Água poluída mata mais que AIDS e câncer de mama
A carência ao acesso a água limpa e banheiros
seguros, resulta na morte de cerca de 800 mil mulheres todos os anos. Os
dados liberados pelo Instituto de Métricas da Saúde, centro de estudos
sediado em Seattle, nos EUA, foram analisados pela organização
desenvolvimentista WaterAid, a qual chegou nesse resultado alarmante.
Doenças cardíacas, derrames, infecções das vias respiratórias
inferiores e doenças pulmonares obstrutivas crônicas são consideradas a
principal causa de morte em vítimas do sexo feminino. Mas a maior
preocupação é que, segundo pesquisadores, aquelas doenças transmitidas
pelo saneamento ruim, e consequentemente pela água poluída configuram-se
como a quinta maior causa de morte de mulheres em todo mundo, ganhando
lugar em relação a Aids, diabetes ou câncer de mama. Ban Ki-moon, Secretário-Geral da ONU, afirmou que a água potável segura e o saneamento adequado são fundamentais para a redução da pobreza, para o desenvolvimento sustentável e para a prossecução de todos os objetivos de desenvolvimento do milênio. Ainda segundo essa Organização, o acesso à água limpa é um direito humano essencial reconhecido. Mas a realidade está bem distante. A organização WaterAid, ainda divulgou que mais de um bilhão de mulheres, ou uma em cada três em todo o mundo, não têm acesso a um toalete seguro e particular, 370 milhões ( uma em dez) não contam com água limpa e 40% da população mundial não têm acesso a saneamento básico.
Esta situação acaba resultando em mortes desnecessárias e prematuras. Mas, além disso, acaba por afetar não apenas a saúde, mas também a educação e a dignidade de mulheres e meninas. Diversas circunstâncias recorrentes em países em desenvolvimento e outras em países pobre afeta a vida destas.
Em alguns desses lugares, elas possuem a responsabilidade de procurar por sua própria água, as horas perdidas no trajeto de idas e vindas aos poços, acaba afetando na educação, com diminuição da frequência em escolas e dos cuidados com a família. Já em outras situações, o risco ao assédio e ao abuso sexual é recorrente, pois devido à inexistência de banheiros seguros, essas mulheres são obrigadas a fazer suas necessidades em ambiente ao ar livre, muitas vezes durante o período noturno. Desse modo, ficam expostas a ocorrência desse tipo de acontecimento.
As infecções em bebês e na própria mãe são recorrentes em países sem acesso a água limpa.
Todas as situações aqui expostas são inadmissíveis, mas com um olhar especial ao tópico central, onde estudos revelaram, como sendo a quinta maior causa de morte de mulheres no mundo, ganhando da Aids, diabetes e câncer de mama, as doenças contraídas em virtude da falta de saneamento e da poluição da água.
Negreiros Deuzimar Menezes · Diretor Geral na empresa Fundação Brasil de Fomento à Educação Ambiental e Humanística
Recomendo a leitura da versão original do "Relatório Lugano".
Se cuide população de São Paulo tomando água do tal "volume morto" da Billings e da Cantareira.
Se cuide população de São Paulo tomando água do tal "volume morto" da Billings e da Cantareira.