus aliados convergem com muitos críticos na esquerda: o governo adotou o programa econômico da oposição.
Não penso assim, mas isso é o de menos. O importante é que se esta avaliação é sincera e o mote “sangrar a Dilma” é absurdo. Muito ao contrário disso, a oposição deveria apoiar as iniciativas do governo – contra as resistências de muitos dos partidários deste! – ao menos naquilo que elas coincidissem com as suas próprias propostas.
Ora, a oposição vem se aplicando sistematicamente ao trabalho de “sangrar a presidenta” muito antes do anúncio de seu ministério e das metas de seu segundo governo. Fez isso quando desqualificou o voto que lhe garantiu a vitória. Fez isso quando tentou impugnar a sua diplomação. E voltou a fazê-lo, com maior empenho, ao convocar manifestações de rua para repudiá-la, poucas semanas depois de sua eleição.
Quando levamos em conta esse padrão de conduta – confirmado a cada dia, desde então, e intensificado agora, na preparação do ato de 15 de março, puxado pela palavra de ordem “fora Dilma!” – percebemos que a frase em causa envolve duas metáforas.
O objetivo que move os Aloysios da vida não é o de se opor democraticamente ao governo, mas de paralisá-lo, impedi-lo de cumprir as suas funções constitucionais. Se este caminho levar a um impeachment, muito bem. Se não, tanto faz. O importante é evitar que o governo possa ser exercido em sua plenitude, que ele volte a operar em condições de normalidade.
Para isso é preciso que a situação econômica se agrave, a inflação aumente, o desemprego campeie, setores produtivos inteiros entrem em colapso. E que a convivência política no país seja degradada pela intolerância, traduzida em manifestações cotidianas de ódio.
Por enquanto a oposição tem tido algum sucesso nessa empreitada. Mas estamos apenas no começo da história. Para o que vem a seguir, é fundamental entender que quando falam de Dilma é o Brasil que eles querem sangrar.

Um Golpe de Estado em andamento no Brasil!

Um Golpe de Estado em andamento no Brasil! - por Marcos Doniseti!

A Direita Reacionária e Golpista tupiniquim sempre usou o discurso anti-corrupção (contra Vargas, JK, Jango e, agora, Lula e Dilma) mas os maiores escândalos da história brasileira se deram quando o país foi governado pelas mesmas Direitas. Deve ter sido 'mera coincidência'... 

Porque não se aprova uma verdadeira Reforma Política no Brasil, com a adoção do financiamento público e colocando-se um fim ao financiamento privado das campanhas eleitorais, promovendo-se o fortalecimento dos partidos políticos, aprovando-se o fim das coligações para as eleições legislativas e criando-se a cláusula de barreira para poder ter representantes no Poder Legislativo? 

Isso não acontece porque temos um movimento golpista em andamento em nosso país.

E para que o Golpe de Estado venha a ser vitorioso é necessário, antes de mais nada, desmoralizar as instituições Democráticas, principalmente o Parlamento e os Partidos Políticos. 

Sem que isso aconteça, não há golpe possível de ser levado adiante. 

Logo, não se aprova o fim do financiamento privado de campanhas eleitorais, o que seria fundamental para moralizar a prática política no Brasil, justamente para que a ideia de uma Democracia Representativa seja totalmente desmoralizada em nosso país, para que a população possa dizer que 'todos os políticos são iguais e que nenhum deles presta'.

Portanto, os golpistas apostam, claramente, no 'quanto pior, melhor'.

E para isso aconteça é necessário ir criando, gradualmente, as condições necessárias para que, na eventualidade de um Golpe de Estado ser deflagrado, a população assista passivamente, 'bestializada', à vitória do mesmo, sem oferecer qualquer resistência ao mesmo.

O golpe contra Jango, por exemplo, aconteceu em 1964, mas começou a ser planejado e executado em 1961, logo após a sua posse na Presidência da República. 

Foram necessários três anos de preparação, criando-se as condições minimanente satisfatórias para que o Golpe de 01 de Abril de 1964 fosse vitorioso. 


Vargas, JK, Jango, Lula e Dilma: Todos estes govenantes promoveram o fortalecimento do papel do Estado na economia e na área social e reforçaram a soberania nacional. E justamente são eles, na história do país, os que mais sofreram ataques da Grande Mídia e da Oposição reacionária, elitista e golpista. 

Durante esse período as Direitas golpistas apelaram para vários recursos que, agora, mais de 50 anos depois de derrubar o governo Jango, voltaram a utilizar, tais como:

1) O discurso anti-comunista, mesmo sabendo que Jango nunca tinha sido comunista na vida e que Lula e Dilma também não o são; 

2) O discurso anti-corrupção, hipócrita e oportunista, como sempre, já que não faltam envolvidos em irregularidades com o dinheiro público entre os golpistas e reacionários de plantão (a Privataria Tucana que o diga...); 

3) Os ataques à atuação do Estado na economia, dizendo que o mesmo é 'obsoleto, ineficiente e corrupto'.

Obs: Entre 1961-1964 as mesmas Direitas Golpistas também trataram de se preparar para travar uma guerra civil, quando o golpe estourasse, pois elas estavam convencidas de que Jango e as Esquerdas iriam resistir ao mesmo e com armas na mão. 

E daí o plano golpista previa que os EUA iriam intervir militarmente no Brasil (em favor dos golpistas, é claro) e instalariam um governo paralelo com sede em Minas Gerais (comandado por Magalhães Pinto) e que teria o imediato reconhecimento oficial do governo ianque. 

Até mesmo navios dos EUA foram enviados ao Brasil tão logo o movimento golpista teve início, em 31/03/1964. Esta foi a 'Operação Brother Sam', pela qual os EUA chegaram a enviar navios para trazer, principalmente, combustíveis ao movimento golpista brasileiro, já que o governo Jango controlava a Petrobras. 

A participação ativa dos EUA no Golpe para derrubar Jango foi uma das principais razões que levou o então presidente brasileiro a optar pela não resistência ao Golpe, pois o mesmo estava convencido de que a guerra civil iria matar milhares de pessoas e que o país correria o sério risco de se dividir, tal como aconteceu no Vietnã (onde surgiram e existiram dois Vietnãs enquanto a guerra perdurou).


Uma das maiores campanhas populares da história do Brasil - O Petróleo é Nosso - levou à criação da Petrobras e do monopólio estatal do petróleo, contribuindo para o desenvolvimento econômico, industrial, científico, tecnológico e social do país. E o Regime de Partilha, que estatizou 75% da renda liquida do pré-sal e determina que somente a Petrobras pode extrair o mesmo, agora desempenha o mesmo papel. E é justamente por isso que a oposição elitista, reacionária, golpista e entreguista promove uma gigantesca campanha contra a Petrobras e defende o fim do Regime de Partilha, com o objetivo de privatizar a empresa e entregar o pré-sal para as petrolíferas estrangeiras, como a Exxon e a Chevron, por exemplo. 

E nestas circunstâncias, o governo Jango (o mesmo que foi eleito Vice-Presidente da República democraticamente) seria considerado como sendo um 'governo usurpador'. Se necessário, os EUA e os golpistas tupiniquins financiados pelos ianques estavam dispostos, até, a vietnamizar o país, com o governo imperialista dos EUA apoiando o governo golpista a fim de derrotar a Resistência, tal como apoiavam o governo fantoche do Vietnã do Sul para que o mesmo derrotasse os vietcongs e o governo de Ho Chi Minh no Vietnã do Norte. 

Atualmente, o Golpe, no Brasil, já está em andamento, sendo planejado e executado de forma gradual, tal como ocorreu entre 1961-1964. 

No cenário político brasileiro atual, além de se promover a desmoralização das instituições da Democracia Representativa (principalmente do Parlamento e dos Partidos Políticos) e de se inviabilizar uma Reforma Política verdadeira, temos o desenvolvimento, também, de uma agressiva campanha contra a Petrobras e contra as maiores construtoras do país em nome de um suposto 'combate à corrupção'. 

Obs: Tem que ser muito ingênuo para acreditar que a Grande Mídia e a oposição reacionária, entreguista e golpista tupiniquins desejam 'combater a corrupção'. 

Afinal, grande parte dos seus principais líderes já sofreram denúncias graves de corrupção quando governaram e aonde ainda governam. A compra de votos para se aprovar a reeleição em benefício de FHC, a 'Privataria Tucana', o 'Mensalão Tucano' de Minas Gerais e a 'Lista de Furnas' que o digam... Isso só para citar alguns casos, é claro. E a Grande Mídia brasileira foi uma das maiores beneficiárias da Ditadura Militar, que liquidou com veículos de comunicação que concorriam com a Globo, Veja, Folha e Estadão (exemplos: Correio da Manhã e Última Hora). 


Jornal 'O Globo' apoiando e festejando a posse de Castelo Branco. A 'Globo' nunca deixou de apoiar a Ditadura Militar, a mesma que sempre a beneficiou. E agora ela tenta inviabilizar e derrubar uma Presidenta reeleita democraticamente, com o voto de mais de 54,5 milhões de brasileiros. 'Globo' e Democracia: Nada a Ver!

Tal campanha contra a Petrobras e as construtoras nacionais visa enfraquecer o governo Dilma, tirando do mesmo dois elementos que são fundamentais para a execução das políticas anti-ciclícas keynesianas que os governos de Lula e da própria Dilma implantaram a partir, principalmente, do início da crise global de 2008. 

Sem a Petrobras e sem as construtoras, por exemplo, os governos Lula e Dilma jamais teriam como realizar as grandes obras de infra-estrutura e no pré-sal (usinas hidrelétricas, refinarias, construção naval, rodovias, aeroportos, plataformas e navios petrolíferos, etc) e que fazem parte do PAC. E sem o PAC e sem a Petrobras não há política social-desenvolvimentista e anti-ciclíca keynesiana que possa ser implantada no país.

Com isso, a atuação do Estado Brasileiro em favor dos mais pobres e do desenvolvimento econômico do país, bem como o próprio governo Dilma, ficariam inviabilizados. Desta maneira, o país passaria por uma gravíssima crise econômica e social, com grande aumento do desemprego e da pobreza no país, o que derrubaria fortemente a popularidade da presidenta Dilma. E isso tornaria possível a vitória do Golpe de Estado que se promove atualmente contra Dilma e contra as suas políticas social-desenvolvimentistas.  

Assim, com o Golpe em pleno andamento, falta apenas criar as condições necessárias para que o mesmo seja vitorioso, tal como se fez entre 1961-1964. 

E uma destas condições é a desmoralização das instituições e da classe política como um todo, o que já está em um processo bastante adiantado e acelerado. O noticiário político da Grande Mídia reacionária e golpista trata, apenas, de questões envolvendo corrupção. Falar sobre os grandes problemas nacionais e debater a respeito de possíveis soluções para os mesmos, que é bom, nada. 

Outra condição para que o movimento golpisa seja vitorioso é a criminalização e a destruição do PT e dos movimentos sociais de origem popular (sem-terra, sem-teto, LGBT, etc). Sem a existência de tais movimentos políticos e sociais, ficará muito fácil para que o Golpe de Estado direitista, entreguista e reacionário seja vitorioso, já que a resistência ao mesmo seria muito reduzida ou quase inexistente.

Assim, o povo brasileiro assistiria 'bestializado' a vitória de mais um movimento golpista em nosso país. 


Comício das Diretas-Já em São Paulo, em 25/01/1984, que a 'Rede Globo' divulgou como se fosse uma mera festa pelo aniversário da capital paulista. Esta é a Grande Mídia brasileira, sempre enganando e manipulando o povo brasileiro. 

E como parte dessa campanha anti-nacional e anti-popular, ataca-se, também, a intervenção do Estado na economia (que se dá via PAC, por exemplo), bem como aos programas de inclusão social e de distribuição de renda (ProUni, Minha Casa Minha Vida, Pronaf, Bolsa Família, aumento real anual para o salário mínimo, etc), que são viáveis apenas devido à ação estatal, caracterizando os mesmos como sendo 'irresponsáveis e populistas'. 

Obs: Já quanto ao Proer, no qual o governo FHC injetou o equivalente a 2,5% do PIB (cerca de R$ 125 bilhões atualmente) e que salvou instituições financeiras privadas falidas, e sem exigir nada em troca, não se fala coisa alguma, é claro. E que o governo FHC vendeu a parte boa do Bamerindus para o HSBC por apenas R$ 1, fala-se menos ainda. Assim, para as elites golpistas e reacionárias, a ação estatal é válida apenas quando se trata de preservar e defender os seus interesses e privilégios. Usar recursos públicos para beneficiar os mais pobres, para que eles possam comprar a casa própria, colocar os filhos na faculdade, viajar de avião, ter acesso aos bens de consumo duráveis e se alimentar bem? Ah, isso não pode, não.


O governo Jango sancionou a lei que criou o 13o. Salário no Brasil, em 1963. Mas o jornal 'O Globo' fez campanha contra o mesmo, dizendo que ele seria desastroso para o país. Esta é a 'Globo', sempre atuando contra os interesses do país e do seu povo. 

Logo, a política defendida pela Grande Mídia e pela oposição reacionária, entreguista e golpista têm como metas inviabilizar e destruir a Petrobras e as grandes construtoras nacionais, que são dois dos poucos setores da economia nos quais predomina o capital nacional (estatal na Petrobras e semi-estatal nas construtoras, já que o governo brasileiro é o maior cliente das mesmas) e que são essenciais para se promover o desenvolvimento econômico e social do país. 

Desta maneira, será possível promover a paralisação dos grandes investimentos públicos que se realizam atualmente na área da infra-estrutura. Ou alguém imagina que será possível construir, ampliar e modernizar usinas hidrelétricas, refinarias, rodovias, ferrovias e aeroportos sem o PAC, sem a Petrobras e sem as construtoras nacionais? 

E sem a Petrobras e sem o controle do petróleo do pré-sal pelo Estado Brasileiro também será impossível aumentar os investimentos na educação e na saúde que serão financiados pelos recursos originários do pré-sal (royalties). Além disso, o Regime de Partilha reserva 75% da renda liquida do pré-sal para o Estado Brasileiro. 

E o mesmo também prevê que tais recursos, que serão da ordem de trilhões de Reais ao longo dos próximos 30 anos, serão destinados a setores como educação, saúde, ciência e tecnologia, meio ambiente e cultura. 


Em Dezembro de 2014, a Petrobras superou a marca de 700 mil barris diários produzidos no pré-sal. E a Grande Mídia dizia que jamais seria produzido coisa alguma...

E os governos Lula e Dilma também adotaram a política de Conteúdo Nacional, que determina que 65% das peças e componentes usados na construção das plataformas e dos navios petroleiros sejam fabricados no país. E com o forte aumento dos investimentos para viabilizar a expansão do pré-sal (da qual já se extrai mais de 700 mil barris diários e isso apenas pouco mais de sete anos após a sua descoberta) tal política viabilizará o desenvolvimento industrial de uma série de setores. Exemplo disso é a indústria de construção naval, que teve um crescimento expressivo nos governos Lula e Dilma, passando de 3 mil funcionários em 2002 para 81 mil funciuonários atualmente. 

Com isso, sem a Petrobras e sem as grandes construtoras, o projeto social-desenvolvimentista implantado por Lula e Dilma estará definitivamente destruído e derrotado e o país mergulhará numa grave crise econômica e social, com consequências mais do que previsíveis: aumento do desemprego, arrocho salarial, aumento da pobreza. Desta maneira, seria possível jogar a população contra o governo Dilma, criando-se as condições necessárias para aprovar o Impeachment da atual governante brasileira. 

E é claro que depois de tudo isso ficará muito fácil, aos eternos entreguistas tupiniquins, entregar o pré-sal para as petroleiras estrangeiras, tal como os principais lideres do PSDB (FHC, Serra, Aécio) e a Grande Mídia já defendem de forma pública e explícita. 

Assim, a política neoliberal e direitista é, resumidamente: Para os EUA, para o capital especulativo global e para a elite reacionária tupiniquim, tudo. Para a classe média intermediária e baixa, para os pobres e para os miseráveis, nada. 


Livro do historiador brasileiro Luiz Alberto Moniz Bandeira mostra como o governo Jango foi sabotado e inviabilizado pela ação golpista dos EUA e das Direitas reacionárias, entreguistas e golpistas, as mesmas que apoiaram o Golpe de 1964 e que sustentaram uma Ditadura Civil-Militar de 21 anos de duração. 

E para conseguir atingir tais objetivos, vale tudo, até mesmo promover um Golpe de Estado contra um governo recentemente reeleito. 

É esse o país que desejamos construir?

Não Passarão!


Links:

Produção do pré-sal ultrapassa os 700 mil barris diários em Dezembro de 2014:

http://www.petrobras.com.br/fatos-e-dados/registramos-recorde-de-producao-diaria-e-superamos-patamar-de-700-mil-barris-dia-operados-no-pre-sal.htm

A Rede Globo e o comício das Diretas-Já em 1984 em SP:

http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/Os-30-anos-do-comicio-que-a-Globo-transformou-em-festa-/4/30084

Serra prometeu entregar o petróleo do Pré-Sal para a Chevron:

http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/93008/Serra-prometeu-%C3%A0-Chevron-mudar-regras-do-pr%C3%A9-sal.htm

Escândalo do Banestado: US$ 24 bilhões foram enviados para fora do país de maneira ilegal:

http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,stj-condena-15-por-fraude-no-caso-banestado,776041

 

NOSSA INSENSATEZ ONDE NOS LEVARÁ?

Krishnamurti Goes dos Anjos

Compartilhada publicamente15:06
 
A NOSSA INSENSATEZ ONDE NOS LEVARÁ?

Ninguém mais tem dúvidas de que o Brasil do jeito que vai está inviável. Muito bem. Todavia não me parece que estejamos trilhando o caminho mais adequado para levarmos a efeito as profundas reformas de que necessitamos.
A cada dia nos tornamos ressentidos e rancorosos, numa atitude mental que vai girando em torno do ódio aos “outros”, sempre vistos como inimigos e como ameaças aos nossos projetos pessoais em dano quase sempre, da coletividade. Trata-se de uma visão de mundo paranoica do tipo “nós os bons, os justos, os donos da verdade”, contra eles os “maus e desleais que ameaçam a nossa sobrevivência”. Ou por outra para ser mais claro. Dizem uns: nós os promotores da inclusão social dos deserdados, nós os que defendemos o Brasil do capitalismo predatório, nós que investigamos a corrupção contra eles, os corruptos do passado. Eles por seu turno rechaçam: submeteram o povo a cruéis opressões econômicas, comunistas,  corruptos também e etc. para ao cabo dessas verborragias, gritarem outros mais exaltados: Fora! Reforma já! Impeachment! Volta dos militares!
Note-se que a palavra corrupção sempre aparece em qualquer discurso associado aos problemas brasileiros porque, seja dita a verdade, já entramos pelo viés  da desnaturação das instituições democráticas, e a corrupção toma corpo, não só na Petrobras. Há uma institucionalização da corrupção que é gravíssima porque se institui como um valor para a desqualificação da lei. Aquela que coloca limites à desmesura de nossos desejos, base do pacto democrático.
Esta desmesura de nossos desejos se ampara largamente em nosso egoísmo quando não nos deixa levar em conta seriamente o fato de não considerarmos o nosso semelhante como irmão, é não ter a absoluta certeza de que a desventura do próximo não fica isolada e fatalmente recai sobre todos nós. É finalmente não termos dentro de nós mesmos a medida de nossa própria melhoria, mas esperarmos a reação dos outros, que igualmente querem melhorias. E todos permanecemos idênticos.
O progresso social não pode ser resultado senão da soma dos progressos individuais, não somente do progresso econômico. E este, no Brasil, trás em sua base o mesmo princípio de destruição. O egoísmo. O egoísmo que permeia todo ato, e a todos persegue como um mal originário minando o Estado. E quem há de negar que a corrupção endêmica que vivemos não é a expressão mais doentia do egoísmo? Pensamos complexas fórmulas econômicas, tudo tentamos mudar ou reformar, mas o egoísmo permanece incólume. Não se constrói com semelhantes materiais. Enquanto não formos capazes de ascender da fase hedonista (aquela que procura o prazer acima de tudo), à outra colaboracionista, inútil será cogitar de sistemas distributivos.
Precisamos fazer o homem, antes de fazer programas sociais, e promover esses programas somente para fazer o homem. Ensinar a pescar também, não somente dar o peixe. Fundamental transformar o problema econômico em problema Ético. É esta a maior e mais urgente necessidade a ser entendida, a começar pelos senhores políticos que se encastelam em Brasília distribuídos conformes os interesses particularistas em dezenas de partidos e usufruem nababescamente das benesses pagas pelo povo brasileiro. Um povo que vive hoje uma contínua redução de todos os valores morais, onde a mediocridade é que dá a medida das coisas e faz a sua ética e a sua tábua de valores. É isto que entendemos por democracia? Positivamente não temos ainda uma democracia sólida como apregoam alguns. Quem isto afirma nega também os pressupostos da democracia. E não me venham com chalaças de crises internacionais, com crises do petróleo, hídricas, elétricas ou com o bater de asas de uma borboleta na Malásia que altera o rumo das coisas nos sertões de nossa seca nordestina!
O fato inconteste é que, este mesmo povo brasileiro, vai se dividindo em grupos antagônicos que convocam as pessoas pelas vias da mentira, da sensibilidade ultrajada e das carências de toda sorte, a reagirem todos contra todos. Estão dadas as condições para as polarizações e as rivalidades de toda sorte que podem, e certamente nos trarão dores terríveis, porque só estas no final das contas, abalam as inconsciências. Mas pode também não ser assim se adotarmos uma ação mais enérgica e sensata que não o desperdício inútil da comum agressividade desorganizadora. Está em nossas mãos escolher.

PARLAMENTAR IMUNE

  IMUNIDADE PARLAMENTAR SEM LIMITES?! Um texto-aula – didático-pedagógico sobre... Por Prof. Negreiros, Deuzimar Menezes – Consultor Edu...